Câmara Corporativa: …e xeque à Procuradoria-Geral da República?

23-11-2005
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Causa uma profunda estranheza o último parágrafo do comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a fraude que envolve várias instituições financeiras, cujo teor se reproduz:"O Ministério Público procederá criminalmente contra as grosseiras violações do segredo de justiça que lamentavelmente e mais uma vez se verificaram à roda deste caso."Tal estranheza não resulta do facto de, como se salienta no comunicado da PGR, as "várias diligências de recolha de prova" terem sido "levadas a cabo sob a promoção do Ministério Público". Resulta, pelo contrário, da circunstância de terem sido os próprios responsáveis da investigação a disponibilizar a uma das entidades sob suspeita elementos que envolviam outras entidades abrangidas pela investigação em curso. Veja-se o que diz o Público:"Os mandados de busca apresentados aos responsáveis do BES na passada segunda-feira faziam já referência a outras instituições de crédito, nomeadamente o Banco Português de Negócios, o Banco Comercial Português e o Finibanco."Perante estes dados, cabe perguntar:• Quem violou o segredo de justiça?• Quem prejudicou a eficácia da operação em curso?Tendo embora em consideração os poucos dados disponíveis, talvez não seja precipitado concluir que é inaceitável o amadorismo com que foi preparada uma operação desta envergadura. E que este amadorismo é que é "grosseiro".

Causa uma profunda estranheza o último parágrafo do comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a fraude que envolve várias instituições financeiras, cujo teor se reproduz:"O Ministério Público procederá criminalmente contra as grosseiras violações do segredo de justiça que lamentavelmente e mais uma vez se verificaram à roda deste caso."Tal estranheza não resulta do facto de, como se salienta no comunicado da PGR, as "várias diligências de recolha de prova" terem sido "levadas a cabo sob a promoção do Ministério Público". Resulta, pelo contrário, da circunstância de terem sido os próprios responsáveis da investigação a disponibilizar a uma das entidades sob suspeita elementos que envolviam outras entidades abrangidas pela investigação em curso. Veja-se o que diz o Público:"Os mandados de busca apresentados aos responsáveis do BES na passada segunda-feira faziam já referência a outras instituições de crédito, nomeadamente o Banco Português de Negócios, o Banco Comercial Português e o Finibanco."Perante estes dados, cabe perguntar:• Quem violou o segredo de justiça?• Quem prejudicou a eficácia da operação em curso?Tendo embora em consideração os poucos dados disponíveis, talvez não seja precipitado concluir que é inaceitável o amadorismo com que foi preparada uma operação desta envergadura. E que este amadorismo é que é "grosseiro".

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