XIII Congresso Nacional do Partido Socialista

04-04-2005
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Realizou-se nos passados dias 15,16 e 17 de Novembro o XIII Congresso Nacional do Partido Socialista, cabe pois debruçarmo-nos um pouco sobre esta que é a manifestação maxima da vida partidária.

Desde logo devemos reflectir sobre como chegámos a este Congresso, dito extraordinário. Eu diria que extraordinária era a situação a que o Partido Socialista tinha chegado antes das eleições Autárquicas de Dezembro de 2001.

Lembremo-nos pois do que foi o XII Congresso do Partido Socialista, um número de delegados que tornava impossível qualquer tipo de discussão, vaias a talvez única pessoa que teve a capacidade e a coragem de antecipar o que se estava a passar e um unanimismo em torno de um líder desgastado e sem capacidade de exercer de facto o poder, foi pois um triste acontecimento para o nosso Partido.

Depois veio o inevitável, um Partido que não funciona na sua estrutura interna, que não aceita no seu seio a auto-critíca e que já não tem uma ideia para a sociedade em que se insere, só pode aspirar a um destino, a derrota, foi pois isto mesmo que aconteceu.

Atrevo-me aqui a concordar com um amigo e camarada de longa data que me confessou nessa já longinqua noite de Dezembro "estou triste pelo País, que deixou de poder contar com autarcas de excelente nível, mas estou feliz pelo PS que com toda a certeza só pode melhorar."

O camarada António Guterres, num acto talvez precepitado, já que a divisão de poderes em Democracia, implica também a divisão de responsabilidades e eleições autarquicas não são eleições legislativas, optou pela demissão. Protegeu a sua putativa candidatura a Belém, mas não o PS nem o País.

Ferro Rodrigues com a sua generosidade caracteristica aceitou aquilo que outros recusaram, que foi aceitar liderar um Partido fragmentado, desiludido consigo próprio e à beira de uma derrota que se anunciava.

Apesar de tudo com a sua nobreza de caractér Ferro Rodrigues consegui manter unido o partido, com o seu humor contagiante devolver-nos a auto estima e com mais uma semana de campanha eleitoral tinha também conduzido o PS à vitória das urnas em Março deste ano.

Passámos à oposição, as reformas impunham-se, fez-se a refiliação, devolvendo a verdade aos ficheiros do Partido e à sua vida interna, que será completada com a centralização no pagamento das quotas, alterarão-se os estatutos, criando condições para o rejuvenescimento dos quadros partidários e finalmente adapatou-se a declaração de princípios aos desafios duma sociedade de informação globalizada.

Muita coisa foi feita, faltou uma. Faltou a Ferro Rodrigues compreender que o Povo na sua imensa sabedoria dificilmente voltará a confiar nos mesmos rostos que conduziram o País e o Partido ao estado que estava em Dezembro de 2001, faltou perceber que o eleitorado só confiou em Durão Barroso quando este teve a capacidade de renovar a geração de dirigentes do PSD e afastar o fantasma do Cavaquismo.

Como diria o eleitorado Camarada Ferro Rodrigues mais vale tarde que nunca.

Realizou-se nos passados dias 15,16 e 17 de Novembro o XIII Congresso Nacional do Partido Socialista, cabe pois debruçarmo-nos um pouco sobre esta que é a manifestação maxima da vida partidária.

Desde logo devemos reflectir sobre como chegámos a este Congresso, dito extraordinário. Eu diria que extraordinária era a situação a que o Partido Socialista tinha chegado antes das eleições Autárquicas de Dezembro de 2001.

Lembremo-nos pois do que foi o XII Congresso do Partido Socialista, um número de delegados que tornava impossível qualquer tipo de discussão, vaias a talvez única pessoa que teve a capacidade e a coragem de antecipar o que se estava a passar e um unanimismo em torno de um líder desgastado e sem capacidade de exercer de facto o poder, foi pois um triste acontecimento para o nosso Partido.

Depois veio o inevitável, um Partido que não funciona na sua estrutura interna, que não aceita no seu seio a auto-critíca e que já não tem uma ideia para a sociedade em que se insere, só pode aspirar a um destino, a derrota, foi pois isto mesmo que aconteceu.

Atrevo-me aqui a concordar com um amigo e camarada de longa data que me confessou nessa já longinqua noite de Dezembro "estou triste pelo País, que deixou de poder contar com autarcas de excelente nível, mas estou feliz pelo PS que com toda a certeza só pode melhorar."

O camarada António Guterres, num acto talvez precepitado, já que a divisão de poderes em Democracia, implica também a divisão de responsabilidades e eleições autarquicas não são eleições legislativas, optou pela demissão. Protegeu a sua putativa candidatura a Belém, mas não o PS nem o País.

Ferro Rodrigues com a sua generosidade caracteristica aceitou aquilo que outros recusaram, que foi aceitar liderar um Partido fragmentado, desiludido consigo próprio e à beira de uma derrota que se anunciava.

Apesar de tudo com a sua nobreza de caractér Ferro Rodrigues consegui manter unido o partido, com o seu humor contagiante devolver-nos a auto estima e com mais uma semana de campanha eleitoral tinha também conduzido o PS à vitória das urnas em Março deste ano.

Passámos à oposição, as reformas impunham-se, fez-se a refiliação, devolvendo a verdade aos ficheiros do Partido e à sua vida interna, que será completada com a centralização no pagamento das quotas, alterarão-se os estatutos, criando condições para o rejuvenescimento dos quadros partidários e finalmente adapatou-se a declaração de princípios aos desafios duma sociedade de informação globalizada.

Muita coisa foi feita, faltou uma. Faltou a Ferro Rodrigues compreender que o Povo na sua imensa sabedoria dificilmente voltará a confiar nos mesmos rostos que conduziram o País e o Partido ao estado que estava em Dezembro de 2001, faltou perceber que o eleitorado só confiou em Durão Barroso quando este teve a capacidade de renovar a geração de dirigentes do PSD e afastar o fantasma do Cavaquismo.

Como diria o eleitorado Camarada Ferro Rodrigues mais vale tarde que nunca.

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