A Couve: Chuva em Agosto

18-07-2005
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Dias de chuva mas continua o fogo. O comunicado da directoria Nacional da PJ deixa muitas dúvidas no ar e acusaçoes:"Estando sujeito, mais uma vez, a um surto de violentos ataques levados a efeito por alguns indivíduos usando massivamente os “media” ou vias de outra índole, essencialmente porque aceitei exercer, em comissão de serviço, as funções de Director Nacional da Polícia judiciária;Admitindo que, no exercício das referidas funções, perturbei múltiplas e indistintas pessoas, entidades e interesses que objectivamente receiam a crescente mobilização de meios para instauração, prossecução e conclusão de investigações criminais e, reagindo, têm demonstrado inusitada capacidade para manipular e vilipendiar com manobras astuciosas e colaboracionismos ocultos (o que, como foi público e patente, se iniciou pouco depois da minha tomada de posse do cargo, nunca mais parou de suceder e provavelmente vai continuar); Considerando que as orquestradas e sucessivas acções visando aquele objectivo já passaram por insinuações e pérfidos artigos de imprensa sempre pelos mesmos “jornalistas”, reprodutivos noticiários televisivos, desprezíveis missivas anónimas, múltiplos “blogs”, execução de assalto a escritório particular, vandalismo recaindo sobre bens próprios e sistemáticas manobras visando gerar inquietação em familiares e amigos, continuando agora com o anúncio de distribuição de ilegal suporte áudio que, caso exista, seguramente foi engendrado por pessoa(s) habilitada(s) a truncar, manipular e subverter som digitalizado;Ponderando que as razões que poderão justificar as descritas acções levadas a efeito de forma reiterada, persistente e manifestamente organizada assentam, quer em quadrantes políticos quer económicos e em franjas da mais diversa criminalidade;Tendo em atenção que é previsível que tais sofisticadas actuações, (nomeadamente aquelas que de imediato são publicitadas em alguns órgãos de comunicação social que privilegiam, sem pudor, o sensacionalismo destrutivo), só cessam, ou atenuam, quando der por finda a actual comissão de serviço na Polícia Judiciária;E, fundamentalmente, não sendo de excluir que todo o circunstancialismo acima descrito, além de visar afectar a honorabilidade do actual Director Nacional da Polícia Judiciária provocando o seu desgaste,desmotivação a que se soma uma clara situação de isolamento perante a tutela política, tem a susceptibilidade de prejudicar a imagem da Polícia Judiciária, enquanto prestigiado órgão auxiliar da Administração da Justiça, a cujos Dirigentes e Funcionários agradeço penhoradamente a inexcedível dedicação e colaboração;Por todo o exposto, mormente pela última razão e em consonância com a disponibilidade já manifestada por ofício entregue no passado dia 19 de Julho a Sua Excelência o Ministro da Justiça, solicitei agora o deferimento do pedido de cessação da comissão de serviço como Director Nacional da Polícia Judiciária.Lisboa, 09 de Agosto de 2004 Adelino Salvado(Juiz Desembargador) http://www.pj.pt/cgi-bin/news.pl?action=viewarticle&id=1800A suspeita é de que o director da PJ teria utilizado elementos de informação do processo da Casa Pia, violando o segredo de justiça, para ser publicado no Correio da Manhã, e visando Ferro Rodriguez. O conteúdo das cassetes continua em segredo, e a revista Focus foi impossibilitada de as divulgar por uma providência cautelar de um tribunal. O director da Focus em entrevista para uma tv disse que o mais importante do cd que recebeu eram 10 minutos de conversa (com o director da PJ) que coicidem com a acusação de imediato, no Correio da Manhã, de 3 miúdos da Casa Pia a Ferro Rodrigues. Nesta conversa, além de outras coisas, teria sido dito "se for preciso arranjo 2 ou 3 miúdos para falar".Por ironia até parece que informar os jornalistas violando o segredo de Justiça é uma funçao dos directores da PJ, já que a demissão de um anterior director, actual ministro, foi pelo mesmo motivo."Se é verdade que existe uma conversa entre Adelino Salvado e Octávio Lopes, do "Correio da Manhã", onde falam várias vezes de mim, então esse juiz cometeu três crimes: violação grosseira do segredo de justiça, divulgação de calúnias e a mais abjecta conduta de destruição de um líder político. Enquanto não souber quem montou e me envolveu na miserável trama da Casa Pia não descansarei". Ferro Rodriguez ao JNO PM Santana Lopes chamou a si e ao ministro Justiça o problema, reuniu ontem com o PGR e ao fim da tarde faz um comunicado: registo da tsf " nessa reuniao o governo confirmou a sua determinaçao em assegurar que todas as violaçoes das regras processuais penais em especial aquelas que mais minam a confiança dos cidadaos sejam rigorosamente investigadas. Entendo todavia que devemos ir mais além. O que acaba de se passar configura mais um caso na sequencia de outros que todos preferíamos que nao tivessem acontecido. Nao podemos continuar de episódio em episódio, substituiçao em substituiçao com a preocupaçao de sossegar cada ímpeto de agitaçao colectiva "e propos um pacto de regime para alterar a legislaçao referente ao código penal e justiça."Nao deixa de ser curioso o que diz, visto que nao se sabe bem o que se "acaba de passar" porque nao se conhece o que contém as cassetes. É quase uma verificaçao de que realmente houve crime de fuga de segredo de justiça no que consta das cassetes.

Dias de chuva mas continua o fogo. O comunicado da directoria Nacional da PJ deixa muitas dúvidas no ar e acusaçoes:"Estando sujeito, mais uma vez, a um surto de violentos ataques levados a efeito por alguns indivíduos usando massivamente os “media” ou vias de outra índole, essencialmente porque aceitei exercer, em comissão de serviço, as funções de Director Nacional da Polícia judiciária;Admitindo que, no exercício das referidas funções, perturbei múltiplas e indistintas pessoas, entidades e interesses que objectivamente receiam a crescente mobilização de meios para instauração, prossecução e conclusão de investigações criminais e, reagindo, têm demonstrado inusitada capacidade para manipular e vilipendiar com manobras astuciosas e colaboracionismos ocultos (o que, como foi público e patente, se iniciou pouco depois da minha tomada de posse do cargo, nunca mais parou de suceder e provavelmente vai continuar); Considerando que as orquestradas e sucessivas acções visando aquele objectivo já passaram por insinuações e pérfidos artigos de imprensa sempre pelos mesmos “jornalistas”, reprodutivos noticiários televisivos, desprezíveis missivas anónimas, múltiplos “blogs”, execução de assalto a escritório particular, vandalismo recaindo sobre bens próprios e sistemáticas manobras visando gerar inquietação em familiares e amigos, continuando agora com o anúncio de distribuição de ilegal suporte áudio que, caso exista, seguramente foi engendrado por pessoa(s) habilitada(s) a truncar, manipular e subverter som digitalizado;Ponderando que as razões que poderão justificar as descritas acções levadas a efeito de forma reiterada, persistente e manifestamente organizada assentam, quer em quadrantes políticos quer económicos e em franjas da mais diversa criminalidade;Tendo em atenção que é previsível que tais sofisticadas actuações, (nomeadamente aquelas que de imediato são publicitadas em alguns órgãos de comunicação social que privilegiam, sem pudor, o sensacionalismo destrutivo), só cessam, ou atenuam, quando der por finda a actual comissão de serviço na Polícia Judiciária;E, fundamentalmente, não sendo de excluir que todo o circunstancialismo acima descrito, além de visar afectar a honorabilidade do actual Director Nacional da Polícia Judiciária provocando o seu desgaste,desmotivação a que se soma uma clara situação de isolamento perante a tutela política, tem a susceptibilidade de prejudicar a imagem da Polícia Judiciária, enquanto prestigiado órgão auxiliar da Administração da Justiça, a cujos Dirigentes e Funcionários agradeço penhoradamente a inexcedível dedicação e colaboração;Por todo o exposto, mormente pela última razão e em consonância com a disponibilidade já manifestada por ofício entregue no passado dia 19 de Julho a Sua Excelência o Ministro da Justiça, solicitei agora o deferimento do pedido de cessação da comissão de serviço como Director Nacional da Polícia Judiciária.Lisboa, 09 de Agosto de 2004 Adelino Salvado(Juiz Desembargador) http://www.pj.pt/cgi-bin/news.pl?action=viewarticle&id=1800A suspeita é de que o director da PJ teria utilizado elementos de informação do processo da Casa Pia, violando o segredo de justiça, para ser publicado no Correio da Manhã, e visando Ferro Rodriguez. O conteúdo das cassetes continua em segredo, e a revista Focus foi impossibilitada de as divulgar por uma providência cautelar de um tribunal. O director da Focus em entrevista para uma tv disse que o mais importante do cd que recebeu eram 10 minutos de conversa (com o director da PJ) que coicidem com a acusação de imediato, no Correio da Manhã, de 3 miúdos da Casa Pia a Ferro Rodrigues. Nesta conversa, além de outras coisas, teria sido dito "se for preciso arranjo 2 ou 3 miúdos para falar".Por ironia até parece que informar os jornalistas violando o segredo de Justiça é uma funçao dos directores da PJ, já que a demissão de um anterior director, actual ministro, foi pelo mesmo motivo."Se é verdade que existe uma conversa entre Adelino Salvado e Octávio Lopes, do "Correio da Manhã", onde falam várias vezes de mim, então esse juiz cometeu três crimes: violação grosseira do segredo de justiça, divulgação de calúnias e a mais abjecta conduta de destruição de um líder político. Enquanto não souber quem montou e me envolveu na miserável trama da Casa Pia não descansarei". Ferro Rodriguez ao JNO PM Santana Lopes chamou a si e ao ministro Justiça o problema, reuniu ontem com o PGR e ao fim da tarde faz um comunicado: registo da tsf " nessa reuniao o governo confirmou a sua determinaçao em assegurar que todas as violaçoes das regras processuais penais em especial aquelas que mais minam a confiança dos cidadaos sejam rigorosamente investigadas. Entendo todavia que devemos ir mais além. O que acaba de se passar configura mais um caso na sequencia de outros que todos preferíamos que nao tivessem acontecido. Nao podemos continuar de episódio em episódio, substituiçao em substituiçao com a preocupaçao de sossegar cada ímpeto de agitaçao colectiva "e propos um pacto de regime para alterar a legislaçao referente ao código penal e justiça."Nao deixa de ser curioso o que diz, visto que nao se sabe bem o que se "acaba de passar" porque nao se conhece o que contém as cassetes. É quase uma verificaçao de que realmente houve crime de fuga de segredo de justiça no que consta das cassetes.

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