Assertivo

20-05-2009
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ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS
O ministro Arnaut veio dar uma entrevista na qual afirma estar satisfeito por nem os senhorios nem os inquilinos estarem satisfeitos – seja lá onde for que ele quer chegar com isso. Também já estamos habituados a ouvir ministros a produzirem afirmações estúpidas, e esta é apenas mais uma. O homem orgulha-se de ninguém ficar satisfeito com a sua acção, mas está a mentir. Os senhorios vão ficar contentíssimos!
(O ministro Arnaut esquece-se, ao referir a sua acção, que a lei do arrendamento já estava pronta quando ele assumiu o ministério – tal como o Euro 2004 já estava preparado antes de ele se assumir como o seu feitor, aliás.)
O mais preocupante é que o ministro Arnaut aponta a liberalização do mercado do arrendamento como o grande objectivo da sua acção. Ignorando, naturalmente, que tal vai implicar a inflação desse mercado, penalizando duplamente os cidadãos. Estes vão ser alvo de despejos mais facilitados, e o acesso ao mercado do arrendamento vai tornar-se mais custoso. É bom de ver que os senhorios vão despedir os inquilinos com rendas mais baixas para poderem dar os imóveis de arrendamento por valores muito mais altos. E o facto de o Estado subvencionar certos escalões de arrendatários não vai modificar nada, porque os beneficiários vão ser – à semelhança dos beneficiários do apoio judiciário – uma franja marginal da população.
A lei do arrendamento vai gerar ainda mais degradação das condições de vida do povo. Junte-se a isto a inflação, a perda de poder de compra, a instabilidade das condições de trabalho obtidas com as regras de caducidade dos acordos colectivos de trabalho, as portagens nas SCUT, o já referido regime do apoio judiciário, os aumentos quase diários dos combustíveis – e dos custos que lhe estão associados –, e temos um panorama verdadeiramente assustador.
O país entrou num estado tal que, de agora em diante, vou tentar convencer toda a gente que conheço a votar no Partido Socialista. Não porque me identifique com a sua ideologia, nem por gostar de criaturas como Fernando Gomes, Orlando Gaspar ou Narciso Miranda, mas por ser o único partido que pode bater a coligação. É um imperativo nacional que esta gente que tomou o poder seja erradicada da vida pública. Só lamento que a alternativa seja um partido como o PS, mas é um mal necessário. Como um americano que vota Kerry por ser imperioso correr com Bush, também eu vou enveredar pela tese do mal menor. Porque não gosto do que a chusma de incompetentes a quem Sampaio confiou o país está a fazer, e tenho medo que ainda sejam capazes de pior. Portugal não pode viver mais quatro anos debaixo de uma ditadura democrática comandada ideologicamente por neofascistas e administrada por medíocres.

ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS
O ministro Arnaut veio dar uma entrevista na qual afirma estar satisfeito por nem os senhorios nem os inquilinos estarem satisfeitos – seja lá onde for que ele quer chegar com isso. Também já estamos habituados a ouvir ministros a produzirem afirmações estúpidas, e esta é apenas mais uma. O homem orgulha-se de ninguém ficar satisfeito com a sua acção, mas está a mentir. Os senhorios vão ficar contentíssimos!
(O ministro Arnaut esquece-se, ao referir a sua acção, que a lei do arrendamento já estava pronta quando ele assumiu o ministério – tal como o Euro 2004 já estava preparado antes de ele se assumir como o seu feitor, aliás.)
O mais preocupante é que o ministro Arnaut aponta a liberalização do mercado do arrendamento como o grande objectivo da sua acção. Ignorando, naturalmente, que tal vai implicar a inflação desse mercado, penalizando duplamente os cidadãos. Estes vão ser alvo de despejos mais facilitados, e o acesso ao mercado do arrendamento vai tornar-se mais custoso. É bom de ver que os senhorios vão despedir os inquilinos com rendas mais baixas para poderem dar os imóveis de arrendamento por valores muito mais altos. E o facto de o Estado subvencionar certos escalões de arrendatários não vai modificar nada, porque os beneficiários vão ser – à semelhança dos beneficiários do apoio judiciário – uma franja marginal da população.
A lei do arrendamento vai gerar ainda mais degradação das condições de vida do povo. Junte-se a isto a inflação, a perda de poder de compra, a instabilidade das condições de trabalho obtidas com as regras de caducidade dos acordos colectivos de trabalho, as portagens nas SCUT, o já referido regime do apoio judiciário, os aumentos quase diários dos combustíveis – e dos custos que lhe estão associados –, e temos um panorama verdadeiramente assustador.
O país entrou num estado tal que, de agora em diante, vou tentar convencer toda a gente que conheço a votar no Partido Socialista. Não porque me identifique com a sua ideologia, nem por gostar de criaturas como Fernando Gomes, Orlando Gaspar ou Narciso Miranda, mas por ser o único partido que pode bater a coligação. É um imperativo nacional que esta gente que tomou o poder seja erradicada da vida pública. Só lamento que a alternativa seja um partido como o PS, mas é um mal necessário. Como um americano que vota Kerry por ser imperioso correr com Bush, também eu vou enveredar pela tese do mal menor. Porque não gosto do que a chusma de incompetentes a quem Sampaio confiou o país está a fazer, e tenho medo que ainda sejam capazes de pior. Portugal não pode viver mais quatro anos debaixo de uma ditadura democrática comandada ideologicamente por neofascistas e administrada por medíocres.

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