The Ultimate Bitaite

28-05-2005
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URBAN LEGENDS: Marcelo Rebelo de Sousa, o homem que despacha livros como a Cicciolina despachava pichas de cavalo.Por sugestão de um assíduo leitor ( ver o link de comentários do próprio blog, logo o do início da página ) decidi comentar mais uma tirada do Abrupto, a minha segunda para quem está mais atento a este exercício diário de nulidade. O nosso querido JPP, o avô da Blogosfera lusitana, com a sua mui apropriada barba neo-liberal social democrata, é ainda assim o bloguista mais profícuo de todos nós. Além de conseguir que toda a gente o leia, mais ainda que "o meu pipi", consegue ter tiradas inteligentes o suficiente para ter o resto da blogosfera a escrever sobre ele. Sóbrio o bastante para estar atento ao que se diz acerca do que tecla ainda publica isso no seu blog. Um verdadeiro paradigma do que deve ser um blog. Assim sendo não é de estranhar a observação feita acerca de Marcelo Rebelo de Sousa no seu blog de 10 de Setembro e que será o objecto do meu comentário. A tirada em questão é a seguinte:"(...) Previno desde já que não li nenhum dos livros que aqui nomeio, mas apenas refiro as razões porque os comprei. Este aviso tem algum sentido, porque, com alguma surpresa, vi Marcelo Rebelo de Sousa insistir na ultima revista Os Meus Livros na ficção de que lê sessenta livros por mês, incluindo dicionários, monografias locais, livros de gestão, histórias infantis. Diz ele na revista, acusando o toque dos cépticos como eu, que sabem o que é ler livros e o tempo que demora, que não tem culpa dos outros lerem pouco porque dormem mais. Ele lerá as listas imensas de livros, que enumera no “li e gostei”, porque dorme pouco. Será que Marcelo acha que é o único que lê e que convence alguém de que, mesmo sem dormir um minuto, se pode ler dois livros por dia? Estamos no domínio das lendas urbanas.""LIVROS: NÃO HÁ FOME QUE NÃO DÊ FARTURA", In "Abrupto" (http://abrupto.blogspot.com)Posted 15:38 by JPPEmbora a observação não seja nada de novo JPP consegue ainda assim dar a estocada final de ironia que o destaca da restante blogosfera. Estocada essa que deu-me o mote para uma nova rúbrica que pretendo iniciar aqui neste meu modesto canto de escrita. JPP coloca Marcelo Rebelo de Sousa e a sua capacidade lendária de devorar livros no domínio das lendas urbanas. Pegando neste excerto de JPP aqui vai:Urban Legends: Marcelo Rebelo de Sousa, The Book SwallowerNas entranhas obscurecidas pelas trevas de um gabinete refundido pelos corredores sinistros da Faculdade de Direito de Lisboa, por entre volumes do Código Penal, fotografias do Cavaco Silva a masturbar-se com biografias do Nixon, está uma figura sobre-humana que folheia ávidamento o sétimo volume do "À procura do Tempo Perdido" de Marcel Proust, sendo que os anteriores seis tinham sido despachados ao pequeno almoço, na pausa do café da manhã, nas aulas de Direito Constitucional entre perguntas imbecis de alunos de 1º ano e na fila de almoço. Críticos não acreditam que Marcelo leia tudo o que diz que leu no Jornal da TVI, mas Marcelo não dorme, lê, e quando não lê, compra livros. Marcelo não fode, tem alunas do curso de Direito a fazer-lhe bicos enquanto despacha o dicionáro de Símbolos, Marcelo não come, tem intravenosas a enfiar soro para o sangue enquanto acaba as primeiras obras de Dostoyevsky, "Os Idiotas", "Crime e Castigo" e "Os irmãos Karamazov", deixando "Os cadernos do Subterrãneo" e "O Jogador" para a sobremesa, um copo de água com açucar. Marcelo não dá aulas, põe os alunos a decorar o Código Penal enquanto lê todos os números da Revista Portuguesa de Filosofia dos três anos anteriores e ainda vai ver as referências bibliográficas de autores que lá são comentados. Marcelo não conduz, vai no metro a ler os quatro tomos das obras completas de Lenin e quando chega a casa rebate tudo com uma leitura tenaz de "A minha Luta" de Hitler. Marcelo caga, mas caga numa casa de banho onde estão todos os autrores americanos contemporâneos e ali vai lendo com interesse as obras e os artigos sobre as obras que aparecem em revistas de Literatura acerca de Truman Capote e Tom Wolfe. Finalmente Marcelo não dorme, ao contrário dos restantes mortais que precisam desse precioso período de repouso, Marcelo vai para a cama mas para se recostar na sua almofada a engolir as linhas escritas por Rita Ferro e Inês Pedrosa e a fingir que percebe Eduardo Lourenço enquanto começa a aventura através de mais uma interpretação histórica do 25 de Abril pelo Fernando Rosas. Marcelo sá não lê numa altura. Marcelo só não lê quando está no Jornal de Domingo da TVI a anunciar o que leu durante a semana e a imaginar o povo em casa a prostrar-se em frente ao televisor em respeito e admiração pela sua capacidade lendária de absorver cultura escrita. Só não desconfia que os que se prostram em admiração em frente à TV fazem-no pelo espectáculo magnífico que são as mamas da Ana Sofia Vinhas e o seu ar de quem está a fazer sexocom o espectador...Marcelo Rebelo de Sousa é assim uma das nossas Lendas Urbanas nacionais...Bem hajam.P.S. Obrigado ao Rui e ao JPP. ;)

URBAN LEGENDS: Marcelo Rebelo de Sousa, o homem que despacha livros como a Cicciolina despachava pichas de cavalo.Por sugestão de um assíduo leitor ( ver o link de comentários do próprio blog, logo o do início da página ) decidi comentar mais uma tirada do Abrupto, a minha segunda para quem está mais atento a este exercício diário de nulidade. O nosso querido JPP, o avô da Blogosfera lusitana, com a sua mui apropriada barba neo-liberal social democrata, é ainda assim o bloguista mais profícuo de todos nós. Além de conseguir que toda a gente o leia, mais ainda que "o meu pipi", consegue ter tiradas inteligentes o suficiente para ter o resto da blogosfera a escrever sobre ele. Sóbrio o bastante para estar atento ao que se diz acerca do que tecla ainda publica isso no seu blog. Um verdadeiro paradigma do que deve ser um blog. Assim sendo não é de estranhar a observação feita acerca de Marcelo Rebelo de Sousa no seu blog de 10 de Setembro e que será o objecto do meu comentário. A tirada em questão é a seguinte:"(...) Previno desde já que não li nenhum dos livros que aqui nomeio, mas apenas refiro as razões porque os comprei. Este aviso tem algum sentido, porque, com alguma surpresa, vi Marcelo Rebelo de Sousa insistir na ultima revista Os Meus Livros na ficção de que lê sessenta livros por mês, incluindo dicionários, monografias locais, livros de gestão, histórias infantis. Diz ele na revista, acusando o toque dos cépticos como eu, que sabem o que é ler livros e o tempo que demora, que não tem culpa dos outros lerem pouco porque dormem mais. Ele lerá as listas imensas de livros, que enumera no “li e gostei”, porque dorme pouco. Será que Marcelo acha que é o único que lê e que convence alguém de que, mesmo sem dormir um minuto, se pode ler dois livros por dia? Estamos no domínio das lendas urbanas.""LIVROS: NÃO HÁ FOME QUE NÃO DÊ FARTURA", In "Abrupto" (http://abrupto.blogspot.com)Posted 15:38 by JPPEmbora a observação não seja nada de novo JPP consegue ainda assim dar a estocada final de ironia que o destaca da restante blogosfera. Estocada essa que deu-me o mote para uma nova rúbrica que pretendo iniciar aqui neste meu modesto canto de escrita. JPP coloca Marcelo Rebelo de Sousa e a sua capacidade lendária de devorar livros no domínio das lendas urbanas. Pegando neste excerto de JPP aqui vai:Urban Legends: Marcelo Rebelo de Sousa, The Book SwallowerNas entranhas obscurecidas pelas trevas de um gabinete refundido pelos corredores sinistros da Faculdade de Direito de Lisboa, por entre volumes do Código Penal, fotografias do Cavaco Silva a masturbar-se com biografias do Nixon, está uma figura sobre-humana que folheia ávidamento o sétimo volume do "À procura do Tempo Perdido" de Marcel Proust, sendo que os anteriores seis tinham sido despachados ao pequeno almoço, na pausa do café da manhã, nas aulas de Direito Constitucional entre perguntas imbecis de alunos de 1º ano e na fila de almoço. Críticos não acreditam que Marcelo leia tudo o que diz que leu no Jornal da TVI, mas Marcelo não dorme, lê, e quando não lê, compra livros. Marcelo não fode, tem alunas do curso de Direito a fazer-lhe bicos enquanto despacha o dicionáro de Símbolos, Marcelo não come, tem intravenosas a enfiar soro para o sangue enquanto acaba as primeiras obras de Dostoyevsky, "Os Idiotas", "Crime e Castigo" e "Os irmãos Karamazov", deixando "Os cadernos do Subterrãneo" e "O Jogador" para a sobremesa, um copo de água com açucar. Marcelo não dá aulas, põe os alunos a decorar o Código Penal enquanto lê todos os números da Revista Portuguesa de Filosofia dos três anos anteriores e ainda vai ver as referências bibliográficas de autores que lá são comentados. Marcelo não conduz, vai no metro a ler os quatro tomos das obras completas de Lenin e quando chega a casa rebate tudo com uma leitura tenaz de "A minha Luta" de Hitler. Marcelo caga, mas caga numa casa de banho onde estão todos os autrores americanos contemporâneos e ali vai lendo com interesse as obras e os artigos sobre as obras que aparecem em revistas de Literatura acerca de Truman Capote e Tom Wolfe. Finalmente Marcelo não dorme, ao contrário dos restantes mortais que precisam desse precioso período de repouso, Marcelo vai para a cama mas para se recostar na sua almofada a engolir as linhas escritas por Rita Ferro e Inês Pedrosa e a fingir que percebe Eduardo Lourenço enquanto começa a aventura através de mais uma interpretação histórica do 25 de Abril pelo Fernando Rosas. Marcelo sá não lê numa altura. Marcelo só não lê quando está no Jornal de Domingo da TVI a anunciar o que leu durante a semana e a imaginar o povo em casa a prostrar-se em frente ao televisor em respeito e admiração pela sua capacidade lendária de absorver cultura escrita. Só não desconfia que os que se prostram em admiração em frente à TV fazem-no pelo espectáculo magnífico que são as mamas da Ana Sofia Vinhas e o seu ar de quem está a fazer sexocom o espectador...Marcelo Rebelo de Sousa é assim uma das nossas Lendas Urbanas nacionais...Bem hajam.P.S. Obrigado ao Rui e ao JPP. ;)

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