Adepto de Bancada

08-06-2005
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Adepto de Bancada

Tuesday, July 22, 2003

PINTO DA COSTA E A SUCESSÃO... – O presidente do FC Porto concedeu ontem uma entrevista ao Jogo, em que deixa no ar a hipótese de abandonar, a curto prazo, a presidência dos dragões.

Diz Pinto da Costa, e cito: “Mourinho é o último técnico que contratei”. A isto, acrescenta que, em troca da contratação de Benni McCarthy, ele prometeu-lhe que conquistaria novo pentacampeonato. O problema assenta na grande qualidade do treinador português, que muito dificilmente continuará mais quatro anos nas Antas (quanto a mim, acho até que vai sair já no final desta época). Ora, o que isto parece concluir, é que se Mourinho sair, Pinto da Costa também sai, possivelmente a curto prazo. O presidente portista já tinha deixado no ar essa possibilidade em recentes entrevistas, isto porque entende que, com o novo estádio pronto, a sua obra está concluída com “chave-d’ouro”.

Por outro lado, é verdade que, já em situações anteriores, o mesmo Pinto da Costa prometera a saída, mas voltara sempre atrás. E, como dizia Pimenta Machado, “o que hoje é verdade, amanhã é mentira”. É difícil entender o FC Porto sem Pinto da Costa e Pinto da Costa sem o FC Porto. São indivisíveis, e o presidente parece daqueles que só sai quando morrer. No entanto, o desgaste é imenso, a obra está feita, e, se já tiver encontrado um substituto à altura, Pinto da Costa pode entender que esta é a altura exacta para se reformar.

Ora, quanto à sucessão, lembramo-nos logo de dois nomes, curiosamente dois antigos futebolistas, figuras marcantes na história do clube: Fernando Gomes, ligado a José Veiga (ou seja, o que lhe dá poucas hipóteses), e António Oliveira, cuja empresa detém forte participação na SAD portista. Aliás, não é estranho que o segundo seja o novo presidente do Penafiel. Parece-me claro que o ex-seleccionador (que, a conselho médico, deixou a carreira de treinador) está a fazer um tirocínio em Penafiel, “treinando” até chegar a oportunidade de substituir Pinto da Costa no FC Porto.

Já dentro da actual estrutura portista, há dois nomes fortes, Reinaldo Teles e Fernando Gomes. O primeiro é um número dois eficaz e trabalhador, mas não tem qualidade suficiente para ser o líder. Já Fernando Gomes tem vindo a subir degraus e, nos últimos tempos, tem estado envolvido directamente em muitos negócios importantes, o que revela a confiança que Pinto da Costa já tem nele, depois dos anos perdidos com Adelino Caldeira e Angelino Ferreira, autores de contratações pouco lembradas na Torre das Antas.

O final desta época poderá ser um momento importante na vida do clube azul-e-branco. Se Mourinho sair, será que Pinto da Costa o acompanha?

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Tuesday, July 22, 2003

PINTO DA COSTA E A SUCESSÃO... – O presidente do FC Porto concedeu ontem uma entrevista ao Jogo, em que deixa no ar a hipótese de abandonar, a curto prazo, a presidência dos dragões.

Diz Pinto da Costa, e cito: “Mourinho é o último técnico que contratei”. A isto, acrescenta que, em troca da contratação de Benni McCarthy, ele prometeu-lhe que conquistaria novo pentacampeonato. O problema assenta na grande qualidade do treinador português, que muito dificilmente continuará mais quatro anos nas Antas (quanto a mim, acho até que vai sair já no final desta época). Ora, o que isto parece concluir, é que se Mourinho sair, Pinto da Costa também sai, possivelmente a curto prazo. O presidente portista já tinha deixado no ar essa possibilidade em recentes entrevistas, isto porque entende que, com o novo estádio pronto, a sua obra está concluída com “chave-d’ouro”.

Por outro lado, é verdade que, já em situações anteriores, o mesmo Pinto da Costa prometera a saída, mas voltara sempre atrás. E, como dizia Pimenta Machado, “o que hoje é verdade, amanhã é mentira”. É difícil entender o FC Porto sem Pinto da Costa e Pinto da Costa sem o FC Porto. São indivisíveis, e o presidente parece daqueles que só sai quando morrer. No entanto, o desgaste é imenso, a obra está feita, e, se já tiver encontrado um substituto à altura, Pinto da Costa pode entender que esta é a altura exacta para se reformar.

Ora, quanto à sucessão, lembramo-nos logo de dois nomes, curiosamente dois antigos futebolistas, figuras marcantes na história do clube: Fernando Gomes, ligado a José Veiga (ou seja, o que lhe dá poucas hipóteses), e António Oliveira, cuja empresa detém forte participação na SAD portista. Aliás, não é estranho que o segundo seja o novo presidente do Penafiel. Parece-me claro que o ex-seleccionador (que, a conselho médico, deixou a carreira de treinador) está a fazer um tirocínio em Penafiel, “treinando” até chegar a oportunidade de substituir Pinto da Costa no FC Porto.

Já dentro da actual estrutura portista, há dois nomes fortes, Reinaldo Teles e Fernando Gomes. O primeiro é um número dois eficaz e trabalhador, mas não tem qualidade suficiente para ser o líder. Já Fernando Gomes tem vindo a subir degraus e, nos últimos tempos, tem estado envolvido directamente em muitos negócios importantes, o que revela a confiança que Pinto da Costa já tem nele, depois dos anos perdidos com Adelino Caldeira e Angelino Ferreira, autores de contratações pouco lembradas na Torre das Antas.

O final desta época poderá ser um momento importante na vida do clube azul-e-branco. Se Mourinho sair, será que Pinto da Costa o acompanha?

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