Simonetta Vespucci era considerada a mulher mais bela de Florença. A sua beleza teve um impacto tão grande que, mesmo depois de morta, aos 23 anos de idade, continuou a ser pintada durante muitos anos.Ora bem, a deputada Fernanda Asseiceira está longe de ser a mulher mais bela de Portugal. Ou até longe de ser a mulher mais bela de Alcanena e arredores. Mas eu olho para o rosto dela e vejo qualquer coisa que me lembra a bela florentina. Não é bem parecida, é mais uma questão de gestalt. Consigo imaginar um pintor que, usando a deputada como modelo, conseguisse criar também uma espécie de beleza depurada e idealizada.Ora, essa é precisamente um dos méritos da arte. Conseguir, muitas vezes, retirar à pessoa as suas propriedades empíricas e mundanas e reduzi-la a um ideal. Simonetta Vespucci seria, com certeza, uma mulher normal. Com qualidades e defeitos. Mas a Simnetta que ficou foi a Simonetta dos pintores, a Simonetta que eles conceberam e não a Simonetta real.É neste sentido que a deputada socialista Fernanda Asseiceira precisaria igualmente do seu pintor. Para que ficasse para a eternidade uma mulher idealizada e não a professora de uma escola de Torres Novas que, tornando-se deputada, se vendeu à vergonhosa e nojenta política educativa deste governo que, há anos, humilha e rouba a dignidade aos seus colegas de profissão, muitos dos quais a elegeram.
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Simonetta Vespucci era considerada a mulher mais bela de Florença. A sua beleza teve um impacto tão grande que, mesmo depois de morta, aos 23 anos de idade, continuou a ser pintada durante muitos anos.Ora bem, a deputada Fernanda Asseiceira está longe de ser a mulher mais bela de Portugal. Ou até longe de ser a mulher mais bela de Alcanena e arredores. Mas eu olho para o rosto dela e vejo qualquer coisa que me lembra a bela florentina. Não é bem parecida, é mais uma questão de gestalt. Consigo imaginar um pintor que, usando a deputada como modelo, conseguisse criar também uma espécie de beleza depurada e idealizada.Ora, essa é precisamente um dos méritos da arte. Conseguir, muitas vezes, retirar à pessoa as suas propriedades empíricas e mundanas e reduzi-la a um ideal. Simonetta Vespucci seria, com certeza, uma mulher normal. Com qualidades e defeitos. Mas a Simnetta que ficou foi a Simonetta dos pintores, a Simonetta que eles conceberam e não a Simonetta real.É neste sentido que a deputada socialista Fernanda Asseiceira precisaria igualmente do seu pintor. Para que ficasse para a eternidade uma mulher idealizada e não a professora de uma escola de Torres Novas que, tornando-se deputada, se vendeu à vergonhosa e nojenta política educativa deste governo que, há anos, humilha e rouba a dignidade aos seus colegas de profissão, muitos dos quais a elegeram.