isto tem dias: Ainda não somos iguais, temos pelo menos duzentos e tal euros de diferença!

02-10-2009
marcar artigo


Tenho uma amiga que faz o favor de me enviar os estudos do Economista Eugénio Rosa.Este é particularmente interessante, visa a descriminação de remunerações em Portugal, com base no sexo.O estudo mostra que o Eurofond acabou de publicar um estudo, efectuado em 28 países, onde Portugal se encontra no topo da lista.È claro que não é nada de bom, sempre que estamos no topo de uma lista é qualquer coisa de preocupante.Assim Portugal è o país, desse estudo, onde a discriminação de remunerações com base no género é maior, em média a remuneração feminina é inferior à masculina em 25,4%.Mais a discriminação remuneratória aumenta sempre quanto mais é elevada a escolaridade na mulher, ou a sua qualificação.Assim nos “Quadros Superiores”, as mulheres ganham em média menos 24,8%, quanto ao nível de aprendizes a coisa baixa para uma diferença de 7,8%.A descriminação é ainda diferente de sector para sector, assim na Industria transformadora a diferença era de em 2006 de 32,6% e nas “Outras actividades de serviços colectivos sociais e pessoais” era de 42%.Estas diferençam sempre de menos para as mulheres.Assim, esta diferença, faz com que as entidades patronais obtenham elevados lucros, extraordinários, à custa da sobre exploração das mulheres trabalhadoras, em Portugal.Feitas as contas no 2º Trimestre deste ano esse lucro extra era de cerca de 5170 milhões de euros, por ano, ou seja uma diferença média salarial na ordem dos 249,54 Euros mensais.Que as mulheres ganham a menos!Só na Corticeira Amorim propriedade do homem mais rico do país, essa diferença ascende aos 6,8 milhões de euros, anualmente.Se juntarmos a tudo isto, o facto das mulheres desempregadas serem mais que os homens, que estas descriminações propagam-se pelos falsos “recibos verdes”, que são as mulheres quem mais tem trabalho precário, as contas são outras.A somar ainda a tudo isto, quando terminam um dia de trabalho, mal pago ao lado de um colega homem, mais bem pago, pelo mesmíssimo trabalho, enquanto ela segue para casa, a transportar meninos da escola, a comprar falhas na dispensa, a fazer o jantar, a estender uma roupa, arrumar uma cama, planear mochilas para o dia seguinte, desligar a luz e deitar-se, enfim cansada.Ele vai, lê o jornal, ou vê Tv no conforto do sofá, rabeia um pouco por ter de levar o lixo ou o cão ou as duas coisas à rua, perguntará o que se janta…Não é assim em todas as casas nem em todos os trabalhos, felizmente.Mas é assim na maioria.Este tema é recorrente aqui, é normal, sou mulher.Como escreveu o dramaturgo Dário Fo“Por mais que uma mulher suba há sempre um homem por cima dela”!


Tenho uma amiga que faz o favor de me enviar os estudos do Economista Eugénio Rosa.Este é particularmente interessante, visa a descriminação de remunerações em Portugal, com base no sexo.O estudo mostra que o Eurofond acabou de publicar um estudo, efectuado em 28 países, onde Portugal se encontra no topo da lista.È claro que não é nada de bom, sempre que estamos no topo de uma lista é qualquer coisa de preocupante.Assim Portugal è o país, desse estudo, onde a discriminação de remunerações com base no género é maior, em média a remuneração feminina é inferior à masculina em 25,4%.Mais a discriminação remuneratória aumenta sempre quanto mais é elevada a escolaridade na mulher, ou a sua qualificação.Assim nos “Quadros Superiores”, as mulheres ganham em média menos 24,8%, quanto ao nível de aprendizes a coisa baixa para uma diferença de 7,8%.A descriminação é ainda diferente de sector para sector, assim na Industria transformadora a diferença era de em 2006 de 32,6% e nas “Outras actividades de serviços colectivos sociais e pessoais” era de 42%.Estas diferençam sempre de menos para as mulheres.Assim, esta diferença, faz com que as entidades patronais obtenham elevados lucros, extraordinários, à custa da sobre exploração das mulheres trabalhadoras, em Portugal.Feitas as contas no 2º Trimestre deste ano esse lucro extra era de cerca de 5170 milhões de euros, por ano, ou seja uma diferença média salarial na ordem dos 249,54 Euros mensais.Que as mulheres ganham a menos!Só na Corticeira Amorim propriedade do homem mais rico do país, essa diferença ascende aos 6,8 milhões de euros, anualmente.Se juntarmos a tudo isto, o facto das mulheres desempregadas serem mais que os homens, que estas descriminações propagam-se pelos falsos “recibos verdes”, que são as mulheres quem mais tem trabalho precário, as contas são outras.A somar ainda a tudo isto, quando terminam um dia de trabalho, mal pago ao lado de um colega homem, mais bem pago, pelo mesmíssimo trabalho, enquanto ela segue para casa, a transportar meninos da escola, a comprar falhas na dispensa, a fazer o jantar, a estender uma roupa, arrumar uma cama, planear mochilas para o dia seguinte, desligar a luz e deitar-se, enfim cansada.Ele vai, lê o jornal, ou vê Tv no conforto do sofá, rabeia um pouco por ter de levar o lixo ou o cão ou as duas coisas à rua, perguntará o que se janta…Não é assim em todas as casas nem em todos os trabalhos, felizmente.Mas é assim na maioria.Este tema é recorrente aqui, é normal, sou mulher.Como escreveu o dramaturgo Dário Fo“Por mais que uma mulher suba há sempre um homem por cima dela”!

marcar artigo