Lisboa: Demonstração de Fórmula 1 não está isenta de taxas

28-10-2008
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Nacional

Lisboa: Demonstração de Fórmula 1 não está isenta de taxas - António Costa

Lisboa, 22 Out (Lusa) - O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), afirmou hoje que a organização do evento de fórmula 1 na Avenida da Liberdade não foi isenta do pagamento de taxas municipais.

"Não houve qualquer isenção", disse António Costa aos jornalistas na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do executivo municipal, em que o assunto foi abordado.

O autarca escusou-se contudo a concretizar o valor das taxas municipais, por ocupação do espaço público, ruído, entre outras, que serão pagas pela organização do evento que se realiza no próximo fim-de-semana.

A iniciativa "Renault Roadshow", promovida em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa (CML), é uma demonstração de Fórmula 1 da Renault que pretende mostrar vários modelos da marca durante três horas, no sábado e domingo.

O evento obriga ao condicionamento de trânsito e estacionamento na Avenida da Liberdade, Marquês de Pombal e Restauradores.

O vereador comunista Ruben de Carvalho condenou a iniciativa, considerando que "não se mete na cabeça de ninguém".

Os vereadores comunistas fizeram um requerimento questionando o executivo PS sobre "quanto gastou na cedência do espaço publico e quanto cobrou de taxas".

Ruben de Carvalho questionou a "pedagogia" de uma iniciativa deste género naquela que é uma das mais poluídas artérias da Europa.

Também o vereador eleito pelo Bloco de Esquerda José Sá Fernandes declarou não ter "qualquer simpatia por este evento".

Sá Fernandes disse que essa antipatia não se devia ao condicionamento de trânsito: "É a fórmula 1, o gasóleo, o petróleo", limitou-se a enumerar.

"Também não é nenhum crime de lesa Pátria", disse, confiando que os espaços verdes da avenida não serão afectados.

A Câmara aprovou hoje a isenção de taxas à construção e instalação do Hospital de Todos-os-Santos, apesar das críticas do PSD e Cidadãos por Lisboa, que se abstiveram, e do PCP, que votou contra.

O vereador do PSD Fernando Negrão afirmou que o município "devia ter sido mais exigente" com a administração central, relacionando esta isenção com os chamados "custos da capitalidade".

Para Negrão, os custos da isenção foram assumidos exclusivamente por Lisboa quando o hospital irá servir os concelhos limítrofes e, no caso de algumas especialidades, até o Alentejo e Algarve.

"Estes custos deviam ser divididos entre o município e a administração central", afirmou.

A vereadora do movimento Cidadãos por Lisboa Helena Roseta destacou por seu turno que se está a "isentar de taxas um hospital que resulta de uma parceria publico-privada".

No mesmo sentido, o vereador comunista Ruben de Carvalho sublinhou que o hospital "será também um negócio e não se vê razões para que seja isentado de taxas".

Ruben de Carvalho frisou que "o Governo comprou [à Câmara] o terreno por um preço muito especial" e que a construção do hospital vai determinar o encerramento de uma série de outras unidades, cujos terrenos o Estado irá vender.

ACL.

Lusa/Fim.

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Lisboa: Demonstração de Fórmula 1 não está isenta de taxas - António Costa

Lisboa, 22 Out (Lusa) - O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), afirmou hoje que a organização do evento de fórmula 1 na Avenida da Liberdade não foi isenta do pagamento de taxas municipais.

"Não houve qualquer isenção", disse António Costa aos jornalistas na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do executivo municipal, em que o assunto foi abordado.

O autarca escusou-se contudo a concretizar o valor das taxas municipais, por ocupação do espaço público, ruído, entre outras, que serão pagas pela organização do evento que se realiza no próximo fim-de-semana.

A iniciativa "Renault Roadshow", promovida em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa (CML), é uma demonstração de Fórmula 1 da Renault que pretende mostrar vários modelos da marca durante três horas, no sábado e domingo.

O evento obriga ao condicionamento de trânsito e estacionamento na Avenida da Liberdade, Marquês de Pombal e Restauradores.

O vereador comunista Ruben de Carvalho condenou a iniciativa, considerando que "não se mete na cabeça de ninguém".

Os vereadores comunistas fizeram um requerimento questionando o executivo PS sobre "quanto gastou na cedência do espaço publico e quanto cobrou de taxas".

Ruben de Carvalho questionou a "pedagogia" de uma iniciativa deste género naquela que é uma das mais poluídas artérias da Europa.

Também o vereador eleito pelo Bloco de Esquerda José Sá Fernandes declarou não ter "qualquer simpatia por este evento".

Sá Fernandes disse que essa antipatia não se devia ao condicionamento de trânsito: "É a fórmula 1, o gasóleo, o petróleo", limitou-se a enumerar.

"Também não é nenhum crime de lesa Pátria", disse, confiando que os espaços verdes da avenida não serão afectados.

A Câmara aprovou hoje a isenção de taxas à construção e instalação do Hospital de Todos-os-Santos, apesar das críticas do PSD e Cidadãos por Lisboa, que se abstiveram, e do PCP, que votou contra.

O vereador do PSD Fernando Negrão afirmou que o município "devia ter sido mais exigente" com a administração central, relacionando esta isenção com os chamados "custos da capitalidade".

Para Negrão, os custos da isenção foram assumidos exclusivamente por Lisboa quando o hospital irá servir os concelhos limítrofes e, no caso de algumas especialidades, até o Alentejo e Algarve.

"Estes custos deviam ser divididos entre o município e a administração central", afirmou.

A vereadora do movimento Cidadãos por Lisboa Helena Roseta destacou por seu turno que se está a "isentar de taxas um hospital que resulta de uma parceria publico-privada".

No mesmo sentido, o vereador comunista Ruben de Carvalho sublinhou que o hospital "será também um negócio e não se vê razões para que seja isentado de taxas".

Ruben de Carvalho frisou que "o Governo comprou [à Câmara] o terreno por um preço muito especial" e que a construção do hospital vai determinar o encerramento de uma série de outras unidades, cujos terrenos o Estado irá vender.

ACL.

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