tro.blog.dita

24-03-2005
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apascentar | há paz? sentar!Numa visão simplista da história, diria que, na segunda metade do séc XX, E.U.A. e U.R.S.S. foram os grandes responsáveis por muitos dos males que assolaram este nosso planeta - que só no Antárctico tem uma porção de terra que nenhum país reclama para si. [Mas a questão do teritório - o ópio das nações - fica para mais tarde].As guerras nos países do (once called) Terceiro Mundo foram patrocinadas e nutridas (na ideologia e no arsenal) pelas duas potências. A separação do mundo político em dois blocos antagónicos foi um caminho que nem o "leader of the free world" nem o grande continente vermelho (leia-se comunista) quiseram evitar.Houve um Movimento dos Não Alinhados, liderado pela Índia. Usando uma metáfora: estes países não aceitaram fazer o papel daqueles pequenos pesos que se vão colocando nos pratos da balança na procura do equilíbrio - que nunca se encontra.Na altura a chantagem feita aos países pequenos era "se não estão connosco estão do outro lado da cortina de ferro - estão com os nossos inimigos".O fim de uma era de guerras a quente e a frio, com a 1ª Guerra do Golfo, fez emergir uma ordem mundial em que os Estados Unidos são a única super-potência. Hoje continua o insidioso "blackmail" aos países que sentem necessidade de um aliado forte: "ou estão connosco ou estão com o eixo do mal, com os terroristas, com [whatever]...É verdade (há sempre alguém a lembrá-lo para o caso de Portugal) que num país onde a democracia já é um facto, onde a guerra não é uma ameaça permanente, as pessoas tendem a alienar-se da política, a pôr de lado as ideologias - o clássico "não há por que lutar". Mas esta "guerra contínua" (expressão que tenho ouvido usar por Fernando Rosas) que o país militar e economicamente mais forte de sempre da história da Humanidade quer impor como pseudo ideologia da purificação do mundo... não é isto que dará sentido ou segurança aos nossos dias.Sim, os discursos são tremendamente apaixonados, as posições de cada um tornam-se mais claras. Mas o mundo nunca esteve tão dividido. Nada de novo - já os antigos impérios o faziam: dividir para reinar.


apascentar | há paz? sentar!Numa visão simplista da história, diria que, na segunda metade do séc XX, E.U.A. e U.R.S.S. foram os grandes responsáveis por muitos dos males que assolaram este nosso planeta - que só no Antárctico tem uma porção de terra que nenhum país reclama para si. [Mas a questão do teritório - o ópio das nações - fica para mais tarde].As guerras nos países do (once called) Terceiro Mundo foram patrocinadas e nutridas (na ideologia e no arsenal) pelas duas potências. A separação do mundo político em dois blocos antagónicos foi um caminho que nem o "leader of the free world" nem o grande continente vermelho (leia-se comunista) quiseram evitar.Houve um Movimento dos Não Alinhados, liderado pela Índia. Usando uma metáfora: estes países não aceitaram fazer o papel daqueles pequenos pesos que se vão colocando nos pratos da balança na procura do equilíbrio - que nunca se encontra.Na altura a chantagem feita aos países pequenos era "se não estão connosco estão do outro lado da cortina de ferro - estão com os nossos inimigos".O fim de uma era de guerras a quente e a frio, com a 1ª Guerra do Golfo, fez emergir uma ordem mundial em que os Estados Unidos são a única super-potência. Hoje continua o insidioso "blackmail" aos países que sentem necessidade de um aliado forte: "ou estão connosco ou estão com o eixo do mal, com os terroristas, com [whatever]...É verdade (há sempre alguém a lembrá-lo para o caso de Portugal) que num país onde a democracia já é um facto, onde a guerra não é uma ameaça permanente, as pessoas tendem a alienar-se da política, a pôr de lado as ideologias - o clássico "não há por que lutar". Mas esta "guerra contínua" (expressão que tenho ouvido usar por Fernando Rosas) que o país militar e economicamente mais forte de sempre da história da Humanidade quer impor como pseudo ideologia da purificação do mundo... não é isto que dará sentido ou segurança aos nossos dias.Sim, os discursos são tremendamente apaixonados, as posições de cada um tornam-se mais claras. Mas o mundo nunca esteve tão dividido. Nada de novo - já os antigos impérios o faziam: dividir para reinar.

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