Cantinho dos devaneios: Fios de memória

29-06-2009
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Acontece-me, por vezes, virem-me à memória imagens distantes de situações vividas há já bastante tempo. Depois, a partir dessas primeiras, outras segundas se lhe seguem e depois terceiras e quartas, e assim sucessivamente até que alguma coisa à minha volta me faz acordar desse sonhar acordado e me traz de volta à realidade. É como se as memórias estivessem ligadas por um fio invisível que ao ser puxado trouxesse agarradas, umas após as outras, aquelas imagens de outros tempos. Por vezes o fio de memória tem uma base comum que me faz saltar de uma recordação para a outra. Uma situação, um local, uma pessoa, ou simplesmente um sentir, são o suficiente para trazer à superfície imagens, directa ou indirectamente, associadas a essa mesma situação, pessoa ou sentir. Outras vezes as imagens sucedem-se sem que exista essa tal base comum, ou talvez seja mais correcto dizer que ela existe e que apenas não me é aparente. Há ainda os casos em que, como referia a amiga lélé num texto recente, o fio de memória me conduz por recordações adulteradas, ou mesmo completamente forjadas, como se as imagens de um sonho tivessem conseguido atravessar a fronteira entre esse mundo, supostamente imaginário, e este outro, supostamente real. E no meio de todas essas recordações, puxadas por esse fio invisível, surgem-me por vezes imagens que estavam esquecidas nas profundezas da memória há tanto tempo que é inevitável ficar maravilhado... Daqui em diante, sempre que um destes fios de memória não me parecer demasiado desinteressante ou impróprio, aqui o partilharei com quem vier espreitar neste cantinho. O primeiro desses fios já foi puxado, falta agora transcrever em palavras as imagens que ele me trouxe.


Acontece-me, por vezes, virem-me à memória imagens distantes de situações vividas há já bastante tempo. Depois, a partir dessas primeiras, outras segundas se lhe seguem e depois terceiras e quartas, e assim sucessivamente até que alguma coisa à minha volta me faz acordar desse sonhar acordado e me traz de volta à realidade. É como se as memórias estivessem ligadas por um fio invisível que ao ser puxado trouxesse agarradas, umas após as outras, aquelas imagens de outros tempos. Por vezes o fio de memória tem uma base comum que me faz saltar de uma recordação para a outra. Uma situação, um local, uma pessoa, ou simplesmente um sentir, são o suficiente para trazer à superfície imagens, directa ou indirectamente, associadas a essa mesma situação, pessoa ou sentir. Outras vezes as imagens sucedem-se sem que exista essa tal base comum, ou talvez seja mais correcto dizer que ela existe e que apenas não me é aparente. Há ainda os casos em que, como referia a amiga lélé num texto recente, o fio de memória me conduz por recordações adulteradas, ou mesmo completamente forjadas, como se as imagens de um sonho tivessem conseguido atravessar a fronteira entre esse mundo, supostamente imaginário, e este outro, supostamente real. E no meio de todas essas recordações, puxadas por esse fio invisível, surgem-me por vezes imagens que estavam esquecidas nas profundezas da memória há tanto tempo que é inevitável ficar maravilhado... Daqui em diante, sempre que um destes fios de memória não me parecer demasiado desinteressante ou impróprio, aqui o partilharei com quem vier espreitar neste cantinho. O primeiro desses fios já foi puxado, falta agora transcrever em palavras as imagens que ele me trouxe.

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