Universos Assimétricos

04-10-2009
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«Um ataque a uma família iraquiana da região de Mahmoudiya, sul de Bagdade, volta a colocar em causa as tropas dos EUA. O escândalo, que remonta a Março, envolve uma violação e quatro homicídios, incluindo a execução de uma criança de 5 anos. Os relatos, agora divulgados, descrevem um cenário de horror conduzido pelo soldado STEVEN GREEN, entretanto afastado «por distúrbios de personalidade». Já à civil, Green enfrenta acusações que podem terminar em sentença de morte. A investigação criminal, que se estende a outros militares americanos, está a ser seguida com especial atenção no Iraque…»

Visão, 6/7/06, p.74.

«o substituto de Freitas do Amaral à frente do MNE está longe de perfilhar o distanciamento crítico do seu antecessor relativamente à política externa norte-americana, sobretudo na questão iraquiana. Pelo contrário, Luís Amado é um atlantista convicto, que não se coibiu de atacar publicamente as posições da direcção de Ferro Rodrigues aquando da invasão do Iraque e de considerar correctas as opções do Governo de Durão Barroso sobre a mesma matéria (…) A partir de agora, teremos claramente um amigo dos EUA sentado nas Necessidades».

Áurea Sampaio, in Visão, 6/7/06, p.56.

Apesar deste background, Luís Amado pode entretanto ter reconhecido que a invasão dum país soberano, sem qualquer justificação e apoiada em mentiras premeditadas que Bush já assumiu, foi e é um acto criminoso da maior gravidade de cujo autor se deve guardar a maior distância. Não se acredita que, tendo nós uma política externa relativamente pacífica, vamos agora colocar-nos do lado errado da História. Não se acredita que o novo ministro queira ter como companheiros de missão criminosos como o soldado Green. Portugal não precisa de se tornar co-autor ou sequer cúmplice de toda esta obscenidade sangrenta, esta canalhice moral dos americanos.

«Um ataque a uma família iraquiana da região de Mahmoudiya, sul de Bagdade, volta a colocar em causa as tropas dos EUA. O escândalo, que remonta a Março, envolve uma violação e quatro homicídios, incluindo a execução de uma criança de 5 anos. Os relatos, agora divulgados, descrevem um cenário de horror conduzido pelo soldado STEVEN GREEN, entretanto afastado «por distúrbios de personalidade». Já à civil, Green enfrenta acusações que podem terminar em sentença de morte. A investigação criminal, que se estende a outros militares americanos, está a ser seguida com especial atenção no Iraque…»

Visão, 6/7/06, p.74.

«o substituto de Freitas do Amaral à frente do MNE está longe de perfilhar o distanciamento crítico do seu antecessor relativamente à política externa norte-americana, sobretudo na questão iraquiana. Pelo contrário, Luís Amado é um atlantista convicto, que não se coibiu de atacar publicamente as posições da direcção de Ferro Rodrigues aquando da invasão do Iraque e de considerar correctas as opções do Governo de Durão Barroso sobre a mesma matéria (…) A partir de agora, teremos claramente um amigo dos EUA sentado nas Necessidades».

Áurea Sampaio, in Visão, 6/7/06, p.56.

Apesar deste background, Luís Amado pode entretanto ter reconhecido que a invasão dum país soberano, sem qualquer justificação e apoiada em mentiras premeditadas que Bush já assumiu, foi e é um acto criminoso da maior gravidade de cujo autor se deve guardar a maior distância. Não se acredita que, tendo nós uma política externa relativamente pacífica, vamos agora colocar-nos do lado errado da História. Não se acredita que o novo ministro queira ter como companheiros de missão criminosos como o soldado Green. Portugal não precisa de se tornar co-autor ou sequer cúmplice de toda esta obscenidade sangrenta, esta canalhice moral dos americanos.

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