Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74

01-10-2009
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1. Mensagem do nosso querido amigo e camarada Joaquim Mexia Alves (Monte Real, Leiria), que foi Alf Mil Op Esp, Guiné, Dez 1971 / Dez 1973, CART 3492 (Xitole), Pel Caç Nat 52 (Mato Cão / Rio Udunduma) e CCAÇ 15 (Mansoa):Caros Luís Graça, Carlos Vinhal, Virginio Briote, camaradas e amigos :Tenho lido os diversos textos sobre o MNF e, porque vivi essa realidade de muito perto, aqui estou a dar a minha opinião.Muitas vezes tomamos a parte pelo todo e acabamos por colocar em causa acções e atitudes meritórias, por causa de sentimentos que vão para além do que é preciso apreciar, mormente sentimentos políticos e outros que nos acontecem dadas as situações que vivemos.(i) A minhã mãe foi dirigente regional do MNFIsto para dizer, em relação ao MNF, que, retirando a parte de exposição pública de algumas senhoras, que apesar disso não deixam de ter o seu mérito, este organismo teve acção muito meritória durante a guerra, muito mais, a meu ver, junto das famílias que junto dos militares em África.Minha mãe foi presidente do MNF no distrito de Leiria e eu sei bem as horas que ela dedicou, exaustivamente, àquela causa, bem como todas as senhoras que a acompanhavam, sobretudo junto das famílias com mais dificuldades, e como eram apreciados esses gestos.Se havia gente que não gostava e dizia mal, com certeza, mas por cada um desses posso encontrar dois a dizerem o contrário.Logicamente que as senhoras envolvidas, tinham algumas delas a ver com o regime então vigente, até porque se assim não fosse não seria possível levarem a cabo tais actividades.Mas quero salientar, com conhecimento de causa, que se havia senhoras da sociedade, também as havia de todos os estratos sociais, que trabalhavam abnegadamente pelos militares e suas famílias.Quanto ao modo como algumas senhoras se apresentavam junto dos soldados, deixem-me dizer, por experiência própria, que ainda bem que iam bem arranjadas e ataviadas, pois que de coisas feias e sem jeito já estávamos nós fartos, não me referindo obviamente às lindíssimas bajudas que havia na Guiné.Reparo muitas vezes em acções que fazemos junto das prisões, sem-abrigo, toxicodependentes (sem fazer comparações com o que, ou quem está aqui em causa) como eles reparam no modo como tanto nós homens, como as mulheres, vamos vestidos e arranjados, num sentimento, julgo eu, que tem a ver com o sentirem que nos preocupamos com eles e lhes damos importância.(ii) Madrinhas de guerra: também fizeram bem a muita maltaQuanto às madrinhas de guerra, se foi ou não uma reposição de uma figura que já tinha existido, não estou a ver qual é o problema, nem encontro em lado nenhum a afirmação de que foi uma invenção do MNF.Se as madrinhas de guerra serviram para alguma coisa ou não, é uma discussão vasta e que me parece terá sempre uma conclusão: serviu a uns, a outros não!Foi tudo bom? Com certeza que não, mas que ajudaram muita gente e que muitas dessas senhoras, talvez a maioria, trabalhou dedicadamente para amenizar os efeitos da guerra junto dos soldados e suas famílias, disso não há, julgo eu, a mínima dúvida.(iii) 3º Encontro Nacional da nossa Tabanca Grande, em 2008Estou a tratar do almoço do 3º Encontro Nacional da mal do blogue]! Tens algumas datas que sejam mais acertadas?Vou fazer todos os possíveis para estar na apresentação do livro do Beja Santos, que aliás me toca pessoalmente, não só por participação fotográfica, segundo o que revelaste, mas também e sobretudo pelo Pel Caç Nat 52Abraço camarigoJoaquim Mexia Alves2. Comentário de L.G.:Como vês, meu caro Mexia Alves, já temos distanciamento, serenidade e maturidade suficientes para abordar e discutir, enre camaradas, alguns das nossas questões ditas fracturantes... Obrigado pelo teu testemunho, que é importante, a par da investigação (historiográfica, séria, metodologicamente sustentada...) que se vai fazendo sobre uma parte da história do Séc. XX de que fomos protagonistas... Por sobre o lastro das paixões e dos parti-pris político-ideológicos, ouçamos também os nossos investigadores... Mas o nosso papel aqui é dar voz a quem viveu os acontecimentos, tanto na frente como na rectaguarda da guerra colonial / guerra do Ultramar...Quanto ao encontro, vamos deixar passar este mês... Vamos pôr isso na nossa agenda... Claro que serás bem vindo ao encontro da minitertúlia de Lisboa, por ocasíão do lançamento do livro do Beja Santos e nosso livro, no próximo dia 6 de Março. E espero que possas vir e até trazer a tua viola... Até por que há ainda uma Fado da Guiné para lançar em estreia... mundial. Vamos ouvir um bocadinho do ensaio ?Fado da Guiné > Vídeo: 2 m e 19 s > Alojado no You Tube > Nhabijoes > Letra do Joaquim Mexias Alves. Música: Pedro Rodrigues (Fado Primavera) (com a devida vénia).Vídeo: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2007). Direitos reservados.


1. Mensagem do nosso querido amigo e camarada Joaquim Mexia Alves (Monte Real, Leiria), que foi Alf Mil Op Esp, Guiné, Dez 1971 / Dez 1973, CART 3492 (Xitole), Pel Caç Nat 52 (Mato Cão / Rio Udunduma) e CCAÇ 15 (Mansoa):Caros Luís Graça, Carlos Vinhal, Virginio Briote, camaradas e amigos :Tenho lido os diversos textos sobre o MNF e, porque vivi essa realidade de muito perto, aqui estou a dar a minha opinião.Muitas vezes tomamos a parte pelo todo e acabamos por colocar em causa acções e atitudes meritórias, por causa de sentimentos que vão para além do que é preciso apreciar, mormente sentimentos políticos e outros que nos acontecem dadas as situações que vivemos.(i) A minhã mãe foi dirigente regional do MNFIsto para dizer, em relação ao MNF, que, retirando a parte de exposição pública de algumas senhoras, que apesar disso não deixam de ter o seu mérito, este organismo teve acção muito meritória durante a guerra, muito mais, a meu ver, junto das famílias que junto dos militares em África.Minha mãe foi presidente do MNF no distrito de Leiria e eu sei bem as horas que ela dedicou, exaustivamente, àquela causa, bem como todas as senhoras que a acompanhavam, sobretudo junto das famílias com mais dificuldades, e como eram apreciados esses gestos.Se havia gente que não gostava e dizia mal, com certeza, mas por cada um desses posso encontrar dois a dizerem o contrário.Logicamente que as senhoras envolvidas, tinham algumas delas a ver com o regime então vigente, até porque se assim não fosse não seria possível levarem a cabo tais actividades.Mas quero salientar, com conhecimento de causa, que se havia senhoras da sociedade, também as havia de todos os estratos sociais, que trabalhavam abnegadamente pelos militares e suas famílias.Quanto ao modo como algumas senhoras se apresentavam junto dos soldados, deixem-me dizer, por experiência própria, que ainda bem que iam bem arranjadas e ataviadas, pois que de coisas feias e sem jeito já estávamos nós fartos, não me referindo obviamente às lindíssimas bajudas que havia na Guiné.Reparo muitas vezes em acções que fazemos junto das prisões, sem-abrigo, toxicodependentes (sem fazer comparações com o que, ou quem está aqui em causa) como eles reparam no modo como tanto nós homens, como as mulheres, vamos vestidos e arranjados, num sentimento, julgo eu, que tem a ver com o sentirem que nos preocupamos com eles e lhes damos importância.(ii) Madrinhas de guerra: também fizeram bem a muita maltaQuanto às madrinhas de guerra, se foi ou não uma reposição de uma figura que já tinha existido, não estou a ver qual é o problema, nem encontro em lado nenhum a afirmação de que foi uma invenção do MNF.Se as madrinhas de guerra serviram para alguma coisa ou não, é uma discussão vasta e que me parece terá sempre uma conclusão: serviu a uns, a outros não!Foi tudo bom? Com certeza que não, mas que ajudaram muita gente e que muitas dessas senhoras, talvez a maioria, trabalhou dedicadamente para amenizar os efeitos da guerra junto dos soldados e suas famílias, disso não há, julgo eu, a mínima dúvida.(iii) 3º Encontro Nacional da nossa Tabanca Grande, em 2008Estou a tratar do almoço do 3º Encontro Nacional da mal do blogue]! Tens algumas datas que sejam mais acertadas?Vou fazer todos os possíveis para estar na apresentação do livro do Beja Santos, que aliás me toca pessoalmente, não só por participação fotográfica, segundo o que revelaste, mas também e sobretudo pelo Pel Caç Nat 52Abraço camarigoJoaquim Mexia Alves2. Comentário de L.G.:Como vês, meu caro Mexia Alves, já temos distanciamento, serenidade e maturidade suficientes para abordar e discutir, enre camaradas, alguns das nossas questões ditas fracturantes... Obrigado pelo teu testemunho, que é importante, a par da investigação (historiográfica, séria, metodologicamente sustentada...) que se vai fazendo sobre uma parte da história do Séc. XX de que fomos protagonistas... Por sobre o lastro das paixões e dos parti-pris político-ideológicos, ouçamos também os nossos investigadores... Mas o nosso papel aqui é dar voz a quem viveu os acontecimentos, tanto na frente como na rectaguarda da guerra colonial / guerra do Ultramar...Quanto ao encontro, vamos deixar passar este mês... Vamos pôr isso na nossa agenda... Claro que serás bem vindo ao encontro da minitertúlia de Lisboa, por ocasíão do lançamento do livro do Beja Santos e nosso livro, no próximo dia 6 de Março. E espero que possas vir e até trazer a tua viola... Até por que há ainda uma Fado da Guiné para lançar em estreia... mundial. Vamos ouvir um bocadinho do ensaio ?Fado da Guiné > Vídeo: 2 m e 19 s > Alojado no You Tube > Nhabijoes > Letra do Joaquim Mexias Alves. Música: Pedro Rodrigues (Fado Primavera) (com a devida vénia).Vídeo: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2007). Direitos reservados.

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