Vila do Conde Quasi Diário ( 2ª acto )

25-03-2008
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Vila do Conde Quasi Diário ( 2ª acto )

. LATARIA . MIXÓRDIAS . AFINS .

junho 30, 2004

Gulliver sempre existiu!!! - 2

Meu Deus!!! Afinal sempre é verdade... Meu Deus!!! Eu sei que não se deve invocar o nome de Deus em vão, mas... Meu Deus!!!...

Esta é a maior descoberta de sempre... nem a câmara secreta revelada no interior da Grande Pirâmide de Gizé, contendo um sarcófago do mais puro cristal com uma múmia de uma criatura alienígena no seu interior, é comparável a esta...

Obrigado, Dupont , pela investigação e o link aqui disponibilizado... Os menos crentes podem segui-lo e espantarem-se com a derradeira verdade.

Darwin foi definitivamente enterrado. Atirem com a Teoria das Espécies ao lixo.

Nós não descendemos dos macacos e sim dos Lilliputianos ...

Aleluia...

Oi Six & Company

Só passei por aqui para dizer "oi".

Volto noutro dia porque hoje já é amanhã.

A Força esteja convosco!

Políticos - Rap

Sendo conhecida a posição do ainda 1º Ministro Durão Barroso, é chegado o momento crucial, aquele por que todos esperam: a posição do Presidente da República. Será que Jorge Sampaio, sendo ele um socialista, irá fazer a vontade à Esquerda e convocar eleições antecipadas, ou fará a vontade ao 1º Ministro, que antecipadamente pediu a garantia da não dissolvição do Parlamento e a aceitação do nome proposto pela Maioria?

Bom, pelo que tenho lido e ouvido, a coligação PSD/PP encontra-se extremamente dividida, blocos à turra e à massa, ministros e ministras descontentes, ameaças de demissão, olheiros à espera de uma oportunidade para aparecerem... Resumindo e concluindo, um caos.

Deveria ser precisamente o contrário. É em alturas de crise que o partido ou partidos se devem unir, em torno de um objectivo comum: Portugal. Não sendo assim, não são melhores que aqueles que criticaram todo este tempo e fica-se com a sensação que, cegos pela possibilidade da perda do poder, agem descontroladamente permitindo que a comunicação social ponha a nu as suas fragilidades, o seu calcanhar de Aquiles.

Jorge Sampaio, que se tem multiplicado em conversações com esta ou aquela personalidade, algumas a cheirar a naftalina, e tendo em conta o actual panorama político, pode optar por convocar eleições antecipadas, e aí ficamos com um sério problema nas mãos. Não o posso afirmar porque não sou bruxo, mas podemos tecer este cenário: imaginem que o PS ganha as eleições mas não obtém a maioria absoluta. Ferro Rodrigues, sedento de vitórias, vai concerteza propor uma aliança, à imagem que o PSD fez com o partido de Paulo Portas. Irá optar por uma coligação com o PCP? De maneira nenhuma... Os socialistas e os comunistas nunca se deram bem, e a história é disso testemunha. Então resta quem? O Bloco de Esquerda, pois é... e vai ser uma catástrofe... Já imaginaram o Francisco Louçã ministro da Defesa? Não? Pois eu estou a ver os soldados a correr para a parada de saias, estou a ver o aborto legalizado, com todas as implicações inerentes a esse facto e que já foram por demais debatidas na quase totalidade dos blogs e jornais, estou a ver a legalização das drogas leves, leis aprovadas sem consulta popular... em conclusão: um fórróbódó...

Nunca fui muito com a postura de Jorge Sampaio, nunca fui com a postura de presidente nenhum e a responsabilidade do futuro do meu País está nas mãos de um único homem. Será ele capaz de tomar a decisão mais correcta? Não sei, a ver vamos!...

A História fará o seu julgamento, disso tenho eu a certeza...

junho 29, 2004

Vila do Conde - Memórias

Corridas de Vila do Conde - 1975

Lembro-me como se fosse hoje... O Verão quente de 1975, o total desrespeito pelas autoridades, famílias a passearem-se pela pista com os filhos a brincarem nos passeios, os carros a acelerarem perante a inconsciência, a paragem dos carros em plena curva do esse, o apelo dos pilotos alertando para o óbvio, a indignação dos populares, o recuo dos pilotos, a insegurança da polícia, a continuação da loucura...

De tudo se viu um pouco...

Foi um verdadeiro milagre não ter morrido ninguém nesse dia...

junho 28, 2004

Gulliver sempre existiu!!!

Cliquem na foto e conheçam toda a verdade... toda a verdade... toda a ver...

Osso Durão de Roer...

Pois é... tenho andado expectante no que concerne à notícia da semana... Será que o ainda actual Primeiro Ministro vai aceitar o fantástico e surpreendente convite para a Presidência da Comissão Europeia? Se o aceitar, quem o substituirá?!...

Quanto a mim, espero sinceramente que Durão Barroso aceite o convite. As razões são mais que evidentes: Portugal passará a ter uma posição mais forte sobre a União Europeia e o futuro da reconstrução da Europa, o que até agora não se verificava e que só pode ser benéfico para o País, e por conseguinte, para todos nós. No entanto, Durão Barroso ainda não se pronunciou sobre o assunto, talvez devido à dificuldade da sua sucessão ao cargo que actualmente ocupa. Tem-se falado no nº dois do seu partido, o bem falante Santana Lopes para o suceder, que nunca escondeu a sua ambição de ocupar o cargo de 1º Ministro. No entanto, apesar do apoio de grande parte dos elementos do partido e do próprio Durão Barroso, a sua subida à direcção do partido não é consensual. Por exemplo, a Ministra Ferreira Leite já deu a entender que abandona o Governo no caso de Santana Lopes ser designado como sucessor.

No meu entender, Manuela Ferreira Leite seria o nome mais indicado para suceder a Durão Barroso, não só por se tratar do número dois do governo como pelas particularidades do cargo que ocupa. A grande maioria das políticas económicas que têm vindo a ser levadas a cabo no nosso País têm saído da sua cabecinha, e portanto, seria a proposta mais coerente e válida para dar continuidade aos objectivos do actual governo, que prima é certo, por medidas de contenção, seguramente nada populares, mas que talvez façam sentido numa conjuntura de recessão económica.

Não seria bem uma Dama de Ferro, mas sim uma Dama de Aço Temperado a comandar os destinos do País.

Esta provável saída de Durão Barroso do Governo inflamou as hostes da esquerda, principalmente o PS, nomeadamente o seu Secretário Geral, Ferro Rodrigues. Ferro, que não sendo de ferro nem tão pouco de aço temperado, vê aqui a sua oportunidade de ouro de ascender ao cargo de Primeiro Ministro, sem ter de se submeter ao tão "desejado" Congresso agendado para Novembro, onde se espera uma luta acérrima pelo lugar de Secretário Geral, agora que o Partido se encontra numa fase de ascensão e popularidade como o prova a recente vitória do PS para as eleições Europeias. É, portanto, do interesse de Ferro Rodrigues, a convocação de eleições antecipadas.

Ora, tudo isto passa pela decisão do Presidente da República, de dissolver ou não o Parlamento, encontrando-se este num dilema: fazer a vontade do camarada Ferro Rodrigues e avançar para a antecipação de eleições, ou ser solidário com a posição do actual Primeiro Ministro, exactamente por no seu passado também ele ter trocado a meio do mandato, a Presidência da Câmara de Lisboa pela da Presidência da República, aceitando o nome proposto por Durão Barroso para o substituir.

Seja qual for a decisão tomada, uma coisa é certa, o futuro nunca mais será o mesmo...

junho 27, 2004

O nosso Património

Turista acidental de quando em vez, gosto de visitar locais referenciados nos nossos guias turísticos como sendo de grande interesse arquitectónico ou paisagístico. E por vezes descobre-se um património que, por ser tão perto do nosso poiso habitual, é tantas vezes preterido por outro mais distante, mas frequentemente de muito menor valia ou interesse. Afirmam os especialistas que o Castelo de Santa Maria da Feira é um dos mais notáveis monumentos portugueses devido à diversidade dos recursos defensivos utilizados na sua construção, entre os séculos XI e XVI. Da minha visita pude constatar a justeza desta afirmação e aqui fica o meu testemunho da enorme beleza deste castelo e de como vale a pena visitá-lo.

Nas fotos acima, retiradas de um folheto informativo, pode-se ver os aspecto geral do castelo e, no primeiro piso da torre de menagem, o interior do belíssimo salão ogival da alcáçova, onde aparece uma balaustrada ao nível do segundo piso, a qual parece enquadrar-se razoavelmente bem com o interior deste salão. No entanto, durante a minha visita descobri algumas diferenças e novidades, como se pode observar nas fotos seguintes, estas últimas já da minha autoria. Passando à sua descrição, pode-se apreciar na primeira foto a nova e magnifica reconstituição do salão nobre, onde se destacam os painéis, passadiços e balaustradas feitas em tubos e vigas do melhor ferro pintado a cor de laranja, a qual nos parece extremamente indicada pois realça enormemente o efeito dos focos instalados sob os passadiços. Estamos pois, perante uma brilhante reconstituição de um típico salão da Idade Média, sendo de destacar o efeito “blazê” e “naoseiquê” do cortinado que se vê ao fundo.

Na segunda foto é visível o fogão e grelhas onde os servos assavam os suculentos javalis, gamos ou perdizes que os seus amos caçavam. Com enorme emoção, observei no seu interior vestígios arqueológicos (que até pareciam recentes) das cinzas e carvões utilizados, provavelmente há séculos, nalgum festim dos senhores do castelo.

A terceira e última foto diz respeito à reconstituição de um notável WC medieval, belo pela sua singeleza e pureza de linhas. Notar de novo a utilização dos melhores materiais, neste caso os alumínios e os plásticos de cor cinza, que combina muito bem com o material rochoso envolvente. As estruturas tubulares dão ao conjunto uma leveza e esbelteza que as colunas em pedra, nem de perto nem de longe, conseguem atingir.

Ironias à parte, devo dizer que, por esse País fora já vi atentados ao “nosso” Património bem piores e de muito mais difícil resolução do que aqueles que são ilustrados nestas figuras. Para o caso em análise eu receitaria ao doente uma boa madeira de carvalho a imitar o antigo, pedra igual à existente q.b., uma pitada de bom senso e outra de bom gosto, combinadas a preceito e utilizadas criteriosamente de modo a preservar o que existe de antigo e reconstruir o que desapareceu, da maneira o mais próxima possível do original. Em princípio, esta receita pode aplicar-se a todos os monumentos, com pequenas alterações consoante a patologia e, claro, o estilo do monumento em causa. Os turistas acidentais (e os profissionais, seguramente) agradecem a cortesia.

Muro de Berlim

junho 24, 2004

Jorge Ben Sanjoanino...

(Foto cedida sem o saber pelo Eduardo)

Quatro horas de sono no pelo... puxa, já nem sei como aguento. Pouca gente nas ruas, este ano. Não sei se por causa da chuva, se pelo cartaz de animações pouco atrativo. Isso é bom para a Câmara, mas mau para os vileiros... e até o fogo de artifício sofreu com os cortes orçamentais...

Mesmo debaixo de chuva, eu e a Ana calcorreamos Vila do Conde de lés a lés... Devia ter ido com mais calma, pois os pimentos que comi ao jantar causaram-me indisposição... Toma lá, que é para aprenderes a não ser comilão... Portanto, águas das pedras qb, para aguentar...

Pelo caminho, os cumprimentos do costume: os meus amigos que, este ano, não se reuniram... filhos, pois... já nada é como antigamente... agora os filhos são aquele peso confortável, a quem quase tudo é permitido, e as mulheres, sempre lúcidas, sempre a dar instruções... e os meus amigos, outrora rebeldes, são agora obedientes e eu sei que estão felizes... mais que outrora... ou outra hora... tropecei no Engº Hermenegildo que, como sempre, foi simpático para comigo... e eu pensei: É este o "monstro" que outros Mários e afins falam, de conspirações medievais e maçónicas reuniões secretas?... depois pensei: 33, 33, 33,...

Trinta era o meu professor de ginástica dos meus tempos de liceu... um ex comando, sargentão, que nos punha a todos em sentido ao estaladão... um verdadeiro cabrão...

30, 30, 33... 33 são também os degraus que levam ao coração do Monte, pejado de fiéis do Rancho das Rendilheiras, mesmo em frente ao Vitorino do famoso Champarrião...

Terá que ficar para a próxima... malditos pimentos indigestos, que me fizeram suar em bica... e um encontro inesperado no Monte com o meu amigo que sonha com uma Vila do Conde espraiada entre pinhais, rio e mar... Não se encontra uma Vila assim em qualquer lado... o José sabia-o melhor que ninguém e até escreveu sobre isso, mas poucos se lembram... só em tertúlias intlectuais se fala do assunto, e geralmente em verso, porque a prosa... bem, a prosa entre o meu amigo e eu foi um pouco confusa, barulhenta do arraial e danças... terá que ficar para mais tarde, um dia, quem sabe se defronte à praia da minha meninice...

33, 33, 33... foram os degraus que descemos... em direcção ao rio, um toque no telemóvel, máquina maldita mas útil... minha irmã está em Vila do Conde e quer-se encontrar comigo... o fogo de artifício começa, e corremos para o interior de um café suado, de gente suada pelo calor da folia, como no poema do Luis Pinto Coelho...

Durante o fogo, conversas sobre carótidas entupidas, excesso de peso, tensão arterial... conversa de médico, mas sei que a minha irmã está preocupada comigo, com o meu deixa andar... amanhã penso nisso, se tiver tempo... maldito tempo da morrinha de S. João, tão famosa quanto incomodativa... não vai dar para ir até à praia namorar ao luar, porque não há luar, apesar de a praia estar lá... mas nesse aspecto, S. João é quando se quiser, certo?...

Mais um Vizinho...

que se avizinha do meu blog... e ainda bem.

É o radical Portugal no seu pior do Armando, e vai fazer companhia ao afinadíssimo Finúrias e o campestre Boticário...

junho 23, 2004

A Câmara VC está na Net - Rap

Finalmente... O Lápis de Cor foi o primeiro a descobrir que a Câmara Municipal tem o seu site disponível na net... Já não era sem tempo.

Não sei se o Quasi Diário teve alguma coisa a ver com isso , mas se assim foi, então está de parabéns...

ah ah ah...

Gaba-te cesto...

.

S. João Baptista, rapper...

Hoje é véspera de S. João, logo noite de folia. Como qualquer vilacondense, vou esquecer os problemas e divertir-me ao máximo. Como de costume, vou jantar uma sardinhada acompanhada de montes de pimento, bem regada com vinho tinto verde, assistir aos desfiles dos Ranchos, apoiar o das Rendilheiras da Praça, vaiar o das Rendilheiras do Monte, atirar a pedrinha na fonte de S. João, beber uma mistela de cerveja, vinho verde e açúcar no Vitorino, comer pela primeira e última vez este ano uma fartura, comprar o Bolo da Velha, assistir ao fogo de artifício e, quem sabe, namorar ao luar à beira mar...

Canção da Rendilheira

Rendilheiras que teceis

As lindas rendas à mão

Eu dou-vos se vós quereis

Por almofada o coração.

Freiras de Santa Clara

Lindas monjas feiticeiras

Há restos da vossa graça

Na boca das rendilheiras...

Ó vem à janela

Que a noite está bela

Vem ver o luar,

Linda rendilheira

Deixa a travesseira,

Vem-me ouvir cantar

junho 22, 2004

Quasi diáriamente sou confrontado com a ideia de que existe um concluio entre o Rogério Torres e o Mário Almeida ( presidente, não o outro, dos comentários ), que visa uma conjugação de esforços, que ainda ningém soube muito bem explicar quais. Esta teoria da conspiração, de dois indivíduos que se encontram pela noite dentro numa sala iluminada à luz da vela e que apenas podem visar os Vilacondenses, tem sido aceite de forma natural, como natural tem sido a falta de objectividade na maior parte das críticas a que tenho assistido.

Não partilho da ideia do Lápis de Cor , quando diz que Vila do Conde tem uma tradição sociológica em votar no PS e que, portanto, nada há a fazer. Trata-se de deixar correr as águas poluídas para o mar, sentarmo-nos no banco a vê-las passar. Eu quero acreditar que as gentes de Vila do Conde são inteligentes, íntegras e, se votaram no PS, foi porque as alternativas têm sido vazias e ocas, como bem à pouco tempo tive o desprazer de assistir e, neste aspecto, os partidos apenas se podem queixar de si própios. Neste campo, Mário Almeida ( o presidente, não o outro ), está como um peixe na água, e eu não o posso censurar por isso.

Essa história dos partidos é-me indiferente. Eu voto de acordo com os projectos e as pessoas que considero as mais capacitadas para gerir os designios da minha aldeia, e não de acordo com a cor deste ou aquele Partido. Aliás, hoje em dia ninguém acredita em filosofias e teorias que o tempo se encarregou de enterrar bem fundo.

O Partido serve apenas como rampa de lançamento para voos mais altos, e nada mais do que isso.

Critico sim a pose daqueles que, à mesa do café e mercê da sua incapacidade intlectual, habituados a deitar a toalha ao chão, olham com desconfiança o esforço de alguém a quem não hesitaram em rotular enquanto a procissão ainda vai no adro, como se costuma dizer.

Cá por mim, prefiro esperar para ver...

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junho 21, 2004

Oportunistas

Com minha alma ferida

Fiz balanço à vida,

Vi o filme do passado

Cheguei à triste conclusão

E sinto agora frustação

de ter sido derrotado.

Com sina de má sorte,

servi até de escadote.

Alguns subiram por mim,

com fingidos abraços,

com a força dos meus braços,

ganharam louros sem fim.

Vampiros me exploraram,

até meu sangue sugaram,

cobardes e egoistas,

oprimido, humilhados

Falsos e oportunistas.

Se voltasse a nascer,

na selva queria viver.

Rodeado de animais,

Lá há menos crueldade.

matam por necessidade,

são mais puros e leais.

disse RUI, gestor dos nossos fins.

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Quem é Rui, gestor dos nossos fins...

Rui, tem altura e peso, proporcional à sua dimensão de homem. Possui uma enorme sensibilidade. Quis homenagear, desta forma, a memória do Prof. Sousa Franco, criticando aqueles, que usaram e abusaram da sua presença entre o mundos dos vivos. É caso para dizer, quanto mais conheço o homem, mas admiro os animais...

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junho 18, 2004

Algumas considerações e fim de semana à porta...

Comecei a ler a obra do Marquês Stanislas de Guaita, um dos mais destacados ocultistas franceses, um erudito orientalista e cabalista que reuniu uma colecção importante de obras cabalísticas hebraicas e referentes à magia. O livro está recheado de exorcismos e lugares comuns de práticas absurdas de feitiçaria e condenações à morte detalhadas ao extremo, quer pela tortura quer pelo fogo, que ocorreram ao longo dos séculos.

Muito proveitoso, direi eu... Que seca, dirão outros... Mas sinceramente, pouco me importa aquilo que os outros pensam sobre o assunto, ou sobre este blog, por vezes tão maltratado por gente insípida que se autorga no direito de me insultar sem me conhecer, apenas pelo simples facto de eu dizer uma piada ou frequentar este ou aquele blog, opinar sobre eles, e ser criticado por isso mesmo. No entanto reconheço que, de vez em quando, semeio alguns ventos. É natural que eu colha as minhas tempestades...

Quem também anda a semear alguns ventos é o Rogério Torres . Li com atenção o artigo n' O Primeiro de Janeiro , e tenho que discordar do Dupont , cuja análise me pareceu algo tendenciosa, ao desprezar o conteúdo para valorizar pormenores inerentes a alguma inexperiência política do cada vez mais assumido candidato à Presidência da CMVC. O Rogério começa por levantar o pano, mostrando um pouco dos alicerces do que ele entende ser o melhor para as gentes da minha aldeia, assumindo a ruptura com a actual estrutura de poderes, apresentando alternativas. E isto sim, parece-me mais importante do que a mera parangona que o artigo ostenta. Ao contrário de outros, que se assumem como "primários" candidatos por mero protagonismo pessoal, sem qualquer conteúdo programático e discurso que não vai além do "me falta dinheiro", Rogério Torres não pertence a esta estirpe de indivíduos. Mostra conhecimento, inteligência, determinação e inovação...

E já que referi o órgão máximo da nossa autarquia, recebi, tal como a maioria dos Vilacondenses, o Boletim Camarário. Sempre que o abro, dou de caras com o "Construindo Vila do Conde", o que é saudável. Está geralmente recheado de nomes das nossas freguesias, fotografias incluídas, às quais está sempre associada a figura do nosso Presidente, invariávelmente de mãos nos bolsos e sempre acompanhado pelos, que eu presumo, dirigentes das freguesias ou associações. E eu pergunto: onde estão as fotografias das obras que são mencionadas? Fico sempre com a sensação que o Presidente não faz mais nada senão andar de freguesia em freguesia, só para aparecer na fotografia, o que é cansativo, aborrecido e desgastante para a sua imagem. Até parece que quem anda em construção não é a Vila...

Já agora uma dica: o Boletim deveria ser utilizado para informar os Vilacondenses não só do que por aí se faz , como também do que se não faz: por exemplo, esclarecer as pessoas da terra, que pagam a água religiosamente ao fim de cada mês, o porquê da dívida de três milhões de euros à empresa "Águas do Cávado", assim como a razão pela qual o açude continua desintegrado, sem obra à vista. Isso sim, seria um verdadeiro serviço público: para o melhor, mas também para o pior.

Mas de preocupações não se livra o Presidente Mário Almeida. O periódico Terras do Ave , geralmente conotado com o PSD, publica um artigo assinado por um Socialista Vilacondense , em que o autor começa por elogiar a figura do Professor Sousa Franco, recentemente falecido, para no final mostrar o seu desencanto e dar umas bicadas no actual aparelho socialista vilacondense, apontando o facto de o seu anonimato se dever à falta de liberdade expressão existente no interior do seu partido e as consequências que daí resultariam para a sua vida pessoal, caso o não fizesse. Este aspecto é importante, pois é um socialista militante que o diz, concerteza próximo de Mário de Almeida. Os sinais do descontentamento já são demasiado evidentes, começam a tomar forma e contrariam o que ainda à muito pouco tempo se escreveu no Jornal de Vila do Conde quando se soube da intenção de Rogério Torres, evocando democraticidade e abertura aos mais novos.

Que grande mentira...

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junho 16, 2004

Rio Ave Já Tem Líder!!!

Chegou finalmente ao fim a novela Pedro Soares, protagonista de uma anedótica candidatura à presidência do clube. Num comunicado feito à imprensa em frente à praia da Sra. da Guia e junto ao bar do mesmo nome, o Professor Soares anunciou a sua desistência da corrida à presidência, acabando por dar uma palmadinha nas costas do Paulo Carvalho, líder da agora única lista concorrente, e considerando esta uma lista de «pesos pesados»...

ah ah ah...

Os motivos para tal desistência prenderam-se, segundo o Prof, a falta de apoios financeiros, o eterno problema... dinheiro, dinheiro, dinheiro... porque de projectos futuros, népia, nickles, uma mão cheia de nada... nada que se visse ou ouvisse.

Não há suporte financeiro que aguente uma empresa sem projecto. O dinheiro esvai-se pelas fendas de uma estrutura mal organizada, levando-a à sua aniquilação... e não é isso que eu e a grande maioria dos Vilacondenses pretendemos para o clube do nosso coração ...

Muro da vergonha...

Eu não tenho dúvidas a este respeito: uma das pessoas mais odiadas no mundo é, com toda a certeza, o Ariel Sharon. O tal da cabecinha pensadora que resiste, resiste e resiste...

Este é o MURO que nos envergonha a todos, e que só pode ter saído de um cérebro toldado pelo ódio, e não pela razão.

Cliquem aqui , e sigam as instruções...

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junho 15, 2004

"Uma abstenção superior a 50% não dá o direito a que alguém conduza um triciclo, quanto mais os desígnios de um País"...

Zé das Bicas

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junho 14, 2004

Polícias à cata de Gambosinos...

Profissionais da GNR, PSP, SEF, Polícia Marítima e Guarda Prisional vão manifestar-se hoje em Lisboa para protestar contra a actuação do Governo relativamente às forças e serviços de segurança.

A responsabilidade desta situação recai, evidentemente, sobre o P artido C omunista P ortuguês, não duvidem...

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Memórias de Vila do Conde

Corridas de Vila do Conde - 1966

( A pedido do Sr. José Cunha )

junho 13, 2004

o indizível...

aconteceu... As eleições para a Europa pautaram-se pela indiferença da maior parte do eleitorado: abstenção superior a 60%...

Tá fixe, não tá? Mais um record...

O mais interessante é que muito poucos referem este aspecto... aliás, nem interessa referir que as vitórias políticas mais que não passam de meras vitórias virtuais...

ah ah ah...

Faz-me lembrar aquela do Presidente de todos os Portugueses... pois...

Bem, mantive alguma atenção à TV, e vi pela primeira vez as caras daqueles que nos vão representar...

Até qu'enfim, pensei. Afinal, eles sempre existem. Mas...que importa isso, afinal?

Parabéns, PS ...

Parabéns, PSD/CDS

Parabéns, CDU

Parabéns, Bloco

Todos são GRANDES vencedores! Não há derrotados, porque pior derrota que esta é praticamente impossível de alcançar... ou não?

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junho 12, 2004

Santana, o Desejado...

Na continuação desta senda Santanista, estou convencido que o dito cujo deve estar desesperado, e mortinho por passar a pasta a um qualquer incauto cego pela ambição. Santaninha prometeu mundos e fundos a toda a gente, e fez bandeira da sua candidatura a reconstrução do Parque Mayer. Portugal em peso aplaudiu, os artistas votaram em massa no homem impregnado de Sebastianismo, e este tornou-se «O Desejado»...

O pior foi depois. Após negociações com a Admnistração do Casino Estoril, Santana, descontente com a falta de visão dos arquitectos portugueses, foi buscar aquele que é considerado um dos maiores a nível mundial, o Frank Ghery. Este, que só se levanta da cama se lhe pagarem uns milhares, chegou, viu e disse da sua justiça: vamos enterrar o Casino, remetê-lo para um buraco onde não se veja. O Casino, que assumia as despesas de requalificação da zona, disse «não», o arquitecto «sim», e o Casino mais uma vez «não»...

No meio disto tudo, anda o Santana que não sabe o que fazer... Até ao momento, já várias propostas já foram por ele apresentadas à Admnistração do Casino, propostas estas que têm sido recusadas por diversas razões: localização, fluxo de trânsito, etc etc... Portanto, ao Santana só lhe resta fugir. Mas como sempre, fugir para a frente...

Estou curioso para ver como termina esta história, se este fala barato sempre se vai candidatar à Presidência da República...

ah ah ah...

racHismo - 2

Soube hoje que o ainda Presidente da Câmara de Lisboa, Santana Lopes, pediu a demissão do desventurado Comandante da Polícia Municipal de Lisboa, pelas mesmas razões já conhecidas: racismo e xenofobia. Sinceramente, penso que o Santana deve ter a memória curta. Eu não esqueci ainda a história que envolvia a multinacional de carne mastigada McDonalds e o documento assinado pela mão do própio cujo teor discriminava abertamente as crianças com grau de deficiência das normais. E se isto não é discriminação, então eu desconheço o significado da palavra.

O ridículo desta história prendeu-se com o facto de o Grande Santana alegar desconhecimento do conteúdo do documento que assinou... Aliás, uma moda que pegou nas lides autárquicas: o mostrar desconhecimento de documentação que tinham a obrigatoriedade de conhecer. São exemplos desta queda para a amnésia o Nuno Cardoso, o Ferreira Torres, o Valentim Loureiro, o Isaltino de Morais, e agora o Santana Lopes...

Mas também não fico de todo admirado. Sempre vi o Santana como um indivíduo cuja maior virtude é perder-se no discurso nubloso da capacidade dialéctica, tão a gosto dos nossos políticos, de tanto falar e nada dizer, porque em termos práticos a sua carreira política resume-se numa única palavra: ambição, e nada mais. Não tenho ideia de algo construtivo que tenha ficado para a memória dos portugueses, além de falinhas mansas e promessas que acabam no gavetão do esquecimento.

Apresentação

Boas noutes ... ou bons dias, conforme os meridianos... ou os merdianos.

Não sei bem o que aqui vim fazer, mas acho que tinha de vir ... e isso por agora basta!

Estou com o período... em período de reflexão para as eleições dos próximos sultões que nos representarão no grande aerópago flamengo... ou será alsaciano?... (esta minha geografia globalizada dá-me jetlag... ou letjag). Sou português, vagamente patriótico, muito desconfiado, europeu por parte da mãe e berbere por parte do pai. Ou melhor, ariano civilizacional e semita genético. Também vilacondense... 200%, ou mais. Para o bem e para o mal.

E para o mar. Que é para onde vou agora hidratar a minha veia, pois esta acabou de secar. E não aceito transfusões de qualquer caralho.

Tenho dito ... e tenho-me apresentado.

Até uma noite melhor... se Deus quiser.

junho 11, 2004

Ao ler o artigo do Jornal de Notícias relativamente à acusação feita ao Comandante da Polícia Municipal de Lisboa de racista e xenófoba, devido ao parecer deste alertando para o perigo da realização de uma festa no Martim Moniz, prendendo-se pelo facto de o local ser frequentado por toxicodepentes, prostitutas e negros, fiquei admirado com a facilidade com que hoje se acusa este ou aquele, pelo simples facto da menção da cor de um indivíduo.

Quero acreditar que o infeliz Comandante se preocupou apenas com o bem estar e segurança dos habitantes da zona, concerteza também honestos negros, na volta alguns amarelos, que por ali vivem, que não o da discriminação pura e simples.

À muitos anos que Portugal procura cultivar uma imagem pluralista, de aceitação e não agressão pelo simples facto de um indivíduo ser de uma raça diferente, e quase o conseguimos, ao remeter para o esquecimento a nossa face oculta... Num país, cuja história está inequivocamente ligada ao negócio de escravos, por indivíduos orgulhosamente apelidados de negreiros que enriqueceram o país com este tipo de negócio, ainda hoje um qualquer português meio distraído com o futebol, apelida imediatamente um qualquer jogador de raça negra de "preto" caso este falhe uma jogada... Fá-lo de propósito? Não, claro que não! É o que reside no íntimo dos portugueses, a nossa herança cultural que resiste em permanecer...

Querem mais um exemplo?

Lembro uma novela portuguesa, daquelas xaropadas de partir o coração à maior das bestas, em que um ex colonialista bêbado e vagabundo, com a família desconchabada, encontra o antigo criado de raça negra ao fim de um trilião de anos... O negro era portador daquela notícia capaz de fazer chorar uma pedra. O ex colonialista, em vez de abraçar o criado, começa a dirigir-se-lhe (mais velho, note-se) como "rapaz", e este como "patrão"...

"Mas tu tens a certeza, rapaz?" ou " diz-me, rapaz" ou "Tens que te lembrar, rapaz", etc, etc.. Ou seja, o ex colonialista tratou o negro da mesma forma a que estava habituado a tratar à uns milhões de anos atrás, porque do nome nem pó...

Alguém apresentou queixa? O argumentista fê-lo de propósito ou inconscientemente? As pessoas aceitaram este tipo de diálogo sem pestanejar ou indignaram-se? Bom, eu não me lembro de alguém ter protestado, ou do argumentista ser despedido. Lembro sim o de ter comentado este aspecto à mesa do café, e a única coisa que consegui arrancar foi uma data de sorrisos...

Na África do Sul, os alvos preferenciais dos negros são os Portugueses, e ainda não li uma única notícia a acusar aquele país de racista ou xenófobo... Porquê? Pelo facto de os sul africanos terem sido alvos de segregação durante anos a fio, e nada terem aprendido com isso?

Deixemo-nos de hipocrisias. Não somos um país racista. O Comandante da Polícia apenas exprimiu a sua preocupação baseado em factos seus conhecidos.

Mas que somos um país de extremos, disso não duvido...

morreu, mas a sua voz permanecerá para sempre no coração de todos aqueles que, como eu, amam o jazz, o blues e o funky.

"Music was one of my parts... Like my blood. It was a force already with me when I arrived on the scene. It was a necessity for me - like food or water."

Mr. Ray Charles

junho 10, 2004

Jantei Rojões...

e odeio Rojões... mas era essa a ementa programada para o jantar dos Portistas, que é realizado anualmente em Vila do Conde. No fundo é um jantar de amigos que se encontram para conversar e beber uns canecos, tendo como pano de fundo as camisolas de nosso bem amado FCP...

E o porquê desta notícia perfeitamente desinteressante e até blogoridícula? Porque não resisto em aqui colocar o famoso poema do Pedro Homem de Mello, poema este que se encontrava na parede do hall de acesso aos balneários do antigo e saudoso campo do FCP, e que o João Ricardo Pateiro leu e nós aplaudimos:

ALELUIA Dúvida? Não, mas luz, realidade E sonho que, na luta, amadurece. - O de tornar maior esta cidade. Eis o desejo que traduz a prece. Só quem não sente o ardor da juventude Poderá vê-la, de olhos descuidados. Porto - palavra exacta. Nunca ilude. Renasce, nela, a ala dos namorados! Deram tudo por nós estes atletas. Seu trajo tem a cor das própias veias E a brancura das asas dos poetas... Ó fé de que andam nossas almas cheias... Não há derrotas quando é firme o pano. Ninguém fala em perder! Ninguém recua... E a mocidade invicta em cada abraço A si mais nos estreita. A Pátria é sua. E, de hora a hora, cresce o baluarte! Lembro a Torre dos Clérigos, às vezes... Um anjo dá sinal quando ele parte... São sempre heróis! São sempre Portugueses! E, azul e branca, essa bandeira avança... Azul, branca, indomável, imortal. Como não pôr no Porto uma esperança Se "Daqui houve nome Portugal"?

junho 09, 2004

A vida tem destas coisas... Num dia está-se bem, e no outro...

Eu não me revia nas políticas seguidas pelo Professor Doutor Sousa Franco. No entanto, tinha-o como pessoa honesta e dedicada ao País, e a sua morte inesperada em Matosinhos é indubitavelmente uma grande perda.

Ao encabeçar a lista do PS às eleições ao Parlamento Europeu, o Professor incomodou a lista da coligação que, devido à excelente campanha por ele protagonizada, muitas vezes recorreu ao insulto pessoal. Espero que esses mesmos, alguns não desconhecidos da barra dos Tribunais, tenham agora a elegância do reconhecimento da grandiosidade e honestidade de um homem que procurou sempre o melhor para o seu País.

junho 08, 2004

back to the jungle...

Bom, nem sei como começar... talvez pelo princípio...

Como devem estar recordados, anunciei o fim do meu blog não especificando as razões para tal. Tais razões, digo-o agora, passavam pela enorme dificuldade em o manter, por falta de disponibilidade. Não sou apologista de ter um blog a pairar no etéreo sem que a actualização seja efectuada de uma forma constante. É a única maneira de não decepcionar aqueles que me visitam mais regularmente: dando-lhes algo de novo, de acordo com a minha visão dos temas que abordo...

Mas como disse, tinha resolvido colocar um ponto final no blog, optando por ser apenas mais uma visita àqueles que eu mais admiro. Mas não é que, passados dois dias, sou surpreendido por um post do meu amigo... hum... Dreno, que eu havia convidado o passado ano a colaborar comigo, sem que no entanto tenha dado sinais... até agora?

Sabendo que a disponibilidade deste meu amigo também é limitada, conversamos sobre o assunto: para manter o blog era necessário mais um colaborador.

Quem?

Aproveitei uma chamada do meu amigo... hmmm... Guaita, ele também um leitor do meu blog, a perguntar-me as razões de o ter terminado...

Claro, aproveitei a deixa, convidei-o, e ele aceitou com entusiasmo...

Assim sendo, o Quasi Diário vai continuar por tempo indeterminado.

Alterei o aspecto do blog visto ter alterado a filosofia deste, e que espero seja do agrado de todos ( neste aspecto sou um insatisfeito, pelo que agradeço a vossa opinião ).

Agradeço também a todos os que, de uma maneira ou de outra, postaram simpáticamente sobre o meu blog ou me enviaram mails protestando o encerramento. É sempre bom voltar ao convívio com os demais.

Ah, o quadro representado é a "Família" do pintor Júlio...

junho 05, 2004

É a Justiça, estúpido!

Há um tempo perguntaram-me qual seria, na minha opinião, a reforma mais urgente e importante a fazer neste pais onde Judas perdeu as botas. Seria a da Educação ou o Ambiente, fundamentais para o futuro, a Saúde, a Economia ou a Administração Pública para o presente ou ... Não, decididamente, é a JUSTIÇA. Passo a explicar:

Tudo ficou muito claro para mim quando uma importante personagem de quem nem me quero lembrar disse em voz grossa (para assustar os jornalistas) a propósito de já nem sei de quê: ESTE PAÍS NÃO É UMA REPÚBLICA DAS BANANAS!!!

Porque raio alguém com tanta responsabilidade terá sentido a necessidade de dizer esta frase verdadeiramente insólita, num país supostamente Europeu, desenvolvido, um verdadeiro oásis no panorama internacional onde pululam vigaristas e idiotas? Em minha opinião, há duas respostas possíveis:

1) Este país NÃO é uma república das bananas e o homem sentiu-se na obrigação de defender, convictamente, a sua dama.

2) Este país É uma república das bananas e o homem, sentiu-se obrigado (devido às suas responsabilidades) a dizer, convictamente, uma mentira piedosa para consumo público.

Como já deu para perceber, inclino-me para a segunda hipótese, senão veja-se uma listagem muito incompleta, sem preocupações de ordenação cronológica e ao correr do cursor, das razões porque assim é: - caso Sá Carneiro - caso Melancia - caso Caixa de Crédito Agrícola Açoreana - casos Alberto João Jardim e Avelino Ferreira Torres (só neste país!) - caso Valentim Loureiro - caso Casa Pia - caso do sobrinho do Isaltino, residente na Suíça - caso do filho do Sousa Cintra - caso etc etc etc...

Aqui chegados poderá então perguntar-se : o que fazer quando seja quem fôr quem lá esteja a coisa é sempre a mesma e quando muda é só para pior? . . . . . . . . . . A resposta não é simples e quanto ao leitor, não sei, mas PELA PARTE QUE ME TOCA JÁ DEIXEI DE COMER BANANAS HÁ MUITO TEMPO.

Dreno

junho 04, 2004

Uns partem e outros chegam... é a vida! (AG-ex1º)

Boa Noite. Ainda sou " verde " nestas andanças e já é tarde, por isso não me vou alongar muito. Deixo então um pensamento solitário e vou-me embora:

- a pensar...(aguarde um momentito) crr, crr, crr, crr, zing, crr, crr, toim!

Ainda estou para perceber se o Seja Franco sempre é deficiente ou não... O Paulinho das Feiras sabe-a toda, só é pena ser só mais um vendedor da banha da cobra igual a tantos outros. Não há justiça!

Dreno

junho 01, 2004

tudo tem o seu tempo,

e o meu chegou ao fim...

Agradeço a todos aqueles que quasi diáriamente me acompanharam nesta quasi aventura.

Um abraço especial aos blogs da minha aldeia: O Vilacondense ( crítica acutilante, inteligente e sempre atenta ao que nos rodeia ), o Glosas ( pela qualidade e clarividência dos seus textos ), o Lápis de Cor ( pela irreverência e sensibilidade, desejo-lhe um futuro grandioso que seja motivo de orgulho das gentes da Vila ), Rio Ave FC ( vou estar sempre atento - Rio Ave sempre ), o Passarola Voadora ( discreto e informativo ), o Trenguices ( com vizinhos deste calibre, seria fácil formar a Póvoa do Conde ).

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Vila do Conde Quasi Diário ( 2ª acto )

. LATARIA . MIXÓRDIAS . AFINS .

junho 30, 2004

Gulliver sempre existiu!!! - 2

Meu Deus!!! Afinal sempre é verdade... Meu Deus!!! Eu sei que não se deve invocar o nome de Deus em vão, mas... Meu Deus!!!...

Esta é a maior descoberta de sempre... nem a câmara secreta revelada no interior da Grande Pirâmide de Gizé, contendo um sarcófago do mais puro cristal com uma múmia de uma criatura alienígena no seu interior, é comparável a esta...

Obrigado, Dupont , pela investigação e o link aqui disponibilizado... Os menos crentes podem segui-lo e espantarem-se com a derradeira verdade.

Darwin foi definitivamente enterrado. Atirem com a Teoria das Espécies ao lixo.

Nós não descendemos dos macacos e sim dos Lilliputianos ...

Aleluia...

Oi Six & Company

Só passei por aqui para dizer "oi".

Volto noutro dia porque hoje já é amanhã.

A Força esteja convosco!

Políticos - Rap

Sendo conhecida a posição do ainda 1º Ministro Durão Barroso, é chegado o momento crucial, aquele por que todos esperam: a posição do Presidente da República. Será que Jorge Sampaio, sendo ele um socialista, irá fazer a vontade à Esquerda e convocar eleições antecipadas, ou fará a vontade ao 1º Ministro, que antecipadamente pediu a garantia da não dissolvição do Parlamento e a aceitação do nome proposto pela Maioria?

Bom, pelo que tenho lido e ouvido, a coligação PSD/PP encontra-se extremamente dividida, blocos à turra e à massa, ministros e ministras descontentes, ameaças de demissão, olheiros à espera de uma oportunidade para aparecerem... Resumindo e concluindo, um caos.

Deveria ser precisamente o contrário. É em alturas de crise que o partido ou partidos se devem unir, em torno de um objectivo comum: Portugal. Não sendo assim, não são melhores que aqueles que criticaram todo este tempo e fica-se com a sensação que, cegos pela possibilidade da perda do poder, agem descontroladamente permitindo que a comunicação social ponha a nu as suas fragilidades, o seu calcanhar de Aquiles.

Jorge Sampaio, que se tem multiplicado em conversações com esta ou aquela personalidade, algumas a cheirar a naftalina, e tendo em conta o actual panorama político, pode optar por convocar eleições antecipadas, e aí ficamos com um sério problema nas mãos. Não o posso afirmar porque não sou bruxo, mas podemos tecer este cenário: imaginem que o PS ganha as eleições mas não obtém a maioria absoluta. Ferro Rodrigues, sedento de vitórias, vai concerteza propor uma aliança, à imagem que o PSD fez com o partido de Paulo Portas. Irá optar por uma coligação com o PCP? De maneira nenhuma... Os socialistas e os comunistas nunca se deram bem, e a história é disso testemunha. Então resta quem? O Bloco de Esquerda, pois é... e vai ser uma catástrofe... Já imaginaram o Francisco Louçã ministro da Defesa? Não? Pois eu estou a ver os soldados a correr para a parada de saias, estou a ver o aborto legalizado, com todas as implicações inerentes a esse facto e que já foram por demais debatidas na quase totalidade dos blogs e jornais, estou a ver a legalização das drogas leves, leis aprovadas sem consulta popular... em conclusão: um fórróbódó...

Nunca fui muito com a postura de Jorge Sampaio, nunca fui com a postura de presidente nenhum e a responsabilidade do futuro do meu País está nas mãos de um único homem. Será ele capaz de tomar a decisão mais correcta? Não sei, a ver vamos!...

A História fará o seu julgamento, disso tenho eu a certeza...

junho 29, 2004

Vila do Conde - Memórias

Corridas de Vila do Conde - 1975

Lembro-me como se fosse hoje... O Verão quente de 1975, o total desrespeito pelas autoridades, famílias a passearem-se pela pista com os filhos a brincarem nos passeios, os carros a acelerarem perante a inconsciência, a paragem dos carros em plena curva do esse, o apelo dos pilotos alertando para o óbvio, a indignação dos populares, o recuo dos pilotos, a insegurança da polícia, a continuação da loucura...

De tudo se viu um pouco...

Foi um verdadeiro milagre não ter morrido ninguém nesse dia...

junho 28, 2004

Gulliver sempre existiu!!!

Cliquem na foto e conheçam toda a verdade... toda a verdade... toda a ver...

Osso Durão de Roer...

Pois é... tenho andado expectante no que concerne à notícia da semana... Será que o ainda actual Primeiro Ministro vai aceitar o fantástico e surpreendente convite para a Presidência da Comissão Europeia? Se o aceitar, quem o substituirá?!...

Quanto a mim, espero sinceramente que Durão Barroso aceite o convite. As razões são mais que evidentes: Portugal passará a ter uma posição mais forte sobre a União Europeia e o futuro da reconstrução da Europa, o que até agora não se verificava e que só pode ser benéfico para o País, e por conseguinte, para todos nós. No entanto, Durão Barroso ainda não se pronunciou sobre o assunto, talvez devido à dificuldade da sua sucessão ao cargo que actualmente ocupa. Tem-se falado no nº dois do seu partido, o bem falante Santana Lopes para o suceder, que nunca escondeu a sua ambição de ocupar o cargo de 1º Ministro. No entanto, apesar do apoio de grande parte dos elementos do partido e do próprio Durão Barroso, a sua subida à direcção do partido não é consensual. Por exemplo, a Ministra Ferreira Leite já deu a entender que abandona o Governo no caso de Santana Lopes ser designado como sucessor.

No meu entender, Manuela Ferreira Leite seria o nome mais indicado para suceder a Durão Barroso, não só por se tratar do número dois do governo como pelas particularidades do cargo que ocupa. A grande maioria das políticas económicas que têm vindo a ser levadas a cabo no nosso País têm saído da sua cabecinha, e portanto, seria a proposta mais coerente e válida para dar continuidade aos objectivos do actual governo, que prima é certo, por medidas de contenção, seguramente nada populares, mas que talvez façam sentido numa conjuntura de recessão económica.

Não seria bem uma Dama de Ferro, mas sim uma Dama de Aço Temperado a comandar os destinos do País.

Esta provável saída de Durão Barroso do Governo inflamou as hostes da esquerda, principalmente o PS, nomeadamente o seu Secretário Geral, Ferro Rodrigues. Ferro, que não sendo de ferro nem tão pouco de aço temperado, vê aqui a sua oportunidade de ouro de ascender ao cargo de Primeiro Ministro, sem ter de se submeter ao tão "desejado" Congresso agendado para Novembro, onde se espera uma luta acérrima pelo lugar de Secretário Geral, agora que o Partido se encontra numa fase de ascensão e popularidade como o prova a recente vitória do PS para as eleições Europeias. É, portanto, do interesse de Ferro Rodrigues, a convocação de eleições antecipadas.

Ora, tudo isto passa pela decisão do Presidente da República, de dissolver ou não o Parlamento, encontrando-se este num dilema: fazer a vontade do camarada Ferro Rodrigues e avançar para a antecipação de eleições, ou ser solidário com a posição do actual Primeiro Ministro, exactamente por no seu passado também ele ter trocado a meio do mandato, a Presidência da Câmara de Lisboa pela da Presidência da República, aceitando o nome proposto por Durão Barroso para o substituir.

Seja qual for a decisão tomada, uma coisa é certa, o futuro nunca mais será o mesmo...

junho 27, 2004

O nosso Património

Turista acidental de quando em vez, gosto de visitar locais referenciados nos nossos guias turísticos como sendo de grande interesse arquitectónico ou paisagístico. E por vezes descobre-se um património que, por ser tão perto do nosso poiso habitual, é tantas vezes preterido por outro mais distante, mas frequentemente de muito menor valia ou interesse. Afirmam os especialistas que o Castelo de Santa Maria da Feira é um dos mais notáveis monumentos portugueses devido à diversidade dos recursos defensivos utilizados na sua construção, entre os séculos XI e XVI. Da minha visita pude constatar a justeza desta afirmação e aqui fica o meu testemunho da enorme beleza deste castelo e de como vale a pena visitá-lo.

Nas fotos acima, retiradas de um folheto informativo, pode-se ver os aspecto geral do castelo e, no primeiro piso da torre de menagem, o interior do belíssimo salão ogival da alcáçova, onde aparece uma balaustrada ao nível do segundo piso, a qual parece enquadrar-se razoavelmente bem com o interior deste salão. No entanto, durante a minha visita descobri algumas diferenças e novidades, como se pode observar nas fotos seguintes, estas últimas já da minha autoria. Passando à sua descrição, pode-se apreciar na primeira foto a nova e magnifica reconstituição do salão nobre, onde se destacam os painéis, passadiços e balaustradas feitas em tubos e vigas do melhor ferro pintado a cor de laranja, a qual nos parece extremamente indicada pois realça enormemente o efeito dos focos instalados sob os passadiços. Estamos pois, perante uma brilhante reconstituição de um típico salão da Idade Média, sendo de destacar o efeito “blazê” e “naoseiquê” do cortinado que se vê ao fundo.

Na segunda foto é visível o fogão e grelhas onde os servos assavam os suculentos javalis, gamos ou perdizes que os seus amos caçavam. Com enorme emoção, observei no seu interior vestígios arqueológicos (que até pareciam recentes) das cinzas e carvões utilizados, provavelmente há séculos, nalgum festim dos senhores do castelo.

A terceira e última foto diz respeito à reconstituição de um notável WC medieval, belo pela sua singeleza e pureza de linhas. Notar de novo a utilização dos melhores materiais, neste caso os alumínios e os plásticos de cor cinza, que combina muito bem com o material rochoso envolvente. As estruturas tubulares dão ao conjunto uma leveza e esbelteza que as colunas em pedra, nem de perto nem de longe, conseguem atingir.

Ironias à parte, devo dizer que, por esse País fora já vi atentados ao “nosso” Património bem piores e de muito mais difícil resolução do que aqueles que são ilustrados nestas figuras. Para o caso em análise eu receitaria ao doente uma boa madeira de carvalho a imitar o antigo, pedra igual à existente q.b., uma pitada de bom senso e outra de bom gosto, combinadas a preceito e utilizadas criteriosamente de modo a preservar o que existe de antigo e reconstruir o que desapareceu, da maneira o mais próxima possível do original. Em princípio, esta receita pode aplicar-se a todos os monumentos, com pequenas alterações consoante a patologia e, claro, o estilo do monumento em causa. Os turistas acidentais (e os profissionais, seguramente) agradecem a cortesia.

Muro de Berlim

junho 24, 2004

Jorge Ben Sanjoanino...

(Foto cedida sem o saber pelo Eduardo)

Quatro horas de sono no pelo... puxa, já nem sei como aguento. Pouca gente nas ruas, este ano. Não sei se por causa da chuva, se pelo cartaz de animações pouco atrativo. Isso é bom para a Câmara, mas mau para os vileiros... e até o fogo de artifício sofreu com os cortes orçamentais...

Mesmo debaixo de chuva, eu e a Ana calcorreamos Vila do Conde de lés a lés... Devia ter ido com mais calma, pois os pimentos que comi ao jantar causaram-me indisposição... Toma lá, que é para aprenderes a não ser comilão... Portanto, águas das pedras qb, para aguentar...

Pelo caminho, os cumprimentos do costume: os meus amigos que, este ano, não se reuniram... filhos, pois... já nada é como antigamente... agora os filhos são aquele peso confortável, a quem quase tudo é permitido, e as mulheres, sempre lúcidas, sempre a dar instruções... e os meus amigos, outrora rebeldes, são agora obedientes e eu sei que estão felizes... mais que outrora... ou outra hora... tropecei no Engº Hermenegildo que, como sempre, foi simpático para comigo... e eu pensei: É este o "monstro" que outros Mários e afins falam, de conspirações medievais e maçónicas reuniões secretas?... depois pensei: 33, 33, 33,...

Trinta era o meu professor de ginástica dos meus tempos de liceu... um ex comando, sargentão, que nos punha a todos em sentido ao estaladão... um verdadeiro cabrão...

30, 30, 33... 33 são também os degraus que levam ao coração do Monte, pejado de fiéis do Rancho das Rendilheiras, mesmo em frente ao Vitorino do famoso Champarrião...

Terá que ficar para a próxima... malditos pimentos indigestos, que me fizeram suar em bica... e um encontro inesperado no Monte com o meu amigo que sonha com uma Vila do Conde espraiada entre pinhais, rio e mar... Não se encontra uma Vila assim em qualquer lado... o José sabia-o melhor que ninguém e até escreveu sobre isso, mas poucos se lembram... só em tertúlias intlectuais se fala do assunto, e geralmente em verso, porque a prosa... bem, a prosa entre o meu amigo e eu foi um pouco confusa, barulhenta do arraial e danças... terá que ficar para mais tarde, um dia, quem sabe se defronte à praia da minha meninice...

33, 33, 33... foram os degraus que descemos... em direcção ao rio, um toque no telemóvel, máquina maldita mas útil... minha irmã está em Vila do Conde e quer-se encontrar comigo... o fogo de artifício começa, e corremos para o interior de um café suado, de gente suada pelo calor da folia, como no poema do Luis Pinto Coelho...

Durante o fogo, conversas sobre carótidas entupidas, excesso de peso, tensão arterial... conversa de médico, mas sei que a minha irmã está preocupada comigo, com o meu deixa andar... amanhã penso nisso, se tiver tempo... maldito tempo da morrinha de S. João, tão famosa quanto incomodativa... não vai dar para ir até à praia namorar ao luar, porque não há luar, apesar de a praia estar lá... mas nesse aspecto, S. João é quando se quiser, certo?...

Mais um Vizinho...

que se avizinha do meu blog... e ainda bem.

É o radical Portugal no seu pior do Armando, e vai fazer companhia ao afinadíssimo Finúrias e o campestre Boticário...

junho 23, 2004

A Câmara VC está na Net - Rap

Finalmente... O Lápis de Cor foi o primeiro a descobrir que a Câmara Municipal tem o seu site disponível na net... Já não era sem tempo.

Não sei se o Quasi Diário teve alguma coisa a ver com isso , mas se assim foi, então está de parabéns...

ah ah ah...

Gaba-te cesto...

.

S. João Baptista, rapper...

Hoje é véspera de S. João, logo noite de folia. Como qualquer vilacondense, vou esquecer os problemas e divertir-me ao máximo. Como de costume, vou jantar uma sardinhada acompanhada de montes de pimento, bem regada com vinho tinto verde, assistir aos desfiles dos Ranchos, apoiar o das Rendilheiras da Praça, vaiar o das Rendilheiras do Monte, atirar a pedrinha na fonte de S. João, beber uma mistela de cerveja, vinho verde e açúcar no Vitorino, comer pela primeira e última vez este ano uma fartura, comprar o Bolo da Velha, assistir ao fogo de artifício e, quem sabe, namorar ao luar à beira mar...

Canção da Rendilheira

Rendilheiras que teceis

As lindas rendas à mão

Eu dou-vos se vós quereis

Por almofada o coração.

Freiras de Santa Clara

Lindas monjas feiticeiras

Há restos da vossa graça

Na boca das rendilheiras...

Ó vem à janela

Que a noite está bela

Vem ver o luar,

Linda rendilheira

Deixa a travesseira,

Vem-me ouvir cantar

junho 22, 2004

Quasi diáriamente sou confrontado com a ideia de que existe um concluio entre o Rogério Torres e o Mário Almeida ( presidente, não o outro, dos comentários ), que visa uma conjugação de esforços, que ainda ningém soube muito bem explicar quais. Esta teoria da conspiração, de dois indivíduos que se encontram pela noite dentro numa sala iluminada à luz da vela e que apenas podem visar os Vilacondenses, tem sido aceite de forma natural, como natural tem sido a falta de objectividade na maior parte das críticas a que tenho assistido.

Não partilho da ideia do Lápis de Cor , quando diz que Vila do Conde tem uma tradição sociológica em votar no PS e que, portanto, nada há a fazer. Trata-se de deixar correr as águas poluídas para o mar, sentarmo-nos no banco a vê-las passar. Eu quero acreditar que as gentes de Vila do Conde são inteligentes, íntegras e, se votaram no PS, foi porque as alternativas têm sido vazias e ocas, como bem à pouco tempo tive o desprazer de assistir e, neste aspecto, os partidos apenas se podem queixar de si própios. Neste campo, Mário Almeida ( o presidente, não o outro ), está como um peixe na água, e eu não o posso censurar por isso.

Essa história dos partidos é-me indiferente. Eu voto de acordo com os projectos e as pessoas que considero as mais capacitadas para gerir os designios da minha aldeia, e não de acordo com a cor deste ou aquele Partido. Aliás, hoje em dia ninguém acredita em filosofias e teorias que o tempo se encarregou de enterrar bem fundo.

O Partido serve apenas como rampa de lançamento para voos mais altos, e nada mais do que isso.

Critico sim a pose daqueles que, à mesa do café e mercê da sua incapacidade intlectual, habituados a deitar a toalha ao chão, olham com desconfiança o esforço de alguém a quem não hesitaram em rotular enquanto a procissão ainda vai no adro, como se costuma dizer.

Cá por mim, prefiro esperar para ver...

.

junho 21, 2004

Oportunistas

Com minha alma ferida

Fiz balanço à vida,

Vi o filme do passado

Cheguei à triste conclusão

E sinto agora frustação

de ter sido derrotado.

Com sina de má sorte,

servi até de escadote.

Alguns subiram por mim,

com fingidos abraços,

com a força dos meus braços,

ganharam louros sem fim.

Vampiros me exploraram,

até meu sangue sugaram,

cobardes e egoistas,

oprimido, humilhados

Falsos e oportunistas.

Se voltasse a nascer,

na selva queria viver.

Rodeado de animais,

Lá há menos crueldade.

matam por necessidade,

são mais puros e leais.

disse RUI, gestor dos nossos fins.

.

Quem é Rui, gestor dos nossos fins...

Rui, tem altura e peso, proporcional à sua dimensão de homem. Possui uma enorme sensibilidade. Quis homenagear, desta forma, a memória do Prof. Sousa Franco, criticando aqueles, que usaram e abusaram da sua presença entre o mundos dos vivos. É caso para dizer, quanto mais conheço o homem, mas admiro os animais...

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junho 18, 2004

Algumas considerações e fim de semana à porta...

Comecei a ler a obra do Marquês Stanislas de Guaita, um dos mais destacados ocultistas franceses, um erudito orientalista e cabalista que reuniu uma colecção importante de obras cabalísticas hebraicas e referentes à magia. O livro está recheado de exorcismos e lugares comuns de práticas absurdas de feitiçaria e condenações à morte detalhadas ao extremo, quer pela tortura quer pelo fogo, que ocorreram ao longo dos séculos.

Muito proveitoso, direi eu... Que seca, dirão outros... Mas sinceramente, pouco me importa aquilo que os outros pensam sobre o assunto, ou sobre este blog, por vezes tão maltratado por gente insípida que se autorga no direito de me insultar sem me conhecer, apenas pelo simples facto de eu dizer uma piada ou frequentar este ou aquele blog, opinar sobre eles, e ser criticado por isso mesmo. No entanto reconheço que, de vez em quando, semeio alguns ventos. É natural que eu colha as minhas tempestades...

Quem também anda a semear alguns ventos é o Rogério Torres . Li com atenção o artigo n' O Primeiro de Janeiro , e tenho que discordar do Dupont , cuja análise me pareceu algo tendenciosa, ao desprezar o conteúdo para valorizar pormenores inerentes a alguma inexperiência política do cada vez mais assumido candidato à Presidência da CMVC. O Rogério começa por levantar o pano, mostrando um pouco dos alicerces do que ele entende ser o melhor para as gentes da minha aldeia, assumindo a ruptura com a actual estrutura de poderes, apresentando alternativas. E isto sim, parece-me mais importante do que a mera parangona que o artigo ostenta. Ao contrário de outros, que se assumem como "primários" candidatos por mero protagonismo pessoal, sem qualquer conteúdo programático e discurso que não vai além do "me falta dinheiro", Rogério Torres não pertence a esta estirpe de indivíduos. Mostra conhecimento, inteligência, determinação e inovação...

E já que referi o órgão máximo da nossa autarquia, recebi, tal como a maioria dos Vilacondenses, o Boletim Camarário. Sempre que o abro, dou de caras com o "Construindo Vila do Conde", o que é saudável. Está geralmente recheado de nomes das nossas freguesias, fotografias incluídas, às quais está sempre associada a figura do nosso Presidente, invariávelmente de mãos nos bolsos e sempre acompanhado pelos, que eu presumo, dirigentes das freguesias ou associações. E eu pergunto: onde estão as fotografias das obras que são mencionadas? Fico sempre com a sensação que o Presidente não faz mais nada senão andar de freguesia em freguesia, só para aparecer na fotografia, o que é cansativo, aborrecido e desgastante para a sua imagem. Até parece que quem anda em construção não é a Vila...

Já agora uma dica: o Boletim deveria ser utilizado para informar os Vilacondenses não só do que por aí se faz , como também do que se não faz: por exemplo, esclarecer as pessoas da terra, que pagam a água religiosamente ao fim de cada mês, o porquê da dívida de três milhões de euros à empresa "Águas do Cávado", assim como a razão pela qual o açude continua desintegrado, sem obra à vista. Isso sim, seria um verdadeiro serviço público: para o melhor, mas também para o pior.

Mas de preocupações não se livra o Presidente Mário Almeida. O periódico Terras do Ave , geralmente conotado com o PSD, publica um artigo assinado por um Socialista Vilacondense , em que o autor começa por elogiar a figura do Professor Sousa Franco, recentemente falecido, para no final mostrar o seu desencanto e dar umas bicadas no actual aparelho socialista vilacondense, apontando o facto de o seu anonimato se dever à falta de liberdade expressão existente no interior do seu partido e as consequências que daí resultariam para a sua vida pessoal, caso o não fizesse. Este aspecto é importante, pois é um socialista militante que o diz, concerteza próximo de Mário de Almeida. Os sinais do descontentamento já são demasiado evidentes, começam a tomar forma e contrariam o que ainda à muito pouco tempo se escreveu no Jornal de Vila do Conde quando se soube da intenção de Rogério Torres, evocando democraticidade e abertura aos mais novos.

Que grande mentira...

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junho 16, 2004

Rio Ave Já Tem Líder!!!

Chegou finalmente ao fim a novela Pedro Soares, protagonista de uma anedótica candidatura à presidência do clube. Num comunicado feito à imprensa em frente à praia da Sra. da Guia e junto ao bar do mesmo nome, o Professor Soares anunciou a sua desistência da corrida à presidência, acabando por dar uma palmadinha nas costas do Paulo Carvalho, líder da agora única lista concorrente, e considerando esta uma lista de «pesos pesados»...

ah ah ah...

Os motivos para tal desistência prenderam-se, segundo o Prof, a falta de apoios financeiros, o eterno problema... dinheiro, dinheiro, dinheiro... porque de projectos futuros, népia, nickles, uma mão cheia de nada... nada que se visse ou ouvisse.

Não há suporte financeiro que aguente uma empresa sem projecto. O dinheiro esvai-se pelas fendas de uma estrutura mal organizada, levando-a à sua aniquilação... e não é isso que eu e a grande maioria dos Vilacondenses pretendemos para o clube do nosso coração ...

Muro da vergonha...

Eu não tenho dúvidas a este respeito: uma das pessoas mais odiadas no mundo é, com toda a certeza, o Ariel Sharon. O tal da cabecinha pensadora que resiste, resiste e resiste...

Este é o MURO que nos envergonha a todos, e que só pode ter saído de um cérebro toldado pelo ódio, e não pela razão.

Cliquem aqui , e sigam as instruções...

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junho 15, 2004

"Uma abstenção superior a 50% não dá o direito a que alguém conduza um triciclo, quanto mais os desígnios de um País"...

Zé das Bicas

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junho 14, 2004

Polícias à cata de Gambosinos...

Profissionais da GNR, PSP, SEF, Polícia Marítima e Guarda Prisional vão manifestar-se hoje em Lisboa para protestar contra a actuação do Governo relativamente às forças e serviços de segurança.

A responsabilidade desta situação recai, evidentemente, sobre o P artido C omunista P ortuguês, não duvidem...

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Memórias de Vila do Conde

Corridas de Vila do Conde - 1966

( A pedido do Sr. José Cunha )

junho 13, 2004

o indizível...

aconteceu... As eleições para a Europa pautaram-se pela indiferença da maior parte do eleitorado: abstenção superior a 60%...

Tá fixe, não tá? Mais um record...

O mais interessante é que muito poucos referem este aspecto... aliás, nem interessa referir que as vitórias políticas mais que não passam de meras vitórias virtuais...

ah ah ah...

Faz-me lembrar aquela do Presidente de todos os Portugueses... pois...

Bem, mantive alguma atenção à TV, e vi pela primeira vez as caras daqueles que nos vão representar...

Até qu'enfim, pensei. Afinal, eles sempre existem. Mas...que importa isso, afinal?

Parabéns, PS ...

Parabéns, PSD/CDS

Parabéns, CDU

Parabéns, Bloco

Todos são GRANDES vencedores! Não há derrotados, porque pior derrota que esta é praticamente impossível de alcançar... ou não?

.

junho 12, 2004

Santana, o Desejado...

Na continuação desta senda Santanista, estou convencido que o dito cujo deve estar desesperado, e mortinho por passar a pasta a um qualquer incauto cego pela ambição. Santaninha prometeu mundos e fundos a toda a gente, e fez bandeira da sua candidatura a reconstrução do Parque Mayer. Portugal em peso aplaudiu, os artistas votaram em massa no homem impregnado de Sebastianismo, e este tornou-se «O Desejado»...

O pior foi depois. Após negociações com a Admnistração do Casino Estoril, Santana, descontente com a falta de visão dos arquitectos portugueses, foi buscar aquele que é considerado um dos maiores a nível mundial, o Frank Ghery. Este, que só se levanta da cama se lhe pagarem uns milhares, chegou, viu e disse da sua justiça: vamos enterrar o Casino, remetê-lo para um buraco onde não se veja. O Casino, que assumia as despesas de requalificação da zona, disse «não», o arquitecto «sim», e o Casino mais uma vez «não»...

No meio disto tudo, anda o Santana que não sabe o que fazer... Até ao momento, já várias propostas já foram por ele apresentadas à Admnistração do Casino, propostas estas que têm sido recusadas por diversas razões: localização, fluxo de trânsito, etc etc... Portanto, ao Santana só lhe resta fugir. Mas como sempre, fugir para a frente...

Estou curioso para ver como termina esta história, se este fala barato sempre se vai candidatar à Presidência da República...

ah ah ah...

racHismo - 2

Soube hoje que o ainda Presidente da Câmara de Lisboa, Santana Lopes, pediu a demissão do desventurado Comandante da Polícia Municipal de Lisboa, pelas mesmas razões já conhecidas: racismo e xenofobia. Sinceramente, penso que o Santana deve ter a memória curta. Eu não esqueci ainda a história que envolvia a multinacional de carne mastigada McDonalds e o documento assinado pela mão do própio cujo teor discriminava abertamente as crianças com grau de deficiência das normais. E se isto não é discriminação, então eu desconheço o significado da palavra.

O ridículo desta história prendeu-se com o facto de o Grande Santana alegar desconhecimento do conteúdo do documento que assinou... Aliás, uma moda que pegou nas lides autárquicas: o mostrar desconhecimento de documentação que tinham a obrigatoriedade de conhecer. São exemplos desta queda para a amnésia o Nuno Cardoso, o Ferreira Torres, o Valentim Loureiro, o Isaltino de Morais, e agora o Santana Lopes...

Mas também não fico de todo admirado. Sempre vi o Santana como um indivíduo cuja maior virtude é perder-se no discurso nubloso da capacidade dialéctica, tão a gosto dos nossos políticos, de tanto falar e nada dizer, porque em termos práticos a sua carreira política resume-se numa única palavra: ambição, e nada mais. Não tenho ideia de algo construtivo que tenha ficado para a memória dos portugueses, além de falinhas mansas e promessas que acabam no gavetão do esquecimento.

Apresentação

Boas noutes ... ou bons dias, conforme os meridianos... ou os merdianos.

Não sei bem o que aqui vim fazer, mas acho que tinha de vir ... e isso por agora basta!

Estou com o período... em período de reflexão para as eleições dos próximos sultões que nos representarão no grande aerópago flamengo... ou será alsaciano?... (esta minha geografia globalizada dá-me jetlag... ou letjag). Sou português, vagamente patriótico, muito desconfiado, europeu por parte da mãe e berbere por parte do pai. Ou melhor, ariano civilizacional e semita genético. Também vilacondense... 200%, ou mais. Para o bem e para o mal.

E para o mar. Que é para onde vou agora hidratar a minha veia, pois esta acabou de secar. E não aceito transfusões de qualquer caralho.

Tenho dito ... e tenho-me apresentado.

Até uma noite melhor... se Deus quiser.

junho 11, 2004

Ao ler o artigo do Jornal de Notícias relativamente à acusação feita ao Comandante da Polícia Municipal de Lisboa de racista e xenófoba, devido ao parecer deste alertando para o perigo da realização de uma festa no Martim Moniz, prendendo-se pelo facto de o local ser frequentado por toxicodepentes, prostitutas e negros, fiquei admirado com a facilidade com que hoje se acusa este ou aquele, pelo simples facto da menção da cor de um indivíduo.

Quero acreditar que o infeliz Comandante se preocupou apenas com o bem estar e segurança dos habitantes da zona, concerteza também honestos negros, na volta alguns amarelos, que por ali vivem, que não o da discriminação pura e simples.

À muitos anos que Portugal procura cultivar uma imagem pluralista, de aceitação e não agressão pelo simples facto de um indivíduo ser de uma raça diferente, e quase o conseguimos, ao remeter para o esquecimento a nossa face oculta... Num país, cuja história está inequivocamente ligada ao negócio de escravos, por indivíduos orgulhosamente apelidados de negreiros que enriqueceram o país com este tipo de negócio, ainda hoje um qualquer português meio distraído com o futebol, apelida imediatamente um qualquer jogador de raça negra de "preto" caso este falhe uma jogada... Fá-lo de propósito? Não, claro que não! É o que reside no íntimo dos portugueses, a nossa herança cultural que resiste em permanecer...

Querem mais um exemplo?

Lembro uma novela portuguesa, daquelas xaropadas de partir o coração à maior das bestas, em que um ex colonialista bêbado e vagabundo, com a família desconchabada, encontra o antigo criado de raça negra ao fim de um trilião de anos... O negro era portador daquela notícia capaz de fazer chorar uma pedra. O ex colonialista, em vez de abraçar o criado, começa a dirigir-se-lhe (mais velho, note-se) como "rapaz", e este como "patrão"...

"Mas tu tens a certeza, rapaz?" ou " diz-me, rapaz" ou "Tens que te lembrar, rapaz", etc, etc.. Ou seja, o ex colonialista tratou o negro da mesma forma a que estava habituado a tratar à uns milhões de anos atrás, porque do nome nem pó...

Alguém apresentou queixa? O argumentista fê-lo de propósito ou inconscientemente? As pessoas aceitaram este tipo de diálogo sem pestanejar ou indignaram-se? Bom, eu não me lembro de alguém ter protestado, ou do argumentista ser despedido. Lembro sim o de ter comentado este aspecto à mesa do café, e a única coisa que consegui arrancar foi uma data de sorrisos...

Na África do Sul, os alvos preferenciais dos negros são os Portugueses, e ainda não li uma única notícia a acusar aquele país de racista ou xenófobo... Porquê? Pelo facto de os sul africanos terem sido alvos de segregação durante anos a fio, e nada terem aprendido com isso?

Deixemo-nos de hipocrisias. Não somos um país racista. O Comandante da Polícia apenas exprimiu a sua preocupação baseado em factos seus conhecidos.

Mas que somos um país de extremos, disso não duvido...

morreu, mas a sua voz permanecerá para sempre no coração de todos aqueles que, como eu, amam o jazz, o blues e o funky.

"Music was one of my parts... Like my blood. It was a force already with me when I arrived on the scene. It was a necessity for me - like food or water."

Mr. Ray Charles

junho 10, 2004

Jantei Rojões...

e odeio Rojões... mas era essa a ementa programada para o jantar dos Portistas, que é realizado anualmente em Vila do Conde. No fundo é um jantar de amigos que se encontram para conversar e beber uns canecos, tendo como pano de fundo as camisolas de nosso bem amado FCP...

E o porquê desta notícia perfeitamente desinteressante e até blogoridícula? Porque não resisto em aqui colocar o famoso poema do Pedro Homem de Mello, poema este que se encontrava na parede do hall de acesso aos balneários do antigo e saudoso campo do FCP, e que o João Ricardo Pateiro leu e nós aplaudimos:

ALELUIA Dúvida? Não, mas luz, realidade E sonho que, na luta, amadurece. - O de tornar maior esta cidade. Eis o desejo que traduz a prece. Só quem não sente o ardor da juventude Poderá vê-la, de olhos descuidados. Porto - palavra exacta. Nunca ilude. Renasce, nela, a ala dos namorados! Deram tudo por nós estes atletas. Seu trajo tem a cor das própias veias E a brancura das asas dos poetas... Ó fé de que andam nossas almas cheias... Não há derrotas quando é firme o pano. Ninguém fala em perder! Ninguém recua... E a mocidade invicta em cada abraço A si mais nos estreita. A Pátria é sua. E, de hora a hora, cresce o baluarte! Lembro a Torre dos Clérigos, às vezes... Um anjo dá sinal quando ele parte... São sempre heróis! São sempre Portugueses! E, azul e branca, essa bandeira avança... Azul, branca, indomável, imortal. Como não pôr no Porto uma esperança Se "Daqui houve nome Portugal"?

junho 09, 2004

A vida tem destas coisas... Num dia está-se bem, e no outro...

Eu não me revia nas políticas seguidas pelo Professor Doutor Sousa Franco. No entanto, tinha-o como pessoa honesta e dedicada ao País, e a sua morte inesperada em Matosinhos é indubitavelmente uma grande perda.

Ao encabeçar a lista do PS às eleições ao Parlamento Europeu, o Professor incomodou a lista da coligação que, devido à excelente campanha por ele protagonizada, muitas vezes recorreu ao insulto pessoal. Espero que esses mesmos, alguns não desconhecidos da barra dos Tribunais, tenham agora a elegância do reconhecimento da grandiosidade e honestidade de um homem que procurou sempre o melhor para o seu País.

junho 08, 2004

back to the jungle...

Bom, nem sei como começar... talvez pelo princípio...

Como devem estar recordados, anunciei o fim do meu blog não especificando as razões para tal. Tais razões, digo-o agora, passavam pela enorme dificuldade em o manter, por falta de disponibilidade. Não sou apologista de ter um blog a pairar no etéreo sem que a actualização seja efectuada de uma forma constante. É a única maneira de não decepcionar aqueles que me visitam mais regularmente: dando-lhes algo de novo, de acordo com a minha visão dos temas que abordo...

Mas como disse, tinha resolvido colocar um ponto final no blog, optando por ser apenas mais uma visita àqueles que eu mais admiro. Mas não é que, passados dois dias, sou surpreendido por um post do meu amigo... hum... Dreno, que eu havia convidado o passado ano a colaborar comigo, sem que no entanto tenha dado sinais... até agora?

Sabendo que a disponibilidade deste meu amigo também é limitada, conversamos sobre o assunto: para manter o blog era necessário mais um colaborador.

Quem?

Aproveitei uma chamada do meu amigo... hmmm... Guaita, ele também um leitor do meu blog, a perguntar-me as razões de o ter terminado...

Claro, aproveitei a deixa, convidei-o, e ele aceitou com entusiasmo...

Assim sendo, o Quasi Diário vai continuar por tempo indeterminado.

Alterei o aspecto do blog visto ter alterado a filosofia deste, e que espero seja do agrado de todos ( neste aspecto sou um insatisfeito, pelo que agradeço a vossa opinião ).

Agradeço também a todos os que, de uma maneira ou de outra, postaram simpáticamente sobre o meu blog ou me enviaram mails protestando o encerramento. É sempre bom voltar ao convívio com os demais.

Ah, o quadro representado é a "Família" do pintor Júlio...

junho 05, 2004

É a Justiça, estúpido!

Há um tempo perguntaram-me qual seria, na minha opinião, a reforma mais urgente e importante a fazer neste pais onde Judas perdeu as botas. Seria a da Educação ou o Ambiente, fundamentais para o futuro, a Saúde, a Economia ou a Administração Pública para o presente ou ... Não, decididamente, é a JUSTIÇA. Passo a explicar:

Tudo ficou muito claro para mim quando uma importante personagem de quem nem me quero lembrar disse em voz grossa (para assustar os jornalistas) a propósito de já nem sei de quê: ESTE PAÍS NÃO É UMA REPÚBLICA DAS BANANAS!!!

Porque raio alguém com tanta responsabilidade terá sentido a necessidade de dizer esta frase verdadeiramente insólita, num país supostamente Europeu, desenvolvido, um verdadeiro oásis no panorama internacional onde pululam vigaristas e idiotas? Em minha opinião, há duas respostas possíveis:

1) Este país NÃO é uma república das bananas e o homem sentiu-se na obrigação de defender, convictamente, a sua dama.

2) Este país É uma república das bananas e o homem, sentiu-se obrigado (devido às suas responsabilidades) a dizer, convictamente, uma mentira piedosa para consumo público.

Como já deu para perceber, inclino-me para a segunda hipótese, senão veja-se uma listagem muito incompleta, sem preocupações de ordenação cronológica e ao correr do cursor, das razões porque assim é: - caso Sá Carneiro - caso Melancia - caso Caixa de Crédito Agrícola Açoreana - casos Alberto João Jardim e Avelino Ferreira Torres (só neste país!) - caso Valentim Loureiro - caso Casa Pia - caso do sobrinho do Isaltino, residente na Suíça - caso do filho do Sousa Cintra - caso etc etc etc...

Aqui chegados poderá então perguntar-se : o que fazer quando seja quem fôr quem lá esteja a coisa é sempre a mesma e quando muda é só para pior? . . . . . . . . . . A resposta não é simples e quanto ao leitor, não sei, mas PELA PARTE QUE ME TOCA JÁ DEIXEI DE COMER BANANAS HÁ MUITO TEMPO.

Dreno

junho 04, 2004

Uns partem e outros chegam... é a vida! (AG-ex1º)

Boa Noite. Ainda sou " verde " nestas andanças e já é tarde, por isso não me vou alongar muito. Deixo então um pensamento solitário e vou-me embora:

- a pensar...(aguarde um momentito) crr, crr, crr, crr, zing, crr, crr, toim!

Ainda estou para perceber se o Seja Franco sempre é deficiente ou não... O Paulinho das Feiras sabe-a toda, só é pena ser só mais um vendedor da banha da cobra igual a tantos outros. Não há justiça!

Dreno

junho 01, 2004

tudo tem o seu tempo,

e o meu chegou ao fim...

Agradeço a todos aqueles que quasi diáriamente me acompanharam nesta quasi aventura.

Um abraço especial aos blogs da minha aldeia: O Vilacondense ( crítica acutilante, inteligente e sempre atenta ao que nos rodeia ), o Glosas ( pela qualidade e clarividência dos seus textos ), o Lápis de Cor ( pela irreverência e sensibilidade, desejo-lhe um futuro grandioso que seja motivo de orgulho das gentes da Vila ), Rio Ave FC ( vou estar sempre atento - Rio Ave sempre ), o Passarola Voadora ( discreto e informativo ), o Trenguices ( com vizinhos deste calibre, seria fácil formar a Póvoa do Conde ).

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