As Imagens e Nós

11-10-2009
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IMAGEM MÉDICA A imagem médica voltou a ser notícia, terça feira, no Público, pois o Prémio Nobel da Medicina foi entregue a dois investigadores deste domínio."O Instituto Karolinska, o organismo sueco responsável por anunciar o Nobel da Medicina, laureou este ano dois investigadores pioneiros no uso da ressonância magnética nuclear. O trabalho desenvolvido pelo norte-americano Paul Lauterbur, de 74 anos, e pelo britânico Sir Peter Mansfield, de quase 70, ambos físicos, durante a década de 60, trouxe à medicina a possibilidade de explorar bidimensionalmente o corpo humano de uma forma mais inócua. Passados mais de 30 anos sobre os primeiros passos na aplicação da ressonância magnética à medicina, mais de 60 milhões de exames destes são feitos por ano em todo o mundo.Os primeiros trabalhos de exploração das potencialidades dos núcleos atómicos influenciados por campos magnéticos potentes surgiram na década de 40. Descobriu-se então que a energia dos núcleos atómicos de hidrogénio podia aumentar com a absorção de ondas de rádio na mesma frequência, e que quando os núcleos voltavam ao nível inicial, estabilizando, essas ondas de rádio eram emitidas, provocando ressonância.Pelo trabalho desenvolvido nesta área, Edward Mills Purcell e Félix Bloch ganharam em 1952 o Nobel da Física. De início, a técnica fez furor, por exemplo, na análise das estruturas bioquímicas. Há que não esquecer que o hidrogénio está presente na água, elemento essencial da vida.Provavelmente, até aqui pouco percebeu sobre a importância desta técnica. Mas se lhe contarmos que, durante a década de 70, Paul Lauterbur e Peter Mansfield trataram de aplicar estes princípios à captação, de forma o mais inofensiva possível, de imagens do interior do corpo humano, por meio daquilo a que hoje chamamos imagens de ressonância magnética nuclear, talvez já lhe diga um pouco mais. "Aqui se tem chamado a atenção para que as imagens de hoje estão a ser construídas sob um paradigma diferente daquele que durante séculos comandou a fabricação de imagens. De facto, com este tipo de imagens já não se constroem imagens sob o modelo do que o olho humano vê, sob os modelos da visão natural, mas sim sob uma perspectiva do que o olho humano não pode ver, neste caso, o interior do corpo.

IMAGEM MÉDICA A imagem médica voltou a ser notícia, terça feira, no Público, pois o Prémio Nobel da Medicina foi entregue a dois investigadores deste domínio."O Instituto Karolinska, o organismo sueco responsável por anunciar o Nobel da Medicina, laureou este ano dois investigadores pioneiros no uso da ressonância magnética nuclear. O trabalho desenvolvido pelo norte-americano Paul Lauterbur, de 74 anos, e pelo britânico Sir Peter Mansfield, de quase 70, ambos físicos, durante a década de 60, trouxe à medicina a possibilidade de explorar bidimensionalmente o corpo humano de uma forma mais inócua. Passados mais de 30 anos sobre os primeiros passos na aplicação da ressonância magnética à medicina, mais de 60 milhões de exames destes são feitos por ano em todo o mundo.Os primeiros trabalhos de exploração das potencialidades dos núcleos atómicos influenciados por campos magnéticos potentes surgiram na década de 40. Descobriu-se então que a energia dos núcleos atómicos de hidrogénio podia aumentar com a absorção de ondas de rádio na mesma frequência, e que quando os núcleos voltavam ao nível inicial, estabilizando, essas ondas de rádio eram emitidas, provocando ressonância.Pelo trabalho desenvolvido nesta área, Edward Mills Purcell e Félix Bloch ganharam em 1952 o Nobel da Física. De início, a técnica fez furor, por exemplo, na análise das estruturas bioquímicas. Há que não esquecer que o hidrogénio está presente na água, elemento essencial da vida.Provavelmente, até aqui pouco percebeu sobre a importância desta técnica. Mas se lhe contarmos que, durante a década de 70, Paul Lauterbur e Peter Mansfield trataram de aplicar estes princípios à captação, de forma o mais inofensiva possível, de imagens do interior do corpo humano, por meio daquilo a que hoje chamamos imagens de ressonância magnética nuclear, talvez já lhe diga um pouco mais. "Aqui se tem chamado a atenção para que as imagens de hoje estão a ser construídas sob um paradigma diferente daquele que durante séculos comandou a fabricação de imagens. De facto, com este tipo de imagens já não se constroem imagens sob o modelo do que o olho humano vê, sob os modelos da visão natural, mas sim sob uma perspectiva do que o olho humano não pode ver, neste caso, o interior do corpo.

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