Albergue dos danados: A paridade como horizonte

15-04-2005
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Já foi mau, superlativamente mau, o facto de, em tempos idos, domingo após domingo, o telejornal da RádioTelevisãoPortuguesa arrastar-se com duas sinistras figurinhas a armar aos velhotes dos marretas, o senhor eng.º José Sócrates e o senhor dr. Pedro Santana Lopes. Agora, segundo consta, a ameaça é que, semana sim, semana não, às quintas-feiras, a pretexto de um putativo debate, a RádioTelevisãoPortuguesa seja palanque para cinco fulanos, o senhor dr. António Pires de Lima, pelo CDS-PP, o senhor dr. Manuel Dias Loureiro, pelo PSD, o senhor dr. Francisco Assis, pelo PS, o senhor dr. António Filipe, pelo PCP, e o senhor Prof. Doutor Fernando Rosas, pelo BE, pretendendo cobrir, assim, todo o espectro parlamentar. Há nesta intenção dois evidentes lapsos. Um, porém, é deveras preocupante, por ser sintomático da iliteracia matemática dos portugueses. Na Assembleia da República existem meia dúzia de grupos parlamentares e não apenas meia dezena. Por isso mesmo, urge compor o ramalhete dos fulanos escrutinados. Com uma senhora d’Os Verdes, claro está. É isso o serviço público. Quanto mais não seja por recordar que as grandezas aritméticas são possíveis para além da contabilidade proporcionada pelos dedos de uma só mão. Isso e a paridade. Pois uma mulher fica sempre bem entre homens.

Já foi mau, superlativamente mau, o facto de, em tempos idos, domingo após domingo, o telejornal da RádioTelevisãoPortuguesa arrastar-se com duas sinistras figurinhas a armar aos velhotes dos marretas, o senhor eng.º José Sócrates e o senhor dr. Pedro Santana Lopes. Agora, segundo consta, a ameaça é que, semana sim, semana não, às quintas-feiras, a pretexto de um putativo debate, a RádioTelevisãoPortuguesa seja palanque para cinco fulanos, o senhor dr. António Pires de Lima, pelo CDS-PP, o senhor dr. Manuel Dias Loureiro, pelo PSD, o senhor dr. Francisco Assis, pelo PS, o senhor dr. António Filipe, pelo PCP, e o senhor Prof. Doutor Fernando Rosas, pelo BE, pretendendo cobrir, assim, todo o espectro parlamentar. Há nesta intenção dois evidentes lapsos. Um, porém, é deveras preocupante, por ser sintomático da iliteracia matemática dos portugueses. Na Assembleia da República existem meia dúzia de grupos parlamentares e não apenas meia dezena. Por isso mesmo, urge compor o ramalhete dos fulanos escrutinados. Com uma senhora d’Os Verdes, claro está. É isso o serviço público. Quanto mais não seja por recordar que as grandezas aritméticas são possíveis para além da contabilidade proporcionada pelos dedos de uma só mão. Isso e a paridade. Pois uma mulher fica sempre bem entre homens.

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