Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74

29-06-2009
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Lisboa > DocLisboa2007 > Culturgest > 19 de Outubro de 2007 > Os coronéis na reforma Vasco Lourenço e A. Marques Lopes, na estreia do filme de Diana Andringa e Flora Gomes As Duas Faces da Guerra. Os dois tugas que estiveram na Guiné, e que participam neste filme, com os seus depoimentos sobre a experiência da guerra. Vasco Lourenço, que comandou a CCAÇ 2549 (1969/71), e foi um dos grandes capitães de Abril, é actualmente presidente da Direcção da Associação 25 de Abril. O nosso camarada e amigo A. Marques Lopes é um dos responsáveis pela Delegação Norte. Infelizmente, não temos nenhum representante da CCAÇ 2549 na nossa Tabanca Grande.Foto: © Xico Allen / A. Marques Lopes (2007). Direitos reservados.Vasco Lourenço (n. 1942), comandante da CCAÇ 2549 (1969/71)(i) Nasceu em 19 de Junho de 1942, em Lousa (Castelo Branco).(ii) Ingressou na Academia Militar em 1960.(iii) Após o tirocínio na EPI em Mafra, foi colocado no RI2 em Abrantes (1964), onde seria promovido a alferes.(iv) Voltando à EPI em 1965, onde foi instrutor do Curso de Oficiais Milicianos (COM), foi transferido nesse mesmo ano para o RI5, nas Caldas da Rainha.(v) Promovido a tenente (1966) e a capitão (1968), é mobilizado para a Guiné.(vi) Na Guiné, comanda a CCAÇ 2549, integrada no BCAÇ 2879, nos anos de 1969/71.(vii) Regressado da Guiné, foi colocado no BC5 em Lisboa.(viii) Daí foi para o BRT onde adquiriu a especialidade de Criptólogo, em 1972.(ix) Fundador do Movimento dos Capitães, coordenou a organização da sua primeira reunião, em 9 de Setembro de 1973.(x) Membro da Direcção do Movimento dos Capitães e do Movimento das Forças Armadas (juntamente com Vítor Alves e Otelo Saraiva de Carvalho), onde era responsável pela ligação interna e pela área operacional.(xi) Em 25 de Abril de 1974 encontrava-se colocado no QG da Zona Militar dos Açores, para onde seguira em 15 de Março desse ano, depois de um conturbado processo, que incluiu a oposição do Movimento dos Capitães à sua transferência, a simulação do seu rapto, a sua entrega às autoridades militares e a sua prisão na Casa de Reclusão da Trafaria (10 a 15 de Março).(xii) Membro da Comissão Coordenadora do Programa do MFA; membro do Conselho de Estado; membro do Conselho dos 20; membro do Conselho da Revolução, durante toda a sua vigência, onde desempenhou a função de moderador das suas reuniões.(xiii) Para além disso, foi também membro do Conselho da Arma de Infantaria.(xiv) Desempenhou as funções de Porta-voz do Conselho de Estado, da Assembleia do Exército, da Assembleia do MFA, do Conselho dos 20 e do Conselho da Revolução.(xv) Foi o primeiro subscritor do Documento dos Nove, em Agosto de 1975.(xvi) Membro das Comissões que elaboraram os dois pactos MFA – Partidos.(xvii) A sua nomeação para comandar a Região Militar de Lisboa desencadearia o 25 de Novembro de 1975.(xviii) Manteve-se como Governador Militar de Lisboa e Comandante da Região Militar de Lisboa, de Novembro de 1975 a Abril de 1978 (para o efeito foi graduado em brigadeiro, 27 de Novembro de 1975, e em general, 11 de Agosto de 1976).(xix) Nos finais de 1982, terminado o período de transição e extinto o Conselho da Revolução, regressou ao Exército, como major e foi colocado na Cheret, onde foi promovido a tenente-coronel (1984).(xx) A seu pedido, passou à reserva em 1987; face à posterior alteração da legislação foi passado à reforma em 1994; ao abrigo da lei nº 43/99, foi promovido a coronel, em Abril de 2002, com antiguidade de 1990.(xxi) Presidente da Comissão Organizadora do 25 de Abril – Dia da Liberdade, em 1979.(xxii) Presidente da Comissão Instaladora da Associação 25 de Abril.(xxiii) Obteve o curso de Defesa Nacional, em 1981.(xxiv) Foi membro da Comissão Executiva das Comemorações Oficiais do 25º aniversário do 25 de Abril.(xxv) É autor de dois livros: (i) No Regresso Vinham Todos (conta a experiência da guerra colonial na Guiné, em co-autoria com vários militares da CCAÇ 2549); (ii) MFA – Rosto do Povo (entrevista sobre o 25 de Abril de 1974, feita em princípios de 1975). (1)(xxvi) Possui várias condecorações, de que se destacam a grã-cruz da Ordem da Liberdade e a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique.(xxvii) É casado e tem uma filha.(xxviii) Presidente da Direcção da Associação 25 de Abril (desde a sua fundação em Outubro de 1982).Fonte: Adapt. de Avenida da Liberdade > Vasco Lourenço (com a devida vénia...)Vd. também:Dossiê Expresso 25 de Abril > O puro dos puros, texto de Clara Ferreira Alves___________Nota dos editores(1) Vd. post de 12 Julho 2005 > Guiné 69/71 - CV: Bibliografia de uma guerra (1) (Jorge Santos)(...) Título: No Regresso Vinham Todos. Autor: Vasco Lourenço.Editor: Editorial Notícias.Ano: 1978.Resumo:Mais do que a narração da guerra, este livro, escrito por um dos capitães de Abril, descreve-nos pequenos acontecimentos de uma comissão na guerra colonial, na Guiné (onde foi comandante da CCAÇ 2549), e sobretudo dá-nos conta das emoções, dos sentimentos, dos medos, dos passatempos, que passaram pela mente, pelo coração e pela vivência de um punhado de homens atirados para essa guerra.No Regresso Vinham Todos é bem um testemunho da forma como a guerra colonial se desenrolou. A maioria dos portugueses que a ela eram obrigados, faziam-na com a ideia fixa no regresso, sãos e salvos, e nunca com a convicção da sua justeza e da sua razão de ser.


Lisboa > DocLisboa2007 > Culturgest > 19 de Outubro de 2007 > Os coronéis na reforma Vasco Lourenço e A. Marques Lopes, na estreia do filme de Diana Andringa e Flora Gomes As Duas Faces da Guerra. Os dois tugas que estiveram na Guiné, e que participam neste filme, com os seus depoimentos sobre a experiência da guerra. Vasco Lourenço, que comandou a CCAÇ 2549 (1969/71), e foi um dos grandes capitães de Abril, é actualmente presidente da Direcção da Associação 25 de Abril. O nosso camarada e amigo A. Marques Lopes é um dos responsáveis pela Delegação Norte. Infelizmente, não temos nenhum representante da CCAÇ 2549 na nossa Tabanca Grande.Foto: © Xico Allen / A. Marques Lopes (2007). Direitos reservados.Vasco Lourenço (n. 1942), comandante da CCAÇ 2549 (1969/71)(i) Nasceu em 19 de Junho de 1942, em Lousa (Castelo Branco).(ii) Ingressou na Academia Militar em 1960.(iii) Após o tirocínio na EPI em Mafra, foi colocado no RI2 em Abrantes (1964), onde seria promovido a alferes.(iv) Voltando à EPI em 1965, onde foi instrutor do Curso de Oficiais Milicianos (COM), foi transferido nesse mesmo ano para o RI5, nas Caldas da Rainha.(v) Promovido a tenente (1966) e a capitão (1968), é mobilizado para a Guiné.(vi) Na Guiné, comanda a CCAÇ 2549, integrada no BCAÇ 2879, nos anos de 1969/71.(vii) Regressado da Guiné, foi colocado no BC5 em Lisboa.(viii) Daí foi para o BRT onde adquiriu a especialidade de Criptólogo, em 1972.(ix) Fundador do Movimento dos Capitães, coordenou a organização da sua primeira reunião, em 9 de Setembro de 1973.(x) Membro da Direcção do Movimento dos Capitães e do Movimento das Forças Armadas (juntamente com Vítor Alves e Otelo Saraiva de Carvalho), onde era responsável pela ligação interna e pela área operacional.(xi) Em 25 de Abril de 1974 encontrava-se colocado no QG da Zona Militar dos Açores, para onde seguira em 15 de Março desse ano, depois de um conturbado processo, que incluiu a oposição do Movimento dos Capitães à sua transferência, a simulação do seu rapto, a sua entrega às autoridades militares e a sua prisão na Casa de Reclusão da Trafaria (10 a 15 de Março).(xii) Membro da Comissão Coordenadora do Programa do MFA; membro do Conselho de Estado; membro do Conselho dos 20; membro do Conselho da Revolução, durante toda a sua vigência, onde desempenhou a função de moderador das suas reuniões.(xiii) Para além disso, foi também membro do Conselho da Arma de Infantaria.(xiv) Desempenhou as funções de Porta-voz do Conselho de Estado, da Assembleia do Exército, da Assembleia do MFA, do Conselho dos 20 e do Conselho da Revolução.(xv) Foi o primeiro subscritor do Documento dos Nove, em Agosto de 1975.(xvi) Membro das Comissões que elaboraram os dois pactos MFA – Partidos.(xvii) A sua nomeação para comandar a Região Militar de Lisboa desencadearia o 25 de Novembro de 1975.(xviii) Manteve-se como Governador Militar de Lisboa e Comandante da Região Militar de Lisboa, de Novembro de 1975 a Abril de 1978 (para o efeito foi graduado em brigadeiro, 27 de Novembro de 1975, e em general, 11 de Agosto de 1976).(xix) Nos finais de 1982, terminado o período de transição e extinto o Conselho da Revolução, regressou ao Exército, como major e foi colocado na Cheret, onde foi promovido a tenente-coronel (1984).(xx) A seu pedido, passou à reserva em 1987; face à posterior alteração da legislação foi passado à reforma em 1994; ao abrigo da lei nº 43/99, foi promovido a coronel, em Abril de 2002, com antiguidade de 1990.(xxi) Presidente da Comissão Organizadora do 25 de Abril – Dia da Liberdade, em 1979.(xxii) Presidente da Comissão Instaladora da Associação 25 de Abril.(xxiii) Obteve o curso de Defesa Nacional, em 1981.(xxiv) Foi membro da Comissão Executiva das Comemorações Oficiais do 25º aniversário do 25 de Abril.(xxv) É autor de dois livros: (i) No Regresso Vinham Todos (conta a experiência da guerra colonial na Guiné, em co-autoria com vários militares da CCAÇ 2549); (ii) MFA – Rosto do Povo (entrevista sobre o 25 de Abril de 1974, feita em princípios de 1975). (1)(xxvi) Possui várias condecorações, de que se destacam a grã-cruz da Ordem da Liberdade e a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique.(xxvii) É casado e tem uma filha.(xxviii) Presidente da Direcção da Associação 25 de Abril (desde a sua fundação em Outubro de 1982).Fonte: Adapt. de Avenida da Liberdade > Vasco Lourenço (com a devida vénia...)Vd. também:Dossiê Expresso 25 de Abril > O puro dos puros, texto de Clara Ferreira Alves___________Nota dos editores(1) Vd. post de 12 Julho 2005 > Guiné 69/71 - CV: Bibliografia de uma guerra (1) (Jorge Santos)(...) Título: No Regresso Vinham Todos. Autor: Vasco Lourenço.Editor: Editorial Notícias.Ano: 1978.Resumo:Mais do que a narração da guerra, este livro, escrito por um dos capitães de Abril, descreve-nos pequenos acontecimentos de uma comissão na guerra colonial, na Guiné (onde foi comandante da CCAÇ 2549), e sobretudo dá-nos conta das emoções, dos sentimentos, dos medos, dos passatempos, que passaram pela mente, pelo coração e pela vivência de um punhado de homens atirados para essa guerra.No Regresso Vinham Todos é bem um testemunho da forma como a guerra colonial se desenrolou. A maioria dos portugueses que a ela eram obrigados, faziam-na com a ideia fixa no regresso, sãos e salvos, e nunca com a convicção da sua justeza e da sua razão de ser.

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