NonioBlog: Filhos da Puta?

21-07-2005
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Um dia, em relação a outra situação, quando me perguntavam numa entrevista se eu saberia explicar porque razão a Imprensa via determinado assunto de determinada forma, eu expliquei: “Penso que isso tem a ver com o facto de uma parte dos jornalistas (boa parte) serem de Esquerda. E de uma Esquerda ressabiada. Além disso, são mal pagos, talvez por não serem bons profissionais. Daí que vejam determinadas questões com inveja e ódio a quem ganha mais do que eles, simplesmente, porque ganha mais do que eles. E são quase todos”.Esta minha afirmação é em tudo idêntica à que João Jardim proferiu a propósito da questão da sua reforma e da forma como a Imprensa está a tratar o assunto. De facto, embora eu tenha, numa entrevista, respondido da maneira que eu entendi ser a minha, não deixo, por a forma de João Jardim ser diferente da minha, de concordar com ele. De facto, o que ele disse ao chamar “bastardos”, evitando chamar-lhes “filhos da puta”, é a mais pura das verdades.Quanto ao “estilo”, é o dele. Posso ou não gostar (e até gosto, embora não seja o que eu adopto), mas é o dele. É discutível e ele é livre de ser discutível! O que já não me parece discutível é o conteúdo, por ser tão evidentemente correcto. De facto, a nossa imprensa, continuo a defendê-lo e é mais do que evidente, vive de meia-dúzia de “bastardos”, ou radicais de Esquerda contorcidos e distorcidos de inveja dos que ganham mais do que eles (e são quase todos). E acrescento: são os mesmos que vivem numa esperança vã. A esperança de que, por tanto lamber as botas aos seus súbditos (sejam eles de que área política forem, mas normalmente são os "instalados do corporativismo de Lisboa"), um dia lhes calhe um “tacho” na rifa… tipo, “fazedor de press-releases”.Pode ser que o Presidente do Sindicato dos Jornalistas tenha, para esses, títulos mais bonitos do que “filhos da puta”, mas então que os aplique e que aplique igualmente a deontologia jornalística à quantidade incrível de vendidos que se passeia no nosso jornalismo. Mas se ele próprio não o quiser fazer - por causa, talvez, dos tais "poderes instituídos e corporativos" -, e em nome do jornalismo, pelo menos não os defenda.PS: e já agora, não venham os puros com a história da expressão. Se Gabriel García Márquezpode chamar ao seu livro "Memórias das Minhas Putas Tristes" e todos acham o máximo (mesmo sem lerem), porque razão João Jardim não pode usar a expressão que melhor entendemos todos e, de facto, que melhor se aplica aos "bastardos" em causa? Aliás, ao chamar-lhes "bastardos", João Jardim elogiou os outros. Ou se é "bastardo" ou "legítimo".


Um dia, em relação a outra situação, quando me perguntavam numa entrevista se eu saberia explicar porque razão a Imprensa via determinado assunto de determinada forma, eu expliquei: “Penso que isso tem a ver com o facto de uma parte dos jornalistas (boa parte) serem de Esquerda. E de uma Esquerda ressabiada. Além disso, são mal pagos, talvez por não serem bons profissionais. Daí que vejam determinadas questões com inveja e ódio a quem ganha mais do que eles, simplesmente, porque ganha mais do que eles. E são quase todos”.Esta minha afirmação é em tudo idêntica à que João Jardim proferiu a propósito da questão da sua reforma e da forma como a Imprensa está a tratar o assunto. De facto, embora eu tenha, numa entrevista, respondido da maneira que eu entendi ser a minha, não deixo, por a forma de João Jardim ser diferente da minha, de concordar com ele. De facto, o que ele disse ao chamar “bastardos”, evitando chamar-lhes “filhos da puta”, é a mais pura das verdades.Quanto ao “estilo”, é o dele. Posso ou não gostar (e até gosto, embora não seja o que eu adopto), mas é o dele. É discutível e ele é livre de ser discutível! O que já não me parece discutível é o conteúdo, por ser tão evidentemente correcto. De facto, a nossa imprensa, continuo a defendê-lo e é mais do que evidente, vive de meia-dúzia de “bastardos”, ou radicais de Esquerda contorcidos e distorcidos de inveja dos que ganham mais do que eles (e são quase todos). E acrescento: são os mesmos que vivem numa esperança vã. A esperança de que, por tanto lamber as botas aos seus súbditos (sejam eles de que área política forem, mas normalmente são os "instalados do corporativismo de Lisboa"), um dia lhes calhe um “tacho” na rifa… tipo, “fazedor de press-releases”.Pode ser que o Presidente do Sindicato dos Jornalistas tenha, para esses, títulos mais bonitos do que “filhos da puta”, mas então que os aplique e que aplique igualmente a deontologia jornalística à quantidade incrível de vendidos que se passeia no nosso jornalismo. Mas se ele próprio não o quiser fazer - por causa, talvez, dos tais "poderes instituídos e corporativos" -, e em nome do jornalismo, pelo menos não os defenda.PS: e já agora, não venham os puros com a história da expressão. Se Gabriel García Márquezpode chamar ao seu livro "Memórias das Minhas Putas Tristes" e todos acham o máximo (mesmo sem lerem), porque razão João Jardim não pode usar a expressão que melhor entendemos todos e, de facto, que melhor se aplica aos "bastardos" em causa? Aliás, ao chamar-lhes "bastardos", João Jardim elogiou os outros. Ou se é "bastardo" ou "legítimo".

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