A Arte da Fuga: A oportunidade de brilhar

22-06-2005
marcar artigo

Há muito tempo que Portugal não tem tido uma oposição capaz.Lembremo-nos que Guterres, o "Picareta Falante", era criticado até pelo Presidente da República Mário Soares; Durão Barroso era acusado de ser mau orador e de estar à espera que o poder lhe caísse maduro no colo; Ferro Rodrigues nunca conseguiu impor qualquer agenda política que lhe interessasse.A existência de uma oposição forte, inteligente e coerente dignifica a democracia e a discussão política. Uma boa representação das políticas diversas ao Governo é um direito do eleitorado.Em resposta ao post de AMN, respondo que a luta nunca se interrompe. Duas ideias do demissionário líder Paulo Portas deverão ser concretizadas nos próximos anos — o projecto do "governo-sombra": partido terá de ouvir a sociedade civil, e apoiar o grupo parlamentar na produção de propostas de lei sectoriais, coerentes com a difícil situação do país — e a atitude de "formiguinha": muito trabalho, muita dedicação e porventura pouco reconhecimento. Haja resignação e sentido de dever.Pela ordem natural das coisas, o PPD/PSD é o partido com a responsabilidade de liderar a direita portuguesa, mas os sociais democratas encontram-se num processo penoso de redefinição partidária, de desfecho imprevisível. A prazo, voltarão a ditar o rumo governativo de Portugal, e assim esperamos.Muito difícil é a situação do CDS-PP, mas quero acreditar que não haverá vazio de liderança ou conflitualidade interna. O CDS é essencial à democracia portuguesa, e tem nesta altura a obrigação e as condições de travar, sozinho, o ímpeto esquerdista.O CDS tem de o fazer de uma forma empenhada e construtiva. Os diagnósticos dos males de Portugal estão feitos, como nunca dantes. As medidas necessárias para modernizar o país são conhecidas, mas carecem de definição política e legislativa. São difíceis, impopulares e tem havido falta de coragem em encará-las de frente.A marca da democracia-cristã pode ser deixada em projectos reformistas e ambiciosos, mas respeitadores da sociedade e dos seus valores. Os projectos podem não passar no parlamento, mas que passem para a consciência colectiva. No processo, é essencial desmistificar feudos e monopólios da esquerda. A maioria absoluta de Sócrates pode ser influenciada. O combate está aí.

Há muito tempo que Portugal não tem tido uma oposição capaz.Lembremo-nos que Guterres, o "Picareta Falante", era criticado até pelo Presidente da República Mário Soares; Durão Barroso era acusado de ser mau orador e de estar à espera que o poder lhe caísse maduro no colo; Ferro Rodrigues nunca conseguiu impor qualquer agenda política que lhe interessasse.A existência de uma oposição forte, inteligente e coerente dignifica a democracia e a discussão política. Uma boa representação das políticas diversas ao Governo é um direito do eleitorado.Em resposta ao post de AMN, respondo que a luta nunca se interrompe. Duas ideias do demissionário líder Paulo Portas deverão ser concretizadas nos próximos anos — o projecto do "governo-sombra": partido terá de ouvir a sociedade civil, e apoiar o grupo parlamentar na produção de propostas de lei sectoriais, coerentes com a difícil situação do país — e a atitude de "formiguinha": muito trabalho, muita dedicação e porventura pouco reconhecimento. Haja resignação e sentido de dever.Pela ordem natural das coisas, o PPD/PSD é o partido com a responsabilidade de liderar a direita portuguesa, mas os sociais democratas encontram-se num processo penoso de redefinição partidária, de desfecho imprevisível. A prazo, voltarão a ditar o rumo governativo de Portugal, e assim esperamos.Muito difícil é a situação do CDS-PP, mas quero acreditar que não haverá vazio de liderança ou conflitualidade interna. O CDS é essencial à democracia portuguesa, e tem nesta altura a obrigação e as condições de travar, sozinho, o ímpeto esquerdista.O CDS tem de o fazer de uma forma empenhada e construtiva. Os diagnósticos dos males de Portugal estão feitos, como nunca dantes. As medidas necessárias para modernizar o país são conhecidas, mas carecem de definição política e legislativa. São difíceis, impopulares e tem havido falta de coragem em encará-las de frente.A marca da democracia-cristã pode ser deixada em projectos reformistas e ambiciosos, mas respeitadores da sociedade e dos seus valores. Os projectos podem não passar no parlamento, mas que passem para a consciência colectiva. No processo, é essencial desmistificar feudos e monopólios da esquerda. A maioria absoluta de Sócrates pode ser influenciada. O combate está aí.

marcar artigo