Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74

29-06-2009
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1. Mensagem de Carlos Silva, ex-Fur Mil da CCAÇ 2584/BCAÇ 2879, Presidente da Assembleia Geral da Associação Ajuda Amiga, com data de 28 de Março de 2009, enviada ao Blogue e ao nosso camarada A. Marques Lopes, ex-Alf Mil da CART 1690, hoje Cor DFA Reformado:AmigosLuís, Virgínio e Carlos VinhalAqui vai outro artigo sobre Samba Culo, há mais para seguir em lista de espera.Marques Lopes,Reli o teu episódio de Samba Culo sobre a morte da professora, mas não falas nos alunos (*).Havia de facto alunos, tal como diz o Prof Calabus Arreta?Com um abraço para todos vósCarlos Silva2. Resposta de A. Marques Lopes a Carlos Silva, em mensagem do mesmo diaAmigo Carlos SilvaForam, de facto, mortos vários guerrilheiros que resistiram de arma na mão,como a professora. Se eram alunos não sei, não constatei. Mas admito quefossem, dado que nessas escolas tanto estavam adultos como crianças. Noentanto, garanto-te que não foi morta nenhuma criança! Se as havia, tiveramtempo de as afastar para reajir contra o nosso ataque. Há uma grandediferença. Fizeste bem em denunciar a falsidade, pois se corre que eramcrianças é mentira.AbraçoA. Marques Lopes3. Guiné-BissauSamba Culo, 18-03-2009Ser Solidário – Ajudem na construção da Escola de SAMBA CULO No âmbito de mais uma visita de natureza humanitária à Guiné-Bissau para onde a nossa ONGD Ajuda-Amiga Associação de Solidariedade e de Apoio ao Desenvolvimento enviou um contentor de bens para distribuir pela população guineense e por algumas instituições.Feita a divisão dos donativos nas instalações do Banco da Cooperação, no dia seguinte, seguimos para o Sector de Farim com algumas caixas que nos foram distribuídas.Dado que, não havia jangada para atravessar o rio Cacheu do K3 para Farim, tivemos de atravessar a mata do OIO, para chegar aos antigos aquartelamentos de Canjambari, Jumbembem, Cuntima e Farim tendo de percorrer uma picada quase virgem de 50 kms.Este ano não partimos de Mansabá>Simbor, pois este percurso fizemos no regresso no dia seguinte.Partimos, então, pela picada que segue de Saliquinhedim-K3 para Biribão; Ionfarim; Câ Samina; Tambico; Samba Culo até Canjambari.Em Samba Culo, tabanca já conhecida dos Bloguistas, face aos comoventes artigos do nosso camarada A Marques Lopes publicados no Blogue, devido à situação com que se defrontou numa operação ali realizada, quando se fica num dilema “ ou se mata, ou morre-se”, fizemos a alegria dos alunos e do professor Calabus Arreta, apenas com 2 gramáticas, uns cadernos e uma pasta, na medida em que, não possuímos muito material para distribuir, embora ficasse a promessa de talvez se conseguir alguma ajuda no futuro.Além da troca de impressões sobre as necessidades da escola e dos alunos, pois falta tudo, aliás, como em todas as escolas do interior profundo, o professor informou-nos que iriam construir uma escola com adobes de terra, cimento e telhado de zinco com a ajuda do Padre Carlo Andolfi da Missão Católica de Farim, o qual, em conversa posterior, porque pernoitámos na Missão, me confirmou que efectivamente vai ajudar na construção da escola.Aliás, já na altura havia a visita de Pastoral, pois A Marques Lopes diz: - Trouxemos também (imaginem!) uns paramentos completos de um padre católico!Como não podia deixar fantasmas para trás, durante o nosso curto convívio, chamei à colação o “caso da morte da professora” naquele acampamento de casas de mato dos guerrilheiros existente algures naquele local desterrado durante a guerra colonial.Perguntei, então, ao jovem Prof Calabus Arreta, se tinha conhecimento de tal caso, o qual me respondeu de imediato que efectivamente sabia do triste episódio, que tem sido transmitido às sucessivas gerações, pois tinha sido naquela aldeia que os “tugas” mataram uma professora e os alunos da escola, sendo esta a versão que corre desde há 40 anos.Tive então, a oportunidade de lhe explicar que de facto mataram a professora, numa situação extrema, isto é, quando se está perante o dilema “ ou se mata, ou morre-se” e foi isso que tinha acontecido, porquanto, a malograda professora tinha agarrado na “Klas” para disparar contra o nosso camarada e que era falso no que se refere à morte dos alunos, pelo que, deveria passar a mensagem de tamanha falsidade e de tal “mito”.Seguem algumas fotos do nosso fraterno convívio.Tabanca de Samba CuloEscola de Samba Culo com o nosso camarada A Seik DFAWC da Escola ao ar livreDa dta p/ esqª: A Seik – DFA; Carlos Silva; Prof Calabus e Zé Pereira – DFA CArtª 3360 Cuntima Prof Calabus Ferreta, e o seu meio de transporte, bicicleta, espelhando a sua alegria apenas com uma gramáticaUm livro de ensino na bagagem do Prof Calabus FerretaOs cumprimentos da Amizade, uma gramática, uns cadernos e uma pastaAspecto da escolaNeste âmbito, recordo ainda, que ano passado, quando um grupo de camaradas durante o Simpósio de Guileje foi recebido em audiência pelo falecido Presidente Nino Vieira, este pediu-nos para transmitir aos nossos governantes para que auxiliassem a Guiné na educação, enviando livros e professores.Acresce sugerir que quem estiver interessado em ajudar pecuniariamente na construção da escola, pois é necessário comprar o cimento e as chapas de zinco no Senegal e transportá-las para a respectiva tabanca, o que não é fácil, poderá depositar o montante na conta com o NIB 0036 0133 9910 0025 1382 6, da Ajuda Amiga – Associação de Solidariedade e de Apoio ao Desenvolvimento, indicando que o depósito tem por objecto essa finalidade, que por sua vez será remetida através de uma instituição parabancária, para o Padre Carlo Andolfi da Missão Católica de Farim, o qual poderá levantar na hora o mencionado donativo.Site da Ajuda Amiga: http://ajudaamiga.com.sapo.pt/index.htmlMassamá, 27-03-2009Carlos Silva__________Notas de CV(*) Vd. poste de 29 de Novembro de 2005 > Guiné 63/74 - CCCXX: A professora de Samba Culo (A. Marques Lopes)


1. Mensagem de Carlos Silva, ex-Fur Mil da CCAÇ 2584/BCAÇ 2879, Presidente da Assembleia Geral da Associação Ajuda Amiga, com data de 28 de Março de 2009, enviada ao Blogue e ao nosso camarada A. Marques Lopes, ex-Alf Mil da CART 1690, hoje Cor DFA Reformado:AmigosLuís, Virgínio e Carlos VinhalAqui vai outro artigo sobre Samba Culo, há mais para seguir em lista de espera.Marques Lopes,Reli o teu episódio de Samba Culo sobre a morte da professora, mas não falas nos alunos (*).Havia de facto alunos, tal como diz o Prof Calabus Arreta?Com um abraço para todos vósCarlos Silva2. Resposta de A. Marques Lopes a Carlos Silva, em mensagem do mesmo diaAmigo Carlos SilvaForam, de facto, mortos vários guerrilheiros que resistiram de arma na mão,como a professora. Se eram alunos não sei, não constatei. Mas admito quefossem, dado que nessas escolas tanto estavam adultos como crianças. Noentanto, garanto-te que não foi morta nenhuma criança! Se as havia, tiveramtempo de as afastar para reajir contra o nosso ataque. Há uma grandediferença. Fizeste bem em denunciar a falsidade, pois se corre que eramcrianças é mentira.AbraçoA. Marques Lopes3. Guiné-BissauSamba Culo, 18-03-2009Ser Solidário – Ajudem na construção da Escola de SAMBA CULO No âmbito de mais uma visita de natureza humanitária à Guiné-Bissau para onde a nossa ONGD Ajuda-Amiga Associação de Solidariedade e de Apoio ao Desenvolvimento enviou um contentor de bens para distribuir pela população guineense e por algumas instituições.Feita a divisão dos donativos nas instalações do Banco da Cooperação, no dia seguinte, seguimos para o Sector de Farim com algumas caixas que nos foram distribuídas.Dado que, não havia jangada para atravessar o rio Cacheu do K3 para Farim, tivemos de atravessar a mata do OIO, para chegar aos antigos aquartelamentos de Canjambari, Jumbembem, Cuntima e Farim tendo de percorrer uma picada quase virgem de 50 kms.Este ano não partimos de Mansabá>Simbor, pois este percurso fizemos no regresso no dia seguinte.Partimos, então, pela picada que segue de Saliquinhedim-K3 para Biribão; Ionfarim; Câ Samina; Tambico; Samba Culo até Canjambari.Em Samba Culo, tabanca já conhecida dos Bloguistas, face aos comoventes artigos do nosso camarada A Marques Lopes publicados no Blogue, devido à situação com que se defrontou numa operação ali realizada, quando se fica num dilema “ ou se mata, ou morre-se”, fizemos a alegria dos alunos e do professor Calabus Arreta, apenas com 2 gramáticas, uns cadernos e uma pasta, na medida em que, não possuímos muito material para distribuir, embora ficasse a promessa de talvez se conseguir alguma ajuda no futuro.Além da troca de impressões sobre as necessidades da escola e dos alunos, pois falta tudo, aliás, como em todas as escolas do interior profundo, o professor informou-nos que iriam construir uma escola com adobes de terra, cimento e telhado de zinco com a ajuda do Padre Carlo Andolfi da Missão Católica de Farim, o qual, em conversa posterior, porque pernoitámos na Missão, me confirmou que efectivamente vai ajudar na construção da escola.Aliás, já na altura havia a visita de Pastoral, pois A Marques Lopes diz: - Trouxemos também (imaginem!) uns paramentos completos de um padre católico!Como não podia deixar fantasmas para trás, durante o nosso curto convívio, chamei à colação o “caso da morte da professora” naquele acampamento de casas de mato dos guerrilheiros existente algures naquele local desterrado durante a guerra colonial.Perguntei, então, ao jovem Prof Calabus Arreta, se tinha conhecimento de tal caso, o qual me respondeu de imediato que efectivamente sabia do triste episódio, que tem sido transmitido às sucessivas gerações, pois tinha sido naquela aldeia que os “tugas” mataram uma professora e os alunos da escola, sendo esta a versão que corre desde há 40 anos.Tive então, a oportunidade de lhe explicar que de facto mataram a professora, numa situação extrema, isto é, quando se está perante o dilema “ ou se mata, ou morre-se” e foi isso que tinha acontecido, porquanto, a malograda professora tinha agarrado na “Klas” para disparar contra o nosso camarada e que era falso no que se refere à morte dos alunos, pelo que, deveria passar a mensagem de tamanha falsidade e de tal “mito”.Seguem algumas fotos do nosso fraterno convívio.Tabanca de Samba CuloEscola de Samba Culo com o nosso camarada A Seik DFAWC da Escola ao ar livreDa dta p/ esqª: A Seik – DFA; Carlos Silva; Prof Calabus e Zé Pereira – DFA CArtª 3360 Cuntima Prof Calabus Ferreta, e o seu meio de transporte, bicicleta, espelhando a sua alegria apenas com uma gramáticaUm livro de ensino na bagagem do Prof Calabus FerretaOs cumprimentos da Amizade, uma gramática, uns cadernos e uma pastaAspecto da escolaNeste âmbito, recordo ainda, que ano passado, quando um grupo de camaradas durante o Simpósio de Guileje foi recebido em audiência pelo falecido Presidente Nino Vieira, este pediu-nos para transmitir aos nossos governantes para que auxiliassem a Guiné na educação, enviando livros e professores.Acresce sugerir que quem estiver interessado em ajudar pecuniariamente na construção da escola, pois é necessário comprar o cimento e as chapas de zinco no Senegal e transportá-las para a respectiva tabanca, o que não é fácil, poderá depositar o montante na conta com o NIB 0036 0133 9910 0025 1382 6, da Ajuda Amiga – Associação de Solidariedade e de Apoio ao Desenvolvimento, indicando que o depósito tem por objecto essa finalidade, que por sua vez será remetida através de uma instituição parabancária, para o Padre Carlo Andolfi da Missão Católica de Farim, o qual poderá levantar na hora o mencionado donativo.Site da Ajuda Amiga: http://ajudaamiga.com.sapo.pt/index.htmlMassamá, 27-03-2009Carlos Silva__________Notas de CV(*) Vd. poste de 29 de Novembro de 2005 > Guiné 63/74 - CCCXX: A professora de Samba Culo (A. Marques Lopes)

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