Lisboa no Guiness

14-05-2007
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José Maria Viana Dionísio nasceu em Lisboa, a 6 de Dezembro 1922.

Após a instrução primária, frequentou a Escola Industrial Machado de Castro mas não chegou a acabar nenhum curso.

Desde muito jovem que demonstrou aptidão e jeito para desenhar , aos 13 anos, já desenhava para o «Jornal O Senhor Doutor», o suplemento de «O Século», «Pim Pam Pum» e a fazer capas para o «O Papagaio».

O primeiro emprego foi como retocador de gravura, na Casa Bertrand & Irmãos.

Também desde muito cedo se sente atraído pela música do swing e do jazz, passa também a cantar integrado em conjuntos musicais que animam nas colectividades populares de cultura e recreio, posteriormente canta em recintos nocturnos, mas como segunda ocupação.

Continua a sua profissão de desenhador, até que é convidado como publicista de cinema, para a Sonoro Filmes.

De espírito criativo e ávido de inovações, passa a frequentar a Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, colaborando na pintura de cenários, na época em que por lá estavam o Jacinto Ramos, Varela Silva, Raúl Solnado, etc.

Estreia-se como actor amador, em obras de Gil Vicente, Alves Redol, e outros.

Estreia-se na RTP com o programa «Riscos e Gatafunhos» e depois «Melodias de Sempre», programas que lhe dão grande notoriedade.

Esteve no Teatro de Gerifalto, e também Teatro ABC (Vinho Novo), pela mão do empresário José Miguel .

Estreia-se como autor, ao lado de Nelson Barros em 1959 na revista «Mulheres à Vista», e destaca-se na rábula «Inimigo de Lisboa». Em 1963, encena pela primeira vez uma revista, «Elas São o Espectáculo», seguindo-se outro sucesso com «Embaixador do Fado».

Nas andanças do teatro de revista, conhece uma actriz brasileira Jújú Batista, que lhe dá uma filha, a Maria.

Passados alguns anos José Viana conhece Dora Leal, com quem contracena e passa a ser sua companheira de que resultam duas filhas (a Maria Raquel e a Madalena Leal).

Em meados da década de 60, José Viana atinge o auge da sua carreira, na Empresa de Guiseppe Bastos e Vasco Morgado, então no Maria Vitória.

O «Zé Cacilheiro» surge em 1966, em «Zero, Zero, Zero - Ordem para Matar» que teve um êxito estrondoso, o tema foi gravado em disco e muito solicitado nas rádios de então.

Outras rábulas merecem destaque como «Carlos dos Jornais» e «Catedrático do Fado em Grande Poeta é o Zé», 1968; «O Zé Povinho vai ao Médico»; em «Mãos à Obra», 1969; «Sinaleiro de Liberdade», em «Esperteza Saloia»; 1969; «Chefe de Cozinha do Hotel Portugal», em «Pimenta na Língua», 1970; «O Zé Povinho no Frente a Frente da TV em Cala-te Boca!», em 1971 ou «Miss Chalada,» em «Ora Bolas para o Pagode», em 1972.

José Viana e Dora Leal após os acontecimento pós-25 de Abril de 1974, (José Viana referenciado com o PCP), voltam ao Parque Mayer, em Festa no Parque, corria o ano de 1987, mas sem grande aceitação popular.

No cinema, José Viana teve algumas participações, em pequenos papéis como em O «Cerro dos Enforcados», de Fernando Garcia (1953) e «Perdeu-se um Marido», de Henrique Campos (1956) mas foi em «O Recado» (1972), de José Fonseca e Costa, a «A Fuga» (1976), de Luís Filipe Rocha, «A Ilha» (1990), de Joaquim Leitão, e «O Fim do Mundo» (1992), de João Mário Grilo, que o seu talento é mais reconhecido.

Faleceu em Lisboa no dia 8 de Janeiro de 2003

©Vitor Duarte Marceneiro

José Viana canta: Zé Cacilheiro

Conteúdo não suportado.

ZÉ CACILHEIRO

Autores: César de Oliveira

Paulo da Fonseca/Carlos Dias

Quando eu era rapazote

Levei comigo no bote

Uma varina atrevida

Manobrei e gostei dela

E lá me atraquei a ela

P’ró resto da minha vida

Às vezes uma pessoa

A saudade não perdoa

Faz bater o coração

Mas tenho grande vaidade

Em viver a mocidade

Dentro desta geração

Refrão

Sou marinheiro

Deste velho cacilheiro

Dedicado companheiro

Pequeno berço do povo

E navegando

A idade foi chegando

O cabelo branqueando

Mas o Tejo é sempre novo

Todos moram numa rua

A que chamam sempre sua

Mas eu cá não os invejo

O meu bairro é sobre as águas

Que cantam as sua mágoas

E a minha rua é o Tejo

Certa noite de luar

Vinha eu a navegar

E de pé, junto da proa

Eu vi, ou então sonhei

Que os braços do Cristo-Rei

Estavam a abraçar Lisboa

Refrão

José Maria Viana Dionísio nasceu em Lisboa, a 6 de Dezembro 1922.

Após a instrução primária, frequentou a Escola Industrial Machado de Castro mas não chegou a acabar nenhum curso.

Desde muito jovem que demonstrou aptidão e jeito para desenhar , aos 13 anos, já desenhava para o «Jornal O Senhor Doutor», o suplemento de «O Século», «Pim Pam Pum» e a fazer capas para o «O Papagaio».

O primeiro emprego foi como retocador de gravura, na Casa Bertrand & Irmãos.

Também desde muito cedo se sente atraído pela música do swing e do jazz, passa também a cantar integrado em conjuntos musicais que animam nas colectividades populares de cultura e recreio, posteriormente canta em recintos nocturnos, mas como segunda ocupação.

Continua a sua profissão de desenhador, até que é convidado como publicista de cinema, para a Sonoro Filmes.

De espírito criativo e ávido de inovações, passa a frequentar a Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, colaborando na pintura de cenários, na época em que por lá estavam o Jacinto Ramos, Varela Silva, Raúl Solnado, etc.

Estreia-se como actor amador, em obras de Gil Vicente, Alves Redol, e outros.

Estreia-se na RTP com o programa «Riscos e Gatafunhos» e depois «Melodias de Sempre», programas que lhe dão grande notoriedade.

Esteve no Teatro de Gerifalto, e também Teatro ABC (Vinho Novo), pela mão do empresário José Miguel .

Estreia-se como autor, ao lado de Nelson Barros em 1959 na revista «Mulheres à Vista», e destaca-se na rábula «Inimigo de Lisboa». Em 1963, encena pela primeira vez uma revista, «Elas São o Espectáculo», seguindo-se outro sucesso com «Embaixador do Fado».

Nas andanças do teatro de revista, conhece uma actriz brasileira Jújú Batista, que lhe dá uma filha, a Maria.

Passados alguns anos José Viana conhece Dora Leal, com quem contracena e passa a ser sua companheira de que resultam duas filhas (a Maria Raquel e a Madalena Leal).

Em meados da década de 60, José Viana atinge o auge da sua carreira, na Empresa de Guiseppe Bastos e Vasco Morgado, então no Maria Vitória.

O «Zé Cacilheiro» surge em 1966, em «Zero, Zero, Zero - Ordem para Matar» que teve um êxito estrondoso, o tema foi gravado em disco e muito solicitado nas rádios de então.

Outras rábulas merecem destaque como «Carlos dos Jornais» e «Catedrático do Fado em Grande Poeta é o Zé», 1968; «O Zé Povinho vai ao Médico»; em «Mãos à Obra», 1969; «Sinaleiro de Liberdade», em «Esperteza Saloia»; 1969; «Chefe de Cozinha do Hotel Portugal», em «Pimenta na Língua», 1970; «O Zé Povinho no Frente a Frente da TV em Cala-te Boca!», em 1971 ou «Miss Chalada,» em «Ora Bolas para o Pagode», em 1972.

José Viana e Dora Leal após os acontecimento pós-25 de Abril de 1974, (José Viana referenciado com o PCP), voltam ao Parque Mayer, em Festa no Parque, corria o ano de 1987, mas sem grande aceitação popular.

No cinema, José Viana teve algumas participações, em pequenos papéis como em O «Cerro dos Enforcados», de Fernando Garcia (1953) e «Perdeu-se um Marido», de Henrique Campos (1956) mas foi em «O Recado» (1972), de José Fonseca e Costa, a «A Fuga» (1976), de Luís Filipe Rocha, «A Ilha» (1990), de Joaquim Leitão, e «O Fim do Mundo» (1992), de João Mário Grilo, que o seu talento é mais reconhecido.

Faleceu em Lisboa no dia 8 de Janeiro de 2003

©Vitor Duarte Marceneiro

José Viana canta: Zé Cacilheiro

Conteúdo não suportado.

ZÉ CACILHEIRO

Autores: César de Oliveira

Paulo da Fonseca/Carlos Dias

Quando eu era rapazote

Levei comigo no bote

Uma varina atrevida

Manobrei e gostei dela

E lá me atraquei a ela

P’ró resto da minha vida

Às vezes uma pessoa

A saudade não perdoa

Faz bater o coração

Mas tenho grande vaidade

Em viver a mocidade

Dentro desta geração

Refrão

Sou marinheiro

Deste velho cacilheiro

Dedicado companheiro

Pequeno berço do povo

E navegando

A idade foi chegando

O cabelo branqueando

Mas o Tejo é sempre novo

Todos moram numa rua

A que chamam sempre sua

Mas eu cá não os invejo

O meu bairro é sobre as águas

Que cantam as sua mágoas

E a minha rua é o Tejo

Certa noite de luar

Vinha eu a navegar

E de pé, junto da proa

Eu vi, ou então sonhei

Que os braços do Cristo-Rei

Estavam a abraçar Lisboa

Refrão

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