PONTE EUROPA: Cavaco escondido com vassalos em campo

24-05-2009
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O cavaquismo não recorda os rios de leite e mel que os indefectíveis nos querem fazer crer para facilitar a caminhada para Belém.A vitória fácil de Jorge Sampaio teve razões que muitos se esforçam por ocultar e todos se recusam a explicar.A prudente travessia do deserto, com exposição mediática mínima, nunca deixou de ter activos os panegiristas de serviço que Durão Barroso desiludiu e Santana Lopes deixava apoplécticos. Cavaco aparece aos deslumbrados apoiantes como instrumento de retaliação contra a esquerda, capaz de fazer a catarse do ressentimento acumulado desde as eleições legislativas e de refazer o prestígio abalado com os últimos Governos de direita.Alguns apoiantes mais ignaros julgam que a presidência da República tem funções executivas e, por objectivo, derrubar o Governo.Mesmo entre os mais responsáveis há a secreta esperança de uma alteração das regras constitucionais como se coubesse ao PR e não à maioria qualificada da Assembleia da República a legitimidade de proceder a qualquer alteração.Todos parecem conhecer mal o homem que despertou tarde para a política, indiferente à ditadura, à guerra colonial e às perseguições policiais, mas que foi fiel à democracia nos anos em que foi primeiro-ministro.É na base da Constituição actual que concorre ao lugar de PR e, caso fosse eleito, era a esta e não a outra que teria de jurar fidelidade e o compromisso de a fazer cumprir, além de que é incapaz de cometer perjúrio ou trair a ordem estabelecida.

O cavaquismo não recorda os rios de leite e mel que os indefectíveis nos querem fazer crer para facilitar a caminhada para Belém.A vitória fácil de Jorge Sampaio teve razões que muitos se esforçam por ocultar e todos se recusam a explicar.A prudente travessia do deserto, com exposição mediática mínima, nunca deixou de ter activos os panegiristas de serviço que Durão Barroso desiludiu e Santana Lopes deixava apoplécticos. Cavaco aparece aos deslumbrados apoiantes como instrumento de retaliação contra a esquerda, capaz de fazer a catarse do ressentimento acumulado desde as eleições legislativas e de refazer o prestígio abalado com os últimos Governos de direita.Alguns apoiantes mais ignaros julgam que a presidência da República tem funções executivas e, por objectivo, derrubar o Governo.Mesmo entre os mais responsáveis há a secreta esperança de uma alteração das regras constitucionais como se coubesse ao PR e não à maioria qualificada da Assembleia da República a legitimidade de proceder a qualquer alteração.Todos parecem conhecer mal o homem que despertou tarde para a política, indiferente à ditadura, à guerra colonial e às perseguições policiais, mas que foi fiel à democracia nos anos em que foi primeiro-ministro.É na base da Constituição actual que concorre ao lugar de PR e, caso fosse eleito, era a esta e não a outra que teria de jurar fidelidade e o compromisso de a fazer cumprir, além de que é incapaz de cometer perjúrio ou trair a ordem estabelecida.

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