Professorices: A educação superior nos programas eleitorais

17-06-2005
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Já a pensar nas eleições, lembro que, desde há muito, os programas eleitorais dos diversos partidos são quase omissos em relação à educação superior, limitando-se genericamente a um parágrafo que não diz nada, do tipo "desenvolveremos o ensino superior". Mesmo nas suas tomadas de posição fora do contexto eleitoral, verifica-se o mesmo. Vejamos o caso de Bolonha, hoje central. Do PSD podemos deduzir a posição pela actuação da ministra, mas isto não seguro porque muitas vezes a actuação dos ministros não segue à risca a orientação do partido. Quanto ao PS, não me lembro de, nos seus escritos semanais, o responsável partidário pela educação, ter discutido Bolonha. Fica o projecto do PS de alteração da Lei de Bases, que não era muito reconfortante. Do PCP e do CDS, vem o silêncio, embora eu tenha sido uma vez convidado para uma sessão do PCP em que o ambiente era visivelmente hostil a Bolonha. Quanto ao BE, o artigo de Fernando Rosas fortemente anti-Bolonha era pessoal ou reflectia a orientação do partido?

É certo que um programa eleitoral é conciso e incisivo. Mas, dada a importância da educação superior e o impacto de Bolonha, gostava de ler, mesmo que num texto curto, posições claras sobre:

1. a atitude em relação ao processo de Bolonha,

2. as intenções quanto ao financiamento (também no contexto futuro de Bolonha),

3. as medidas para racionalização imediata do catálogo de cursos e as propostas de sistema de regulação.

4. a posição em relação à governação: respeito pela autogestão corporativa ou um novo modelo?

PS (11:57) - As minhas desculpas a Augusto Santos Silva e aos leitores por um erro involuntário. De facto, como se pode ver no comentário de DK, ASS publicou um artigo favorável a Bolonha no Público de 13 de Novembro.

Já a pensar nas eleições, lembro que, desde há muito, os programas eleitorais dos diversos partidos são quase omissos em relação à educação superior, limitando-se genericamente a um parágrafo que não diz nada, do tipo "desenvolveremos o ensino superior". Mesmo nas suas tomadas de posição fora do contexto eleitoral, verifica-se o mesmo. Vejamos o caso de Bolonha, hoje central. Do PSD podemos deduzir a posição pela actuação da ministra, mas isto não seguro porque muitas vezes a actuação dos ministros não segue à risca a orientação do partido. Quanto ao PS, não me lembro de, nos seus escritos semanais, o responsável partidário pela educação, ter discutido Bolonha. Fica o projecto do PS de alteração da Lei de Bases, que não era muito reconfortante. Do PCP e do CDS, vem o silêncio, embora eu tenha sido uma vez convidado para uma sessão do PCP em que o ambiente era visivelmente hostil a Bolonha. Quanto ao BE, o artigo de Fernando Rosas fortemente anti-Bolonha era pessoal ou reflectia a orientação do partido?

É certo que um programa eleitoral é conciso e incisivo. Mas, dada a importância da educação superior e o impacto de Bolonha, gostava de ler, mesmo que num texto curto, posições claras sobre:

1. a atitude em relação ao processo de Bolonha,

2. as intenções quanto ao financiamento (também no contexto futuro de Bolonha),

3. as medidas para racionalização imediata do catálogo de cursos e as propostas de sistema de regulação.

4. a posição em relação à governação: respeito pela autogestão corporativa ou um novo modelo?

PS (11:57) - As minhas desculpas a Augusto Santos Silva e aos leitores por um erro involuntário. De facto, como se pode ver no comentário de DK, ASS publicou um artigo favorável a Bolonha no Público de 13 de Novembro.

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