PUXAPALAVRA: Boa Moeda

19-07-2005
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Boa Moeda

Reporto-me ao Diário de Notícias de hoje. "Para os sindicatos, o que está em causa é "nivelamento por baixo" e "um ataque aos mesmos trabalhadores de sempre"".

Não se estava à espera que os sindicatos aplaudissem, até por que têm algumas razões (era necessário obrigar as grandes fortunas e os muito altos rendimentos a "pagar" mais) mas eles vão seguramente reagir também para defender interesses ilegítimos, mesmo que não muito grandes, e privilégios injustificáveis. "Nivelar por baixo"? Mas propõem nivelar por cima? Acabar com as pensões vitalícias de titulares de cargos políticos é, mais que uma medida de poupança, uma medida higiénica de credibilização da classe política.

Uniformizar o tratamento dos funcionários da Administração Pública (AP) com os do sector privado, acabar com um número indiscriminado de pequenas ou grandes privilégios e tratamentos de excepção merece todo o aplauso.

O Senhor Antunes, meu vizinho, quando se reformou, se fosse funcionário público a sua reforma teria sido o dobro da que lhe foi atribuída de acordo com o regime geral da Segurança Social.

Sei porque o ajudei, com o apoio de um especialista da Segurança Social, a fazer cálculos e opções. O dobro! Não é engano.

E não é de espantar. É que pensão de funcionário público (os que entraram antes de 1993) é 100% do último salário, ao fim de 36 anos de trabalho e ao atingir os 60 anos de idade e o dos portugueses de segunda é 80% dos melhores 10 anos dos últimos 15, após 40 anos de trabalho e só ao atingir 65 anos.

Boa Moeda

Reporto-me ao Diário de Notícias de hoje. "Para os sindicatos, o que está em causa é "nivelamento por baixo" e "um ataque aos mesmos trabalhadores de sempre"".

Não se estava à espera que os sindicatos aplaudissem, até por que têm algumas razões (era necessário obrigar as grandes fortunas e os muito altos rendimentos a "pagar" mais) mas eles vão seguramente reagir também para defender interesses ilegítimos, mesmo que não muito grandes, e privilégios injustificáveis. "Nivelar por baixo"? Mas propõem nivelar por cima? Acabar com as pensões vitalícias de titulares de cargos políticos é, mais que uma medida de poupança, uma medida higiénica de credibilização da classe política.

Uniformizar o tratamento dos funcionários da Administração Pública (AP) com os do sector privado, acabar com um número indiscriminado de pequenas ou grandes privilégios e tratamentos de excepção merece todo o aplauso.

O Senhor Antunes, meu vizinho, quando se reformou, se fosse funcionário público a sua reforma teria sido o dobro da que lhe foi atribuída de acordo com o regime geral da Segurança Social.

Sei porque o ajudei, com o apoio de um especialista da Segurança Social, a fazer cálculos e opções. O dobro! Não é engano.

E não é de espantar. É que pensão de funcionário público (os que entraram antes de 1993) é 100% do último salário, ao fim de 36 anos de trabalho e ao atingir os 60 anos de idade e o dos portugueses de segunda é 80% dos melhores 10 anos dos últimos 15, após 40 anos de trabalho e só ao atingir 65 anos.

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