NonioBlog: O ruído do referendo

21-07-2005
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Sempre tive muitas dúvidas acerca da eficácia de um referendo. Mais ainda sobre o Tratado da EU. Mais ainda no mesmo dia das Eleições Autárquicas.Tendo em conta tudo isto e os “não” da França e da Holanda, com a Inglaterra a recuar na intenção de o realizar, manter esta ideia em Portugal só pode ser teimosia.Até Freitas do Amaral, que não é propriamente exemplo de bom senso, já reparou nisso. Estranho é que Governo, Oposição e Presidente da República não tenham reparado e se ponham de acordo, por uma única vez, para levar a cabo um disparate que, na minha opinião, não só é totalmente ineficaz como é lesivo do conveniente funcionamento das instituições. Nomeadamente, das instituições eleitorais e das autarquias, que se vão ver envolvidas numa campanha absurda, confusa e produtora de ruído, que não lhes diz respeito. De facto, se Vitorino não queria o “ruído” de Freitas, como lhe chamou, deveria ter pensado nisso, antes de ter decidido apoiar um "megafone" sem consequências sobre a Europa (que Europa?), em plenas Eleições Autárquicas. Porque é isso que a campanha pelo "Sim" será. Um "megafone" que nos distrairá do essencial.


Sempre tive muitas dúvidas acerca da eficácia de um referendo. Mais ainda sobre o Tratado da EU. Mais ainda no mesmo dia das Eleições Autárquicas.Tendo em conta tudo isto e os “não” da França e da Holanda, com a Inglaterra a recuar na intenção de o realizar, manter esta ideia em Portugal só pode ser teimosia.Até Freitas do Amaral, que não é propriamente exemplo de bom senso, já reparou nisso. Estranho é que Governo, Oposição e Presidente da República não tenham reparado e se ponham de acordo, por uma única vez, para levar a cabo um disparate que, na minha opinião, não só é totalmente ineficaz como é lesivo do conveniente funcionamento das instituições. Nomeadamente, das instituições eleitorais e das autarquias, que se vão ver envolvidas numa campanha absurda, confusa e produtora de ruído, que não lhes diz respeito. De facto, se Vitorino não queria o “ruído” de Freitas, como lhe chamou, deveria ter pensado nisso, antes de ter decidido apoiar um "megafone" sem consequências sobre a Europa (que Europa?), em plenas Eleições Autárquicas. Porque é isso que a campanha pelo "Sim" será. Um "megafone" que nos distrairá do essencial.

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