Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 73/74

29-06-2009
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Justo Orlando Nascimento, nascido no Cacheu em 12 de Dezembro de 1942, foi incorporado em 5 de Janeiro de 1963.Em Setembro de 1965 acabou o 2º Curso de Formação de Comandos no CTIG, passando a integrar como 1º Cabo o Gr Cmds Vampiros/CCmds CTIG que se manteve em actividade até 30 de Junho de 1966.O 1º Cabo Justo Nascimento que eu conheci, muito estimado por todos os Camaradas da CCmds, era um elemento em quem o grupo depositava grande confiança. Foi, durante a maior parte das operações realizadas pelo grupo, o 1º homem da 1ª equipa.Transcrevo a seguir aquele que deve ter sido o primeiro louvor que o Justo Nascimento recebeu e que lhe foi atribuído pelo Comandante Militar de então, o Brigadeiro Reymão Nogueira e publicado no artº 6º da O.S. /CTIG, nº 26 de 30Jun66.vb.__________ Justo (o primeiro da esquerda), Jamanca (o 4º) e o Sisseco (o 6º), junto de alguns elementos do Gr Cmds Vampiros, na BA 12, momentos antes de entrarem para os helis. Finais de 1965. "Louvo o 1º cabo nº 112/65/A, Justo Orlando Lopes dos Reis Nascimento, da CCmds e do Grupo de Cmds Vampiros, pelo modo como sempre se houve nas operações em que tomou parte com realce para as operações "Narceja", Virgínia" e "Naja".Na primeira acompanhando o seu Cmdt de Grupo e tendo sido permanentemente o primeiro homem nas progressões, quando no final da operação se seguia para uma tabanca-porto e o IN flagelou da orla da bolanha, correu sobre o mesmo rompendo caminho à custa de fogo, o que lhe foi impedido por não se integrar na missão, já depois de ter corrido cerca de duzentos metros.Na segunda, durante uma prolongada emboscada e quando já tinham passado 32 horas, passou um reduzido grupo IN, do qual um elemento pretendeu fugir, o 1º Cabo Justo largou a arma e de sabre em punho correu cerca de 100 metros até que o capturou.Na terceira, recebeu com outros camaradas, a missão difícil de tentar, já de dia e depois do grupo instalado nas proximidades do acampamento, localizar as sentinelas e capturá-las. Foi depois, durante o ataque ao objectivo, o primeiro homem a entrar na base IN.(....)Por todas estas qualidades amplamente demonstradas, em todas as situações rapidamente se elevou no conceito de todos os camaradas perfazendo um conjunto de serviços que é de toda a justiça realçar".__________(*) Para mais informações sobre o caso dos militares fuzilados após a Independência, consultar o livro (se ainda houver no mercado) Ordem para Matar, de Queba Sambú, Lisboa, Ed. Referendo, 1989. Artigo realacionado publicado em 13 Maio de 2008 > Guiné 73/74 - P2839: Ainda os Comandos fuzilados a seguir à independência (I): O Justo Nascimento e os outros (Carlos B. Silva / Virgínio Briote)


Justo Orlando Nascimento, nascido no Cacheu em 12 de Dezembro de 1942, foi incorporado em 5 de Janeiro de 1963.Em Setembro de 1965 acabou o 2º Curso de Formação de Comandos no CTIG, passando a integrar como 1º Cabo o Gr Cmds Vampiros/CCmds CTIG que se manteve em actividade até 30 de Junho de 1966.O 1º Cabo Justo Nascimento que eu conheci, muito estimado por todos os Camaradas da CCmds, era um elemento em quem o grupo depositava grande confiança. Foi, durante a maior parte das operações realizadas pelo grupo, o 1º homem da 1ª equipa.Transcrevo a seguir aquele que deve ter sido o primeiro louvor que o Justo Nascimento recebeu e que lhe foi atribuído pelo Comandante Militar de então, o Brigadeiro Reymão Nogueira e publicado no artº 6º da O.S. /CTIG, nº 26 de 30Jun66.vb.__________ Justo (o primeiro da esquerda), Jamanca (o 4º) e o Sisseco (o 6º), junto de alguns elementos do Gr Cmds Vampiros, na BA 12, momentos antes de entrarem para os helis. Finais de 1965. "Louvo o 1º cabo nº 112/65/A, Justo Orlando Lopes dos Reis Nascimento, da CCmds e do Grupo de Cmds Vampiros, pelo modo como sempre se houve nas operações em que tomou parte com realce para as operações "Narceja", Virgínia" e "Naja".Na primeira acompanhando o seu Cmdt de Grupo e tendo sido permanentemente o primeiro homem nas progressões, quando no final da operação se seguia para uma tabanca-porto e o IN flagelou da orla da bolanha, correu sobre o mesmo rompendo caminho à custa de fogo, o que lhe foi impedido por não se integrar na missão, já depois de ter corrido cerca de duzentos metros.Na segunda, durante uma prolongada emboscada e quando já tinham passado 32 horas, passou um reduzido grupo IN, do qual um elemento pretendeu fugir, o 1º Cabo Justo largou a arma e de sabre em punho correu cerca de 100 metros até que o capturou.Na terceira, recebeu com outros camaradas, a missão difícil de tentar, já de dia e depois do grupo instalado nas proximidades do acampamento, localizar as sentinelas e capturá-las. Foi depois, durante o ataque ao objectivo, o primeiro homem a entrar na base IN.(....)Por todas estas qualidades amplamente demonstradas, em todas as situações rapidamente se elevou no conceito de todos os camaradas perfazendo um conjunto de serviços que é de toda a justiça realçar".__________(*) Para mais informações sobre o caso dos militares fuzilados após a Independência, consultar o livro (se ainda houver no mercado) Ordem para Matar, de Queba Sambú, Lisboa, Ed. Referendo, 1989. Artigo realacionado publicado em 13 Maio de 2008 > Guiné 73/74 - P2839: Ainda os Comandos fuzilados a seguir à independência (I): O Justo Nascimento e os outros (Carlos B. Silva / Virgínio Briote)

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