Bússola

15-02-2008
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Vai amanhã a enterrar o dr. Fernando Cabral, ilustre portuense e portista. Há quem diga que foi o pior presidente da Câmara do Porto depois do 25 de Abril, o que humildemente me parece uma coisa sem sentido. Até porque quem o diz defende que ele não gastou o dinheiro que tinha. Mas foi ele, por exemplo, que começou a Via de Cintura Interna e foi, é verdade, responsável por ter deixado algum dinheiro que permitiu alguns brilharetes de Fernando Gomes, que lhe sucedeu no cargo.

Fernando Cabral foi jornalista, foi advogado, foi vice-presidente do FC Porto, foi militante e dirigente do PSD e foi presidente da Câmara - diz o JN de hoje, pela pena do Jorge Vilas, e eu nem me lembrava, que foi ele que comprou o Teatro Rivoli para a CM Porto. Além disso foi um homem simples e bom, amigo do seu amigo, sempre pronto para uma cavaqueira sobre o Porto de que ele tanto gostava. Cheguei a conhecê-lo nas minhas vidas jornalísticas e fiquei sem dúvidas de que se tratava de um portuense dos sete costados e de um homem com visão.

Na Câmara teve também um período de grandes lutas com a EDP.que pretendia aumentar as tarifas e reaver créditos sem olhas às condições que o fazia. E Cabral foi duro, chegou mesmo à ruptura com o seu partido.

Creio que, profissionalmente, Fernando Cabral começou por ser jornalista, no extinto Diário do Norte. Essa era outra faceta que gostava de relembrar e que, acho eu, lhe permitia facilmente perceber o fluir do mundo com facilidade, estando atento a pormenores que ditam as mudanças. É indiscutivelmente, uma perda para a cidade e o Bússola faz bem, acho eu, em marcar também o passamento dos seus ilustres.

Manuel Queiroz

Vai amanhã a enterrar o dr. Fernando Cabral, ilustre portuense e portista. Há quem diga que foi o pior presidente da Câmara do Porto depois do 25 de Abril, o que humildemente me parece uma coisa sem sentido. Até porque quem o diz defende que ele não gastou o dinheiro que tinha. Mas foi ele, por exemplo, que começou a Via de Cintura Interna e foi, é verdade, responsável por ter deixado algum dinheiro que permitiu alguns brilharetes de Fernando Gomes, que lhe sucedeu no cargo.

Fernando Cabral foi jornalista, foi advogado, foi vice-presidente do FC Porto, foi militante e dirigente do PSD e foi presidente da Câmara - diz o JN de hoje, pela pena do Jorge Vilas, e eu nem me lembrava, que foi ele que comprou o Teatro Rivoli para a CM Porto. Além disso foi um homem simples e bom, amigo do seu amigo, sempre pronto para uma cavaqueira sobre o Porto de que ele tanto gostava. Cheguei a conhecê-lo nas minhas vidas jornalísticas e fiquei sem dúvidas de que se tratava de um portuense dos sete costados e de um homem com visão.

Na Câmara teve também um período de grandes lutas com a EDP.que pretendia aumentar as tarifas e reaver créditos sem olhas às condições que o fazia. E Cabral foi duro, chegou mesmo à ruptura com o seu partido.

Creio que, profissionalmente, Fernando Cabral começou por ser jornalista, no extinto Diário do Norte. Essa era outra faceta que gostava de relembrar e que, acho eu, lhe permitia facilmente perceber o fluir do mundo com facilidade, estando atento a pormenores que ditam as mudanças. É indiscutivelmente, uma perda para a cidade e o Bússola faz bem, acho eu, em marcar também o passamento dos seus ilustres.

Manuel Queiroz

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