O país alucina com contentores

O país alucina com contentores

Já não nos chegava o fado dos ditos – podemos voltar às canastras descarregadas pelas varinas para resolver a preceito a estética problemática – como temos agora a questão da turma dos ciganos de Barcelos a ser reduzida a um assunto de contentores Mas a questão não é essa. Em primeiro lugar os contentores podem ser óptimas instalações muito melhores até do que os edifícios de tijolo. Em segundo lugar as crianças ciganas podiam até estar a ter aulas no Palácio de Seteais que o problema se mantinha. Não é uma questão de contentores é sim de não haver explicação para que todas e apenas as crianças ciganas – sendo que neste caso as entidades oficiais designam como crianças até alunos adultos – partilharem todas o mesmo problema de aprendizagem. Um problema tão específico que não afecta ninguém que não seja cigano e pelo contrário afecta todos os ciganos. O benefício da dúvida para o qual apela a Fenanda Câncio fará sentido mas exactamente ao contrário pois as certezas da DREN nesta matéria suscitam de facto muitas dúvidas que com ou sem benefício não devem ser menosprezadas