antologia do esquecimento: SOU SNOB

01-10-2009
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Sou snobSou snobÉ realmente o único defeito que suportoExige meses de fossangaE uma vida de forçadoMas quando saio de braço dadoFico orgulhoso do resultadoSou snobSou snobComo todos os meus amigosSomos snobes e é lindoVolta 1Camisas de organdiSapatos de zebuGravata de ItáliaUm velho fato traçadoUm rubi no dedoDo pé no outro nãoAs unhas todas pretasE um lenço muito pequenoVou ao cinemaVer filmes suecosE entro no barPra beber whisky a fartarNão sofro do fígadoIsso já não se usaTenho umaÚlceraÉ menos banal e mais caroRefrão 2Sou snobSou snobChamo-me François mas diz-se BobCompro bilhetes para a ÓperaTodas as noites mas não ponho lá os pésSó frequento baronetasCom nomes como trombetasSou snobSou snobE quando faço amorÉ em pêlo no corredorVolta 2Reunimo-nosEntre amigosTodas as quartas-feirasPara fazer festas de snobeiraHá cocaQue a gente detestaE camembertQue comemos à colherO meu apartamentoÉ realmente um encantoCom aquecimento a diamanteNada pode haver mais fumeganteTinha uma televisãoMas aborrecia-meVirei-aAo contrárioDo outro lado é fascinanteRefrão 3Sou snobSou snobTenho um guarda-roupa arrasanteTenho desastres de JaguarPasso o mês de Agosto no ninhoÉ em pequenos detalhes do géneroQue ou se é snob ou nãoSou snobSou snobE quando morrerQuero um sudário DiorBoris Vian, in Canções e Poemas, trad. Irene Freire Nunes e Fernando Cabral Martins, Assírio & Alvim, Junho de 1997, pp. 43-47.


Sou snobSou snobÉ realmente o único defeito que suportoExige meses de fossangaE uma vida de forçadoMas quando saio de braço dadoFico orgulhoso do resultadoSou snobSou snobComo todos os meus amigosSomos snobes e é lindoVolta 1Camisas de organdiSapatos de zebuGravata de ItáliaUm velho fato traçadoUm rubi no dedoDo pé no outro nãoAs unhas todas pretasE um lenço muito pequenoVou ao cinemaVer filmes suecosE entro no barPra beber whisky a fartarNão sofro do fígadoIsso já não se usaTenho umaÚlceraÉ menos banal e mais caroRefrão 2Sou snobSou snobChamo-me François mas diz-se BobCompro bilhetes para a ÓperaTodas as noites mas não ponho lá os pésSó frequento baronetasCom nomes como trombetasSou snobSou snobE quando faço amorÉ em pêlo no corredorVolta 2Reunimo-nosEntre amigosTodas as quartas-feirasPara fazer festas de snobeiraHá cocaQue a gente detestaE camembertQue comemos à colherO meu apartamentoÉ realmente um encantoCom aquecimento a diamanteNada pode haver mais fumeganteTinha uma televisãoMas aborrecia-meVirei-aAo contrárioDo outro lado é fascinanteRefrão 3Sou snobSou snobTenho um guarda-roupa arrasanteTenho desastres de JaguarPasso o mês de Agosto no ninhoÉ em pequenos detalhes do géneroQue ou se é snob ou nãoSou snobSou snobE quando morrerQuero um sudário DiorBoris Vian, in Canções e Poemas, trad. Irene Freire Nunes e Fernando Cabral Martins, Assírio & Alvim, Junho de 1997, pp. 43-47.

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