comsenso: A estabilidade do PP

17-04-2005
marcar artigo

A estabilidade do PP

Embora isto seja óbvio, convém relembrá-lo porque a memória política em Portugal é curtíssima e o discurso de campanha do PP começa a meter nervos.

O PP é visto em Portugal como um partido de meninos ricos e medíocres sem qualquer mérito para além da capacidade financeira dos seus pais, que exceptuando Nobre Guedes e Lobo Xavier, necessitam desesperadamente do aparelho como “tacho”. (Já o Prof. Narana Coissoró é um equívoco levado pelo prof. Adriano Moreira.)

Equiparar o CDS original conservador e moderado, de Amaro da Costa, Adriano Moreira, Freitas do Amaral e seguido por Lucas Pires, ao PP de Paulo Portas e ao seu incrivelmente medíocre aparelho partidário (Telmo Correia, Pires de Lima, Celeste Cardona e até aquela figura que chamou “senhor gordo e careca com uns óculos esquisitos” a Sousa Franco e é deputado meu deus!) é equivalente a colocar Santana Lopes num cartaz com Francisco Sá Carneiro e Cavaco Silva (com Santana à direita).

Manuel Monteiro tomou o partido numa altura em que existia de facto uma ausência ideológica de rejeição da entrada na UE e aproveitou-o bem para conquistar o partido. O problema é que a sua doutrina era de tal forma disparatada (e continua como se vê pelo PND) que Paulo Portas (muito mais pragmático e populista) facilmente lhe tomou o poder.

Agora recordemos aqui alguns factos:

- Paulo Portas só não se demitiu porque Guterres o fez primeiro (por uma questão de horas).

- O PP chegou ao Governo porque o eleitorado mais idoso não se revia em Durão e muito menos na figura de Ferro Rodrigues. Vá-se lá saber como mas a aura de menino da Mãmã tem bastante sucesso nesse segmento.

- O PP foi o maior motivo de instabilidade da maioria durante os dois anos de Durão com o caso Moderna (tendo até Celeste Cardona, a pior ministra de sempre da justiça, sido escolhida para controlar o caso) e muitos outros.

- Durante o período Santana, Cardona foi para a Caixa Geral de Depósitos, Telmo Correia nem teve tempo para ter uma sede, quanto mais ideias, Nobre Guedes quis demolir a própria casa, e Bagão Felix depois de iniciar o desmantelamento do Estado-Providência em Portugal (ele é o seu grande ideólogo) deve todos os dias arrepender-se de ter aceite ser Ministro das Finanças de Santana.

O PP continuou na mesma, só que o desnorte no PSD com Santana foi tão grande que

conseguiu abafá-lo!

A estabilidade do PP

Embora isto seja óbvio, convém relembrá-lo porque a memória política em Portugal é curtíssima e o discurso de campanha do PP começa a meter nervos.

O PP é visto em Portugal como um partido de meninos ricos e medíocres sem qualquer mérito para além da capacidade financeira dos seus pais, que exceptuando Nobre Guedes e Lobo Xavier, necessitam desesperadamente do aparelho como “tacho”. (Já o Prof. Narana Coissoró é um equívoco levado pelo prof. Adriano Moreira.)

Equiparar o CDS original conservador e moderado, de Amaro da Costa, Adriano Moreira, Freitas do Amaral e seguido por Lucas Pires, ao PP de Paulo Portas e ao seu incrivelmente medíocre aparelho partidário (Telmo Correia, Pires de Lima, Celeste Cardona e até aquela figura que chamou “senhor gordo e careca com uns óculos esquisitos” a Sousa Franco e é deputado meu deus!) é equivalente a colocar Santana Lopes num cartaz com Francisco Sá Carneiro e Cavaco Silva (com Santana à direita).

Manuel Monteiro tomou o partido numa altura em que existia de facto uma ausência ideológica de rejeição da entrada na UE e aproveitou-o bem para conquistar o partido. O problema é que a sua doutrina era de tal forma disparatada (e continua como se vê pelo PND) que Paulo Portas (muito mais pragmático e populista) facilmente lhe tomou o poder.

Agora recordemos aqui alguns factos:

- Paulo Portas só não se demitiu porque Guterres o fez primeiro (por uma questão de horas).

- O PP chegou ao Governo porque o eleitorado mais idoso não se revia em Durão e muito menos na figura de Ferro Rodrigues. Vá-se lá saber como mas a aura de menino da Mãmã tem bastante sucesso nesse segmento.

- O PP foi o maior motivo de instabilidade da maioria durante os dois anos de Durão com o caso Moderna (tendo até Celeste Cardona, a pior ministra de sempre da justiça, sido escolhida para controlar o caso) e muitos outros.

- Durante o período Santana, Cardona foi para a Caixa Geral de Depósitos, Telmo Correia nem teve tempo para ter uma sede, quanto mais ideias, Nobre Guedes quis demolir a própria casa, e Bagão Felix depois de iniciar o desmantelamento do Estado-Providência em Portugal (ele é o seu grande ideólogo) deve todos os dias arrepender-se de ter aceite ser Ministro das Finanças de Santana.

O PP continuou na mesma, só que o desnorte no PSD com Santana foi tão grande que

conseguiu abafá-lo!

marcar artigo