Bananas da República: Morra Pinóquio!

03-10-2009
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O Bradiencefalia chamou a atenção para o assunto. Como até me custou acreditar em tanta pulhice, fui pesquisar, para ter a certeza absoluta. E não é que é verdade? Os indícios de que José Sócrates é um mentiroso compulsivo já não deixam dúvidas. Prometeu baixar impostos e subiu-os; prometeu criar empregos e a taxa de desemprego aumentou; começou a legislatura dizendo que ia acabar com as abusivas benesses dos políticos e rapidamente acabou foi com todos os direitos dos funcionários públicos (não dos milionários “boys” alimentados pelo sistema, mas sim daqueles que ganham uns míseros mil euros por mês). Quanto aos políticos e administradores públicos, continuam a acumular vencimentos e pensões e a ter direito a reformas enquanto ainda jovens.Agora (é este o tal assunto de que falo no início) anuncia o fecho de não sei quantas maternidades, baseando-se em supostos números da Organização Mundial de Saúde (OMS) que assim o aconselham. Entre as que se propõe fechar, está a pensar em Castelo Branco, Covilhã e Guarda. Ora, o Primeiro-Ministro José Sócrates não pode ser a mesma pessoa que o deputado da oposição José Sócrates. Ou será que este, há dois anos, ainda não tinha ouvido falar na OMS? É que o deputado da oposição José Sócrates, em 2004 (apenas há dois anos, repito!), “revoltado” com o encerramento de maternidades anunciado então pelo governo PSD, escreveu um documento a apresentar à Assembleia da República – juntamente com um Fernando Serrasqueiro que, ao que parece, é agora Secretário de Estado – que rezava assim:«Cinco maternidades da região centro podem vir a fechar devido a uma reestruturação que o Ministério da Saúde está a ponderar para a zona. Se fecham as maternidades da Guarda, da Covilhã e de Castelo Branco, parece-me que a mais próxima para nós (da Covilhã à Guarda) deve ser a de Ciudad Rodrigo... E em Castelo Branco, se calhar é Portalegre (se ainda tiver) ou Abrantes (se ainda tiver), ou então Cáceres...»Andam a tentar servir o país? Não! Quem pretende servir o país não tem duas opiniões, uma quando está na oposição e outra quando está no poder. A falta de vergonha tem que ter limites. Tem razão Sócrates quando pensa que a maioria dos portugueses é um bando de tacanhos a quem facilmente se dá a volta. A prova disso é que já lá vão mais de 30 anos depois do 25 de Abril e os portugueses continuam a eleger a mesma cáfila de sempre para os desgovernar (vai mudando só a cor, entre o cor-de-laranja e o cor-de-rosa). Mas esquece-se que nem todos os portugueses são assim de tacanhos e que esses, mais dia menos dia, vão rebentar. E depois não é com eleições que as coisas se vão decidir, mas à lei da bala.A fotografia que ilustra este artigo é repetida. Foi aqui publicada há pouco tempo. Mas justifica-se de novo. E justificar-se-á, até que estes pinóquios morram, sem direito a epitáfio.


O Bradiencefalia chamou a atenção para o assunto. Como até me custou acreditar em tanta pulhice, fui pesquisar, para ter a certeza absoluta. E não é que é verdade? Os indícios de que José Sócrates é um mentiroso compulsivo já não deixam dúvidas. Prometeu baixar impostos e subiu-os; prometeu criar empregos e a taxa de desemprego aumentou; começou a legislatura dizendo que ia acabar com as abusivas benesses dos políticos e rapidamente acabou foi com todos os direitos dos funcionários públicos (não dos milionários “boys” alimentados pelo sistema, mas sim daqueles que ganham uns míseros mil euros por mês). Quanto aos políticos e administradores públicos, continuam a acumular vencimentos e pensões e a ter direito a reformas enquanto ainda jovens.Agora (é este o tal assunto de que falo no início) anuncia o fecho de não sei quantas maternidades, baseando-se em supostos números da Organização Mundial de Saúde (OMS) que assim o aconselham. Entre as que se propõe fechar, está a pensar em Castelo Branco, Covilhã e Guarda. Ora, o Primeiro-Ministro José Sócrates não pode ser a mesma pessoa que o deputado da oposição José Sócrates. Ou será que este, há dois anos, ainda não tinha ouvido falar na OMS? É que o deputado da oposição José Sócrates, em 2004 (apenas há dois anos, repito!), “revoltado” com o encerramento de maternidades anunciado então pelo governo PSD, escreveu um documento a apresentar à Assembleia da República – juntamente com um Fernando Serrasqueiro que, ao que parece, é agora Secretário de Estado – que rezava assim:«Cinco maternidades da região centro podem vir a fechar devido a uma reestruturação que o Ministério da Saúde está a ponderar para a zona. Se fecham as maternidades da Guarda, da Covilhã e de Castelo Branco, parece-me que a mais próxima para nós (da Covilhã à Guarda) deve ser a de Ciudad Rodrigo... E em Castelo Branco, se calhar é Portalegre (se ainda tiver) ou Abrantes (se ainda tiver), ou então Cáceres...»Andam a tentar servir o país? Não! Quem pretende servir o país não tem duas opiniões, uma quando está na oposição e outra quando está no poder. A falta de vergonha tem que ter limites. Tem razão Sócrates quando pensa que a maioria dos portugueses é um bando de tacanhos a quem facilmente se dá a volta. A prova disso é que já lá vão mais de 30 anos depois do 25 de Abril e os portugueses continuam a eleger a mesma cáfila de sempre para os desgovernar (vai mudando só a cor, entre o cor-de-laranja e o cor-de-rosa). Mas esquece-se que nem todos os portugueses são assim de tacanhos e que esses, mais dia menos dia, vão rebentar. E depois não é com eleições que as coisas se vão decidir, mas à lei da bala.A fotografia que ilustra este artigo é repetida. Foi aqui publicada há pouco tempo. Mas justifica-se de novo. E justificar-se-á, até que estes pinóquios morram, sem direito a epitáfio.

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