Um Blog Tipo Assim,: Desastre Iniciático

06-10-2009
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Não eram fáceis as condições em que o PSD realizou o seu XXX Congresso, mas também não era caso para um fiasco tão grande. É certo que o líder já estava eleito e que isso retira algum interesse e calor ao debate, mas também não é menos verdade que havia uma quantidade de cargos, nomes e anúncios para gerir, pelo que, com um certo engenho, seria possível manter o suspense sem ser necessário cair no ridículo.Pois, Menezes não o conseguiu. Primeiro, colocou-se nas mãos de Santana Lopes sem qualquer tipo de explicação, permitindo que o pior Primeiro-Ministro de Portugal ditasse as regras de um relacionamento que o comum dos mortais nunca irá perceber. O dito "pacto institucional secreto", celebrado entre os dois, não foi nem secreto, já que apareceu em todos os jornais diários nacionais, nem institucional, uma vez que Santana não representa qualquer instituição, nem sequer partidária. Acrescentando o tabu da liderança parlamentar, temos o quadro completo de um desastre desnecessário. Valeu o facto de Santana não ter falado ao Congresso.Depois, temos o binómio tradição/mudança, que foi completamente esvaziado de dividendos políticos. Menezes aparecia como o homem da mudança, da nova geração, o anti-barões, o nortenho anti-elistista, mas comportou-se como o líder fraco e medroso que quer agradar a todos, que vai de Arlindo Cunha a Mendes Bota, de Zita Seabra a Feliciano Barreiras Duarte, de Duarte Lima a Mota Amaral. Ninguém pode fazer uma manta de retalhos tão grande e esperar que ela o proteja de todo o tipo de intempéries. No meio de toda esta salada, que são os homens de Menezes e o que estão eles dispostos a aguentar? Finalmente, temos os tristes episódios de Manuela Ferreira Leite e das votações para os órgãos nacionais. Quanto à Dra. Ferreira Leite, não percebo (e provavelmente nunca perceberei) tamanha vassalagem. A senhora tem direito a não dizer nada durante 20 minutos e a ser aplaudida de pé, merecendo depois um impulsivo convite público do líder, para depois vir dizer não com o mesmo ar compungido com que dita as contas do Orçamento de Estado. Já no que diz respeito à votação, ficou à vista que uma coisa é vencer as directas, outra completamente diferente é (continua a ser) vencer votações em Congresso. Por isso, há que tomar precauções e medir forças com antecedência. Menezes, por inaptidão ou porque é realmente diferente, preferiu passar a vergonha pública (e futuramente a dificuldade acrescida) de não dispor da maioria do Conselho Nacional do Partido, devido a uma lista encabeçada por Castro Almeida! (Quem?!! ouço perguntar, também não sei a resposta)


Não eram fáceis as condições em que o PSD realizou o seu XXX Congresso, mas também não era caso para um fiasco tão grande. É certo que o líder já estava eleito e que isso retira algum interesse e calor ao debate, mas também não é menos verdade que havia uma quantidade de cargos, nomes e anúncios para gerir, pelo que, com um certo engenho, seria possível manter o suspense sem ser necessário cair no ridículo.Pois, Menezes não o conseguiu. Primeiro, colocou-se nas mãos de Santana Lopes sem qualquer tipo de explicação, permitindo que o pior Primeiro-Ministro de Portugal ditasse as regras de um relacionamento que o comum dos mortais nunca irá perceber. O dito "pacto institucional secreto", celebrado entre os dois, não foi nem secreto, já que apareceu em todos os jornais diários nacionais, nem institucional, uma vez que Santana não representa qualquer instituição, nem sequer partidária. Acrescentando o tabu da liderança parlamentar, temos o quadro completo de um desastre desnecessário. Valeu o facto de Santana não ter falado ao Congresso.Depois, temos o binómio tradição/mudança, que foi completamente esvaziado de dividendos políticos. Menezes aparecia como o homem da mudança, da nova geração, o anti-barões, o nortenho anti-elistista, mas comportou-se como o líder fraco e medroso que quer agradar a todos, que vai de Arlindo Cunha a Mendes Bota, de Zita Seabra a Feliciano Barreiras Duarte, de Duarte Lima a Mota Amaral. Ninguém pode fazer uma manta de retalhos tão grande e esperar que ela o proteja de todo o tipo de intempéries. No meio de toda esta salada, que são os homens de Menezes e o que estão eles dispostos a aguentar? Finalmente, temos os tristes episódios de Manuela Ferreira Leite e das votações para os órgãos nacionais. Quanto à Dra. Ferreira Leite, não percebo (e provavelmente nunca perceberei) tamanha vassalagem. A senhora tem direito a não dizer nada durante 20 minutos e a ser aplaudida de pé, merecendo depois um impulsivo convite público do líder, para depois vir dizer não com o mesmo ar compungido com que dita as contas do Orçamento de Estado. Já no que diz respeito à votação, ficou à vista que uma coisa é vencer as directas, outra completamente diferente é (continua a ser) vencer votações em Congresso. Por isso, há que tomar precauções e medir forças com antecedência. Menezes, por inaptidão ou porque é realmente diferente, preferiu passar a vergonha pública (e futuramente a dificuldade acrescida) de não dispor da maioria do Conselho Nacional do Partido, devido a uma lista encabeçada por Castro Almeida! (Quem?!! ouço perguntar, também não sei a resposta)

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