TRIBUNA LIVRE ...........................................: SÓCRATES

20-08-2005
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SÓCRATES - O próximo Primeiro Ministro

A política em Portugal começa a ser demasiado previsível, e como é óbvio, isso é mau para a nação. Mal Durão colocou a hipótese de se "pirar" para outras paragens, imediatamente surgiu na imprensa o nome do seu substituto: Pedro Santana Lopes. Sampaio apressou-se a vir à praça, lembrar ao povo que a decisão era dele e que ainda não estava tomada. Andou mais de quinze dias a ouvir(?) a "Brigada do Reumático" (palavras de Alberto João Jardim) para depois tudo ficar na mesma. Encenou-se uma grande crise política. Fez-se crer ao povo que Sampaio tinha pela frenta a decisão mais dificil da sua vida. Que a situação era muito complicada. Etc. Etc.

Afinal tudo tinha sido combinado previamente entre Durão e Sampaio.

Perante tal situação, Ferro Rodrigues demite-se. Assume a decisão do PR como uma derrota pessoal. Agora pergunto eu: será que a demissão de Ferro não estava já combinada? Será que Ferro ainda tinha lugar à frente do PS? Se Ferro continuasse, o PS ganharia as próximas eleições? Teria uma maioria absoluta ou pelo menos confortável?

- Penso que não. Penso até que a missão de Ferro Rodrigues tinha chegado ao fim, e a sua continuação à frente do partido só iria contribuir para que o PSD se mantivesse no poder.

A mais de dois meses do Congresso, apresentam-se três candidatos na disputa do poder, no entanto, um deles tem a vitória assegurada. Sócrates será o próximo secretário-Geral do PS. Consequentemente será o próximo Primeiro Ministro, uma vez que a coligação PSD/CDS-PP continuará a desgastar-se até às próximas eleições. Claro que pelo meio ainda haverá muita luta, muita intriga, muito insulto, muita baixaria e muito pouca dignidade, mas no horizonte não se vislumbra para já outra hipótese que não seja esta: Sócrates, Primeiro Ministro em 2006.

É claro que por debaixo da ponte vai ainda correr muita água. Nos jornais vão correr rios de tinta, mas haverá volta a dar ao texto?

- Creio que não. No nosso país, tudo começa a ser demasiado previsível, o que significa que tudo está debaixo do controle dos grandes lobies ecómico-financeiros.

A nossa democracia foi vencida. Dela resta o embuste, porque os Primeiros Ministros começam a ganhar eleições na secretaria.

Só o povo com o seu poder de voto, pode alterar esta situação. Imagine que as pessoas fartas da alternancia no poder dos dois grandes partidos. Fartas da incompetência e da irresponsabilidade dos grandes(?) senhores da política, desata a votar nos pequenos partidos politicos, mesmo naqueles que só vimos no boletim eleitoral. Imagine que todos os partidos constantes do boletim de voto, elegiam um ou dois deputados. Quantos tachos restariam para os grandes?

Provávelmente "o cheiro" seria o mesmo, mas "as moscas" mudavam de certeza. O meu avô dizia que se cada presidente de Junta apenas reparasse os buracos da sua rua, se se elegesse um presidente de cada rua, a aldeia teria os buracos todos tapados.

Posted by guilhermecarreiro at agosto 2, 2004 10:11 PM

SÓCRATES - O próximo Primeiro Ministro

A política em Portugal começa a ser demasiado previsível, e como é óbvio, isso é mau para a nação. Mal Durão colocou a hipótese de se "pirar" para outras paragens, imediatamente surgiu na imprensa o nome do seu substituto: Pedro Santana Lopes. Sampaio apressou-se a vir à praça, lembrar ao povo que a decisão era dele e que ainda não estava tomada. Andou mais de quinze dias a ouvir(?) a "Brigada do Reumático" (palavras de Alberto João Jardim) para depois tudo ficar na mesma. Encenou-se uma grande crise política. Fez-se crer ao povo que Sampaio tinha pela frenta a decisão mais dificil da sua vida. Que a situação era muito complicada. Etc. Etc.

Afinal tudo tinha sido combinado previamente entre Durão e Sampaio.

Perante tal situação, Ferro Rodrigues demite-se. Assume a decisão do PR como uma derrota pessoal. Agora pergunto eu: será que a demissão de Ferro não estava já combinada? Será que Ferro ainda tinha lugar à frente do PS? Se Ferro continuasse, o PS ganharia as próximas eleições? Teria uma maioria absoluta ou pelo menos confortável?

- Penso que não. Penso até que a missão de Ferro Rodrigues tinha chegado ao fim, e a sua continuação à frente do partido só iria contribuir para que o PSD se mantivesse no poder.

A mais de dois meses do Congresso, apresentam-se três candidatos na disputa do poder, no entanto, um deles tem a vitória assegurada. Sócrates será o próximo secretário-Geral do PS. Consequentemente será o próximo Primeiro Ministro, uma vez que a coligação PSD/CDS-PP continuará a desgastar-se até às próximas eleições. Claro que pelo meio ainda haverá muita luta, muita intriga, muito insulto, muita baixaria e muito pouca dignidade, mas no horizonte não se vislumbra para já outra hipótese que não seja esta: Sócrates, Primeiro Ministro em 2006.

É claro que por debaixo da ponte vai ainda correr muita água. Nos jornais vão correr rios de tinta, mas haverá volta a dar ao texto?

- Creio que não. No nosso país, tudo começa a ser demasiado previsível, o que significa que tudo está debaixo do controle dos grandes lobies ecómico-financeiros.

A nossa democracia foi vencida. Dela resta o embuste, porque os Primeiros Ministros começam a ganhar eleições na secretaria.

Só o povo com o seu poder de voto, pode alterar esta situação. Imagine que as pessoas fartas da alternancia no poder dos dois grandes partidos. Fartas da incompetência e da irresponsabilidade dos grandes(?) senhores da política, desata a votar nos pequenos partidos politicos, mesmo naqueles que só vimos no boletim eleitoral. Imagine que todos os partidos constantes do boletim de voto, elegiam um ou dois deputados. Quantos tachos restariam para os grandes?

Provávelmente "o cheiro" seria o mesmo, mas "as moscas" mudavam de certeza. O meu avô dizia que se cada presidente de Junta apenas reparasse os buracos da sua rua, se se elegesse um presidente de cada rua, a aldeia teria os buracos todos tapados.

Posted by guilhermecarreiro at agosto 2, 2004 10:11 PM

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