Jangada de Pedra: Homenagem a Manuel Gusmão

27-06-2009
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Homenagem a Manuel Gusmãoe lançamento do seu mais recente livroA Terceira MãoNo próximo dia 4 de Abril, às 18h30, na Sala Carlos Paredes, na Sociedade Portuguesa de Autores, Rua Gonçalves Crespo 62, em Lisboa.Oradores Convidados: António Guerreiro, Fernando Cabral Martins, Gustavo Rubim, Helena Carvalhão Buescu, Kelly Basílio e Paula Morão.Fica aqui o registo de um poema de Manuel Gusmão, do livro «Mapas / O assombro A sombra»:a mão escreve na mente: a flechaque viaja no papel a rosa dos ventos:a clave do sol; la clef des jardins;a chave como um comboio de criançapassando num pátio com palmeira, entreo crepúsculo branco e a manhã vermelha;a cidade crescera como os arcos das ondasao encontro das aéreas construções das nuvens;a meio caminho triângulos acesos ondeavame a terra recordava-se murmurantedas raízes das árvores eléctricasem cujos ramos brilhavam os peixesprofundos.Nem com setas habitarias tal pátriae por isso as pões na pintura que delirae desenhas uma fairy queen: um cantoárabe uma princesa árabe escrita em sarapilheirae aureolada pelo napalm; a floresta em construçãomultiplica a lua cheia pelas paliçadas lacustres;os barcos navegam uma noite brancaque se ergue como um monte iluminadopor monstruosas flores irregularesem cruz e em espiral à tua espera


Homenagem a Manuel Gusmãoe lançamento do seu mais recente livroA Terceira MãoNo próximo dia 4 de Abril, às 18h30, na Sala Carlos Paredes, na Sociedade Portuguesa de Autores, Rua Gonçalves Crespo 62, em Lisboa.Oradores Convidados: António Guerreiro, Fernando Cabral Martins, Gustavo Rubim, Helena Carvalhão Buescu, Kelly Basílio e Paula Morão.Fica aqui o registo de um poema de Manuel Gusmão, do livro «Mapas / O assombro A sombra»:a mão escreve na mente: a flechaque viaja no papel a rosa dos ventos:a clave do sol; la clef des jardins;a chave como um comboio de criançapassando num pátio com palmeira, entreo crepúsculo branco e a manhã vermelha;a cidade crescera como os arcos das ondasao encontro das aéreas construções das nuvens;a meio caminho triângulos acesos ondeavame a terra recordava-se murmurantedas raízes das árvores eléctricasem cujos ramos brilhavam os peixesprofundos.Nem com setas habitarias tal pátriae por isso as pões na pintura que delirae desenhas uma fairy queen: um cantoárabe uma princesa árabe escrita em sarapilheirae aureolada pelo napalm; a floresta em construçãomultiplica a lua cheia pelas paliçadas lacustres;os barcos navegam uma noite brancaque se ergue como um monte iluminadopor monstruosas flores irregularesem cruz e em espiral à tua espera

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