«Portugal tem vivido numa espécie de longo intervalo publicitário» > Política > TVI24

29-06-2009
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Manuela Ferreira Leite traçou um cenário negro da actuação do Governo do PS nos últimos quatros anos, acusando o Executivo de «optar pela fantasia, esquecendo a verdade». A líder do PSD sublinhou esta tarde, no CCB, em Lisboa, que até o socialista António Costa «critica sem rodeios» políticas da actual maioria. E disse que o seu partido é a resposta para «o actual estado de coisas».

Numa sala repleta de apoiantes, Ferreira Leite começou por dizer que «Portugal está pior em 2009 do que em 2005». E passou ao ataque, disparando contra os argumentos socialistas, salientando que o PS esteve nos «últimos 14 anos 11 no poder». Mas também atirando contra a «aposta na propaganda» e a «obsessão pela imagem».

«Portugal tem vivido numa espécie de longo intervalo publicitário, só que a dureza da actual crise interrompeu a fantasia», afirmou Ferreira Leite, fazendo soar aplausos na sala. «Eu não acredito no espectáculo e na mentira como forma de estar na política»

A líder do PSD investiu depois contra o que descreveu como um atrevimento do PS, ao «pedir uma nova maioria absoluta», negando ao Governo o argumento da actual conjuntura para explicar os problemas do país. «A culpa do ponto a que chegamos não é da crise internacional, resulta, sim, de quatro anos de políticas socialistas».

O exemplo de Costa

A imagem que valeu para exemplificar o que considera ser a falência do desempenho do Executivo foi a do antigo ministro de José Sócrates António Costa. «Até o actual presidente da Câmara de Lisboa percebeu a magnitude do problema e já critica sem rodeios a politica do Governo em matéria de segurança e polícia» , salientou.

«O actual estado do país resulta das escolhas e das opções políticas do Governo socialista, resulta do seu programa e das suas soluções, resulta, em muitos casos da sua incapacidade e incompetência», disse.

Esta situação não é, porém, uma fatalidade para Ferreira Leite. «Não estamos condenados a este estado de coisas», disse, assegurando que o PSD está a «preparar um programa de Governo diferente e adaptado às novas circunstâncias». «Não estamos condenados a este estado de coisas», rematou.

Seis áreas negras

Além de Ferreira Leite, o discurso crítico do governo fez-se ouvir também pela boca do líder parlamentar «laranja», que abriu a sessão. «Neste momento de incerteza, de desalento, de desmotivação dos portugueses, só os deputados do PSD podem ser porta-vozes de Portugal», apontou.

Paulo Rangel destacou as «dificuldades» de trabalho da sua bancada nos últimos anos, atribuindo-os a «um Governo detentor de uma máquina de propaganda e uma política de comunicação sem paralelo, que, até no seu partido, criou um clima de medo e de claustrofobia».

O retrato negro do país foi pintado em seis matizes. A área da justiça e segurança esteve a cargo do deputado e antigo ministro da justiça Fernando Negrão, a economia coube a Rosário Águas, Regina Bastos falou sobre a saúde, a educação foi abordada por Pedro Duarte, Adão e Silva atacou o tema das Políticas Sociais e o ambiente foi objecto do discurso de José Eduardo Martins.

Se na área da economia foi realçado a falta de cumprimento das promessas de um crescimento anual de três por cento e a criação de 150 mil empregos, na justiça, Fernando Negrão atacou a «governamentalização da justiça, da investigação criminal, fragilizando o Estado de direito».

Na saúde foi apontada a perda de serviços e a desmotivação dos profissionais do sector. «Hoje os portugueses têm uma saúde mais cara e uma saúde mais distante», disse Regina Bastos. A educação também foi apresentada em tonalidades sombrias. Pedro Duarte sinalizou «três grandes marcas» do Executivo no sector: a «obsessão pela propaganda», um «clima de intimidação», e «enorme conflitualidade».

O ambiente mereceu as palavras de José Eduardo Martins, dizendo que «a contenda entre ambiente e economia foi sempre ganha pela economia».

Manuela Ferreira Leite traçou um cenário negro da actuação do Governo do PS nos últimos quatros anos, acusando o Executivo de «optar pela fantasia, esquecendo a verdade». A líder do PSD sublinhou esta tarde, no CCB, em Lisboa, que até o socialista António Costa «critica sem rodeios» políticas da actual maioria. E disse que o seu partido é a resposta para «o actual estado de coisas».

Numa sala repleta de apoiantes, Ferreira Leite começou por dizer que «Portugal está pior em 2009 do que em 2005». E passou ao ataque, disparando contra os argumentos socialistas, salientando que o PS esteve nos «últimos 14 anos 11 no poder». Mas também atirando contra a «aposta na propaganda» e a «obsessão pela imagem».

«Portugal tem vivido numa espécie de longo intervalo publicitário, só que a dureza da actual crise interrompeu a fantasia», afirmou Ferreira Leite, fazendo soar aplausos na sala. «Eu não acredito no espectáculo e na mentira como forma de estar na política»

A líder do PSD investiu depois contra o que descreveu como um atrevimento do PS, ao «pedir uma nova maioria absoluta», negando ao Governo o argumento da actual conjuntura para explicar os problemas do país. «A culpa do ponto a que chegamos não é da crise internacional, resulta, sim, de quatro anos de políticas socialistas».

O exemplo de Costa

A imagem que valeu para exemplificar o que considera ser a falência do desempenho do Executivo foi a do antigo ministro de José Sócrates António Costa. «Até o actual presidente da Câmara de Lisboa percebeu a magnitude do problema e já critica sem rodeios a politica do Governo em matéria de segurança e polícia» , salientou.

«O actual estado do país resulta das escolhas e das opções políticas do Governo socialista, resulta do seu programa e das suas soluções, resulta, em muitos casos da sua incapacidade e incompetência», disse.

Esta situação não é, porém, uma fatalidade para Ferreira Leite. «Não estamos condenados a este estado de coisas», disse, assegurando que o PSD está a «preparar um programa de Governo diferente e adaptado às novas circunstâncias». «Não estamos condenados a este estado de coisas», rematou.

Seis áreas negras

Além de Ferreira Leite, o discurso crítico do governo fez-se ouvir também pela boca do líder parlamentar «laranja», que abriu a sessão. «Neste momento de incerteza, de desalento, de desmotivação dos portugueses, só os deputados do PSD podem ser porta-vozes de Portugal», apontou.

Paulo Rangel destacou as «dificuldades» de trabalho da sua bancada nos últimos anos, atribuindo-os a «um Governo detentor de uma máquina de propaganda e uma política de comunicação sem paralelo, que, até no seu partido, criou um clima de medo e de claustrofobia».

O retrato negro do país foi pintado em seis matizes. A área da justiça e segurança esteve a cargo do deputado e antigo ministro da justiça Fernando Negrão, a economia coube a Rosário Águas, Regina Bastos falou sobre a saúde, a educação foi abordada por Pedro Duarte, Adão e Silva atacou o tema das Políticas Sociais e o ambiente foi objecto do discurso de José Eduardo Martins.

Se na área da economia foi realçado a falta de cumprimento das promessas de um crescimento anual de três por cento e a criação de 150 mil empregos, na justiça, Fernando Negrão atacou a «governamentalização da justiça, da investigação criminal, fragilizando o Estado de direito».

Na saúde foi apontada a perda de serviços e a desmotivação dos profissionais do sector. «Hoje os portugueses têm uma saúde mais cara e uma saúde mais distante», disse Regina Bastos. A educação também foi apresentada em tonalidades sombrias. Pedro Duarte sinalizou «três grandes marcas» do Executivo no sector: a «obsessão pela propaganda», um «clima de intimidação», e «enorme conflitualidade».

O ambiente mereceu as palavras de José Eduardo Martins, dizendo que «a contenda entre ambiente e economia foi sempre ganha pela economia».

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