Dantes havia na TV uma série de desenhos animados com um patinho
chamado Kalimero.
Sempre achei piada a essa série. O Kalimero era uma vítima. Fazia
todos os disparates que lhe passavam pela cabeça, prejudicava todos e
quando as desgraças lhe batiam à porta desatava a protestar, que era
uma vítima, que ninguém gostava dele, etc., etc.
A eterna vitima, em suma.
Ora esta campanha eleitoral está a caminho de uma kalimerização.
Primeiro temos o Santana sempre vítima, raro é o dia em que não se queixa, ninguém gosta dele, todos o criticam, despromovem, etc.
Agora é o Sócrates que até já diz que está a ser vítima da maior
campanha de destruição que conhece.
Tem má memória, quem foi vítima de uma campanha de destruição da sua
imagem em pleno foi o seu camarada de partido, o Dr. Ferro Rodrigues.
Claro que, como toda a gente, recebi o mail com o jornal brasileiro em
que se fala das amizades do Sócrates.
Acredito perfeitamente que a notícia tenha sido posta a pedido e
depois vulgarizada por email. Por outras palavras, acredito que há uma
campanha que visa despromover a imagem do Sócrates.
Mas o existir este boato não pode condicionar as pessoas ao que dizem
e não dizem.
No caso dos colos de que o Santana gosta ou não gosta, não me custa a
acreditar que tal coisa tenha sido dita sem intenção. Eu mesmo não a
relacionei logo com a tal notícia.
Mas foi magistralmente aproveitada pela campanha do PS para se vitimizar.
A continuarmos assim chegamos a uma altura em que nem sequer podemos falar.
Já outro dia tinha acontecido algo semelhante no debate do Louçã e do
Portas. Não acredito que o Louçã tenha dito aquilo com a intenção que
depois lhe deram.
Bom, neste caso, o CDS/PP não armou em vítima. Vá lá.
O mais grave é que faltam dezoito dias para as eleições e o termos um
exército de jornalistas e de comentadores a descobrirem segundos
sentidos em tudo o que é dito não augura nada de bom.
Sim, esta kalimerização dos debates é tudo estratégia. Há falta de
ideias combate-se com outras armas...
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Dantes havia na TV uma série de desenhos animados com um patinho
chamado Kalimero.
Sempre achei piada a essa série. O Kalimero era uma vítima. Fazia
todos os disparates que lhe passavam pela cabeça, prejudicava todos e
quando as desgraças lhe batiam à porta desatava a protestar, que era
uma vítima, que ninguém gostava dele, etc., etc.
A eterna vitima, em suma.
Ora esta campanha eleitoral está a caminho de uma kalimerização.
Primeiro temos o Santana sempre vítima, raro é o dia em que não se queixa, ninguém gosta dele, todos o criticam, despromovem, etc.
Agora é o Sócrates que até já diz que está a ser vítima da maior
campanha de destruição que conhece.
Tem má memória, quem foi vítima de uma campanha de destruição da sua
imagem em pleno foi o seu camarada de partido, o Dr. Ferro Rodrigues.
Claro que, como toda a gente, recebi o mail com o jornal brasileiro em
que se fala das amizades do Sócrates.
Acredito perfeitamente que a notícia tenha sido posta a pedido e
depois vulgarizada por email. Por outras palavras, acredito que há uma
campanha que visa despromover a imagem do Sócrates.
Mas o existir este boato não pode condicionar as pessoas ao que dizem
e não dizem.
No caso dos colos de que o Santana gosta ou não gosta, não me custa a
acreditar que tal coisa tenha sido dita sem intenção. Eu mesmo não a
relacionei logo com a tal notícia.
Mas foi magistralmente aproveitada pela campanha do PS para se vitimizar.
A continuarmos assim chegamos a uma altura em que nem sequer podemos falar.
Já outro dia tinha acontecido algo semelhante no debate do Louçã e do
Portas. Não acredito que o Louçã tenha dito aquilo com a intenção que
depois lhe deram.
Bom, neste caso, o CDS/PP não armou em vítima. Vá lá.
O mais grave é que faltam dezoito dias para as eleições e o termos um
exército de jornalistas e de comentadores a descobrirem segundos
sentidos em tudo o que é dito não augura nada de bom.
Sim, esta kalimerização dos debates é tudo estratégia. Há falta de
ideias combate-se com outras armas...