NonioBlog: As "Mãos sujas" do jornal O JOGO

29-09-2009
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Escrevi aqui há dias que não voltaria a falar da "bola nacional". Pois e mantenho. Do que vou falar (isto é para os mais distraídos) é de ética, deontologia, jornalismo, rigor e das tão famosas manipulações de órgãos de Comunicação Social.
E não é por o tema das notícias ser uma modalidade desportiva, que a face do jornalismo no seu todo sai menos beliscada por "trabalhos" verdadeiramente vergonhosos e atentatórios da inteligencia como o que vi ontem no jornal O JOGO.
Ainda a propósito do tal jogo de futebol, uma série de "brincalhões" resolveu tentar inventar qualquer coisa em cima das imagens televisivas para provar que a bola não entrou na baliza.
De régua e esquadro, assassinaram a matemática, a geometria descritiva e chamaram de burros todos os que perderam tempo a olhar para aquilo. Quer para os "trabalhos" dos que tentavam provar que a bola estava dentro, quer para os que procuravam provar o contrário. Só valeu a pena porque, em alguns casos, o humor ou a estupidez do autor davam um certo ar cómico aos "desenhos".
Mas o pior não foi as brincadeiras que circularam na net. O pior de tudo foi alguma imprensa se ter dado ao ridículo de as reproduzir. O JOGO, em particular, cita vários desses disparates mas, ao contrário do que terão imaginado os próprios autores dos "bonecos", O JOGO dás-lhes credibilidade. Em particular a um deles.
Trata-se de um pequeno filme onde foi feito um trabalho de animação, mais ou menos rudimentar e de fraca qualidade. Se o virmos imagem a imagem acontecem coisas absolutamente contrárias às leis da física, como a bola tocar por duas vezes o solo, antes de prosseguir o seu caminho!
A esse trabalho de animação sem qualquer base de credibilidade, que O JOGO foi "buscar" (terá sido, ou terá sido o próprio jornal a colocá-lo??) à net, é chamado às páginas do jornal como se de algo científico se tratasse, chegando mesmo aquele jornal controlado por Oliveira e, claro, Pinto da Costa, que o filme "prova que a bola não entrou".
Mais grave, O JOGO faz de parvinhos e ignorantes os seus leitores, aludindo a uma tecnologia milagrosa (DivX) que permitiria um milagre que nem Bill Gates alguma vez conseguiria resolver informaticamente: dar profundidade real a imagens bi-dimensionais. Ora, para os que não sabem (e muitos dos que por aqui passam já sabem do que estou a falar), a tecnologia DivX é nem mais nem menos do que uma forma de codificar e descodificar imagens, permitindo o seu armazenamento, com boa resolução, sem perda de qualidade, e a sua posterior reprodução através de um leitor.
É muito usada para comprimir filmes de clubes de vídeo online ou pelos "piratas" dos filmes "sacados" da net.
Ou seja, em termos práticos, DivX (ver site oficial) nada tem a ver com este trabalhinho de animação que, conforme mostra o que mostra, poderia ter colocado a bola a dar sete pinchos dentro da baliza, a bater no rabo de Vítor Baia e a desaparecer de um momento para o outro.
A quem fez o trabalho, nota 1 de 0 a 20, pois é de fraquíssima qualidade.
A O JOGO, por ter tentado enganar os leitores de forma tão absurdamente idiota, nota 0.
É pena que a Alta Autoridade para a Comunicação Social não se tenha ontem entretido, além de ouvir Ministros, a tratar de tão escandalosos ataques ao jornalismo e à informação que diários como O JOGO continuam a cometer, sem escrúpulos, sem respeito, sem rigor, sem dignidade para continuarem a ser publicados. Afinal, e esta foi a maior das verdades que neste processo se disse, "não é só o futebol que aqui está em causa. É de dinheiro que se fala". Muito dinheiro mesmo se ganha e se perde, quando as mãos sujas de alguém deixam escapar uma bola que entrou... mas não podia ter entrado.


Escrevi aqui há dias que não voltaria a falar da "bola nacional". Pois e mantenho. Do que vou falar (isto é para os mais distraídos) é de ética, deontologia, jornalismo, rigor e das tão famosas manipulações de órgãos de Comunicação Social.
E não é por o tema das notícias ser uma modalidade desportiva, que a face do jornalismo no seu todo sai menos beliscada por "trabalhos" verdadeiramente vergonhosos e atentatórios da inteligencia como o que vi ontem no jornal O JOGO.
Ainda a propósito do tal jogo de futebol, uma série de "brincalhões" resolveu tentar inventar qualquer coisa em cima das imagens televisivas para provar que a bola não entrou na baliza.
De régua e esquadro, assassinaram a matemática, a geometria descritiva e chamaram de burros todos os que perderam tempo a olhar para aquilo. Quer para os "trabalhos" dos que tentavam provar que a bola estava dentro, quer para os que procuravam provar o contrário. Só valeu a pena porque, em alguns casos, o humor ou a estupidez do autor davam um certo ar cómico aos "desenhos".
Mas o pior não foi as brincadeiras que circularam na net. O pior de tudo foi alguma imprensa se ter dado ao ridículo de as reproduzir. O JOGO, em particular, cita vários desses disparates mas, ao contrário do que terão imaginado os próprios autores dos "bonecos", O JOGO dás-lhes credibilidade. Em particular a um deles.
Trata-se de um pequeno filme onde foi feito um trabalho de animação, mais ou menos rudimentar e de fraca qualidade. Se o virmos imagem a imagem acontecem coisas absolutamente contrárias às leis da física, como a bola tocar por duas vezes o solo, antes de prosseguir o seu caminho!
A esse trabalho de animação sem qualquer base de credibilidade, que O JOGO foi "buscar" (terá sido, ou terá sido o próprio jornal a colocá-lo??) à net, é chamado às páginas do jornal como se de algo científico se tratasse, chegando mesmo aquele jornal controlado por Oliveira e, claro, Pinto da Costa, que o filme "prova que a bola não entrou".
Mais grave, O JOGO faz de parvinhos e ignorantes os seus leitores, aludindo a uma tecnologia milagrosa (DivX) que permitiria um milagre que nem Bill Gates alguma vez conseguiria resolver informaticamente: dar profundidade real a imagens bi-dimensionais. Ora, para os que não sabem (e muitos dos que por aqui passam já sabem do que estou a falar), a tecnologia DivX é nem mais nem menos do que uma forma de codificar e descodificar imagens, permitindo o seu armazenamento, com boa resolução, sem perda de qualidade, e a sua posterior reprodução através de um leitor.
É muito usada para comprimir filmes de clubes de vídeo online ou pelos "piratas" dos filmes "sacados" da net.
Ou seja, em termos práticos, DivX (ver site oficial) nada tem a ver com este trabalhinho de animação que, conforme mostra o que mostra, poderia ter colocado a bola a dar sete pinchos dentro da baliza, a bater no rabo de Vítor Baia e a desaparecer de um momento para o outro.
A quem fez o trabalho, nota 1 de 0 a 20, pois é de fraquíssima qualidade.
A O JOGO, por ter tentado enganar os leitores de forma tão absurdamente idiota, nota 0.
É pena que a Alta Autoridade para a Comunicação Social não se tenha ontem entretido, além de ouvir Ministros, a tratar de tão escandalosos ataques ao jornalismo e à informação que diários como O JOGO continuam a cometer, sem escrúpulos, sem respeito, sem rigor, sem dignidade para continuarem a ser publicados. Afinal, e esta foi a maior das verdades que neste processo se disse, "não é só o futebol que aqui está em causa. É de dinheiro que se fala". Muito dinheiro mesmo se ganha e se perde, quando as mãos sujas de alguém deixam escapar uma bola que entrou... mas não podia ter entrado.

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