A B S O R T O: HAVANA VELHA

29-06-2009
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Fotografia daquiPasseio pelo centro - “Havana Velha”. Duas sociedades que convivem: a dos turistas e a do povo cubano. O turismo é uma realidade, ao contrário do que muitos possam pensar, muito recente. O turismo, como actividade económica e social relevante, só emergiu após “a queda do muro”, nos anos 90.Opulência e pobreza. Mesmo se a simpatia se exibe, com naturalidade, a pobreza não se esconde por detrás dos sorrisos. Está à vista de todos, nos rostos altivos, nas frases desencantadas, nas artimanhas para receber a “propina”, na semi arruinada cidade herdada pela revolução.Mas “Havana Velha” vive e respira, trabalha e cria, nada tem a esconder, nem carências nem virtudes, nem tristezas nem alegrias, a pobreza não é uma superfície lisa, notam-se diferenças, estatutos e regalias, indecifráveis ao olhar do turista, sendo certo que o estado, que providencia tudo, também não permite a fome.Dirão, os mais cépticos, se valerá a pena mudar de regime para que a pobreza continue mudando, embora, de qualidade. E a pergunta que me ocorre é: como vencer a pobreza sem mudar de regime? O povo aspira à mudança. É uma evidência. Mas que se desiludam aqueles que pensam como inevitável uma mudança drástica de regime após a morte política (e física) de Fidel.No entanto impressionou-me a resposta de uma jovem quando lhe pedimos o endereço para lhe enviar uma fotografia: “correio electrónico: não temos!”. Só lhe estávamos a pedir, no entanto, a morada de correio tradicional. E perguntei-me a mim próprio: por quanto tempo será possível a uma sociedade manter os cidadãos afastados do correio electrónico? (Continua).. Etiquetas: CUBA

Fotografia daquiPasseio pelo centro - “Havana Velha”. Duas sociedades que convivem: a dos turistas e a do povo cubano. O turismo é uma realidade, ao contrário do que muitos possam pensar, muito recente. O turismo, como actividade económica e social relevante, só emergiu após “a queda do muro”, nos anos 90.Opulência e pobreza. Mesmo se a simpatia se exibe, com naturalidade, a pobreza não se esconde por detrás dos sorrisos. Está à vista de todos, nos rostos altivos, nas frases desencantadas, nas artimanhas para receber a “propina”, na semi arruinada cidade herdada pela revolução.Mas “Havana Velha” vive e respira, trabalha e cria, nada tem a esconder, nem carências nem virtudes, nem tristezas nem alegrias, a pobreza não é uma superfície lisa, notam-se diferenças, estatutos e regalias, indecifráveis ao olhar do turista, sendo certo que o estado, que providencia tudo, também não permite a fome.Dirão, os mais cépticos, se valerá a pena mudar de regime para que a pobreza continue mudando, embora, de qualidade. E a pergunta que me ocorre é: como vencer a pobreza sem mudar de regime? O povo aspira à mudança. É uma evidência. Mas que se desiludam aqueles que pensam como inevitável uma mudança drástica de regime após a morte política (e física) de Fidel.No entanto impressionou-me a resposta de uma jovem quando lhe pedimos o endereço para lhe enviar uma fotografia: “correio electrónico: não temos!”. Só lhe estávamos a pedir, no entanto, a morada de correio tradicional. E perguntei-me a mim próprio: por quanto tempo será possível a uma sociedade manter os cidadãos afastados do correio electrónico? (Continua).. Etiquetas: CUBA

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