O Pantera : «Portugueses recusam trabalhos»

30-09-2009
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A notícia que se segue estava em destaque no Portugal Diário, numa altura em se fala na precariedade dos trabalhos, fico a pensar se muitos consideram precario estar empregado?? Os portugueses têm que mudar a mentalidade é umas das afirmações, mas como é possível mudar-se a mentalidade quando se é diariamente bombardiado com revistas e hornais que fazem apologia aos empregos de luxo. As capas nas quais as milhares de relações públicas ganham rios de dinheiro por um trabalho ardúo comparecendo a eventos.
Não que um R.P. não tenha muito trabalho, mas é tão levianamente utilizada esta designação para descrever quem nada faz, que os verdadeiros profissionais ficam com a sua imagem ligada a um grupo de pessoas que nada tem a ver com esta área.
Mas é compreensivel que tantos queiram ser mediatiazados por acreditam que essa éa única forma de conseguirem evoluir profissionalmente.
«Portugueses recusam trabalhos»
20-01-2004 23:53
João Vasco Almeida
ENTREVISTA: Barreiras Duarte defende lei de imigração e pede mudança de mentalidades
O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Presidência, Feliciano Barreiras Duarte, defende que os imigrantes são «muito necessários» a Portugal.
Em entrevista ao PortugalDiário o responsável pela lei de imigração, conhecida esta segunda-feira, não tem dúvidas ao afirmar que «o que se passa hoje em Portugal e o fenómeno da imigração é o reverso do que se passou nos anos 50, 60 e 70, quando os portugueses emigraram» para ganhar a vida. Por isso, defende, «há que mudar mentalidades para receber os imigrantes e perceber que são essenciais a Portugal e à economia nacional», afirma.
Barreiras Duarte refuta a ideia de que, com cerca de 500 mil portugueses desempregados, criar mais seis mil «vagas» no país seja estar a tirar trabalho aos portugueses: «Precisamos de mais seis mil imigrantes como precisamos que os outros que cá estão entrem no mercado de trabalho. Por várias ordens de razões, das quais destaco duas: os imigrantes são vitais para o desenvolvimento do país e, no actual estado da sociedade portuguesa, são cada vez mais os cidadãos portugueses que não desejam fazer determinados trabalhos».
Barreiras Duarte sublinha ainda uma ideia forte: a de que os imigrantes em Portugal são os mesmo que os nossos emigrantes lá fora - trabalhadores e, acima de tudo, cidadãos do mundo.
Mas há mais razões: «A taxa de natalidade dos portugueses é baixa e vamos precisar de uma sociedade mais aberta, mais tolerante, com mais pessoas a contribuir», diz Barreiras Duarte ao PortugalDiário. O governante estima, segundo dados estatísticos, que o país perca um terço da sua população nos próximos anos e, por isso, só com cidadãos de outras nacionalidades se poderá equilibrar a balança entre os activos e os não-contribuintes.
Colocado perante a questão do proteccionismo dos empregos -i.e., se um emprego só deveria ser dado a um imigrante caso os portugueses o recusassem - Barreiras Duarte diz que «repudia a ideia»: Não faz sentido que os lugares sejam cativos para os portugueses. Veja o que aconteceria aos nossos compatriotas em França, na África do Sul, nos Estados Unidos, em tantos lugares, se uma medida dessas fosse tomada», dispara Barreiras Duarte, que conclui: «O objectivo é criar uma sociedade mais justa, mais equilibrada. Para os que cá estão e para os que procuram o nosso país».
in Portugal Diário

A notícia que se segue estava em destaque no Portugal Diário, numa altura em se fala na precariedade dos trabalhos, fico a pensar se muitos consideram precario estar empregado?? Os portugueses têm que mudar a mentalidade é umas das afirmações, mas como é possível mudar-se a mentalidade quando se é diariamente bombardiado com revistas e hornais que fazem apologia aos empregos de luxo. As capas nas quais as milhares de relações públicas ganham rios de dinheiro por um trabalho ardúo comparecendo a eventos.
Não que um R.P. não tenha muito trabalho, mas é tão levianamente utilizada esta designação para descrever quem nada faz, que os verdadeiros profissionais ficam com a sua imagem ligada a um grupo de pessoas que nada tem a ver com esta área.
Mas é compreensivel que tantos queiram ser mediatiazados por acreditam que essa éa única forma de conseguirem evoluir profissionalmente.
«Portugueses recusam trabalhos»
20-01-2004 23:53
João Vasco Almeida
ENTREVISTA: Barreiras Duarte defende lei de imigração e pede mudança de mentalidades
O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Presidência, Feliciano Barreiras Duarte, defende que os imigrantes são «muito necessários» a Portugal.
Em entrevista ao PortugalDiário o responsável pela lei de imigração, conhecida esta segunda-feira, não tem dúvidas ao afirmar que «o que se passa hoje em Portugal e o fenómeno da imigração é o reverso do que se passou nos anos 50, 60 e 70, quando os portugueses emigraram» para ganhar a vida. Por isso, defende, «há que mudar mentalidades para receber os imigrantes e perceber que são essenciais a Portugal e à economia nacional», afirma.
Barreiras Duarte refuta a ideia de que, com cerca de 500 mil portugueses desempregados, criar mais seis mil «vagas» no país seja estar a tirar trabalho aos portugueses: «Precisamos de mais seis mil imigrantes como precisamos que os outros que cá estão entrem no mercado de trabalho. Por várias ordens de razões, das quais destaco duas: os imigrantes são vitais para o desenvolvimento do país e, no actual estado da sociedade portuguesa, são cada vez mais os cidadãos portugueses que não desejam fazer determinados trabalhos».
Barreiras Duarte sublinha ainda uma ideia forte: a de que os imigrantes em Portugal são os mesmo que os nossos emigrantes lá fora - trabalhadores e, acima de tudo, cidadãos do mundo.
Mas há mais razões: «A taxa de natalidade dos portugueses é baixa e vamos precisar de uma sociedade mais aberta, mais tolerante, com mais pessoas a contribuir», diz Barreiras Duarte ao PortugalDiário. O governante estima, segundo dados estatísticos, que o país perca um terço da sua população nos próximos anos e, por isso, só com cidadãos de outras nacionalidades se poderá equilibrar a balança entre os activos e os não-contribuintes.
Colocado perante a questão do proteccionismo dos empregos -i.e., se um emprego só deveria ser dado a um imigrante caso os portugueses o recusassem - Barreiras Duarte diz que «repudia a ideia»: Não faz sentido que os lugares sejam cativos para os portugueses. Veja o que aconteceria aos nossos compatriotas em França, na África do Sul, nos Estados Unidos, em tantos lugares, se uma medida dessas fosse tomada», dispara Barreiras Duarte, que conclui: «O objectivo é criar uma sociedade mais justa, mais equilibrada. Para os que cá estão e para os que procuram o nosso país».
in Portugal Diário

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