AR: Oposição critica política educativa Governo, PCP vai entregar diploma para "gestão democrática" escolas

08-02-2008
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Nacional

AR: Oposição critica política educativa Governo, PCP vai entregar diploma para "gestão democrática" escolas

Lisboa, 06 Fev (Lusa) - A oposição renovou hoje as críticas à política educativa do Governo, com o PCP a anunciar que irá apresentar esta semana um projecto de lei para a "gestão democrática" das escolas.

"O PCP apresentará ainda esta semana um projecto de lei para a gestão democrática dos estabelecimentos de ensino, que sirva o país e o povo, aprofundando o caminho apontado pela lei de bases do sistema educativo e da Constituição", afirmou o deputado comunista Miguel Tiago.

Numa declaração política no plenário da Assembleia da República, o deputado comunista reiterou as críticas às políticas educativas do executivo socialista, considerando que o ataque que o Governo tem dirigido à escola pública "não tem precedentes".

"É na estratégia de desmantelamento que se insere claramente a intenção do Governo de acabar com a gestão democrática das escolas, entregando as suas direcções a órgãos unipessoais, provocando uma regressão de mais de 30 anos (...). Está à vista a farsa política: diz o Governo que quer abrir a escola à comunidade, mas fecha-a a si própria", salientou.

Antes, igualmente numa declaração política, o CDS-PP já tinha levado o tema da Educação ao plenário da Assembleia da República, com o deputado José Paulo Carvalho a lançar duras críticas ao processo de avaliação de desempenho dos professores.

"É inadmissível a precipitação do Governo neste processo", disse, ressalvando, contudo, que o CDS-PP é "absolutamente favorável a uma cultura de avaliação de desempenho", desde que "rigorosa, justa e exequível".

Mas, continuou, o que o executivo quer instituir é um "sistema de avaliação de desempenho totalmente desadequado", que entre outros problemas, coloca como um dos parâmetros de avaliação dos professores a classificação que é dada aos alunos.

"Não aceitamos que a classificação que é dada aos alunos seja um critério para avaliar os professores", insistiu, considerando que, dessa forma, está a condicionar-se a actuação dos docentes.

Por isso, acrescentou, a ministra da Educação deverá vir ao Parlamento para, em sede de comissão parlamentar, explicar "toda a confusão" que existe em torno do sistema de avaliação do desempenho dos professores.

Pelo BE, a deputada Ana Drago condenou igualmente a "confusão" do sistema de avaliação do desempenho dos professores, questionado se "o processo de avaliação não será uma arma de arremesso política contra os professores" que está a ser utilizada pelo Governo.

"O sistema de avaliação revela um conjunto de trapalhadas que são sintomáticas da incompetência do Governo nesta matéria", corroborou o deputado do PSD Emídio Guerreiro.

Na defesa do Governo, a deputada socialista Paula Barros criticou os partidos que falam sempre contra a avaliação de desempenho dos professores, considerando que se trata de "um ataque à dignidade" dos docentes com o qual "o PS jamais pactuará".

"O CDS-PP não pretende a dignificação da classe dos professores pela avaliação", acusou, em resposta às críticas do deputado democrata-cristão José Paulo Carvalho.

Também numa declaração política no plenário da Assembleia da República, a deputada do BE Helena Pinto abordou ainda a questão do "Livro Branco das Relações Laborais", condenando a posição defendida pelas confederações patronais da industria e comércio "que as empresas possam despedir livremente sempre que pretendam renovar os seus quadros ou por suposta inadaptação dos seus quadros".

"Esta visão instrumental das pessoas, encaradas como um produto descartável que se utiliza até deixarem de ter valor comercial, nem chega bem a ser a defesa do despedimento livre. É selvagem e é a lei do mais forte, mostrando que uma parte muito significativa da classe empresarial nunca saiu do quadro mental do capitalismo do século XIX", lamentou.

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AR: Oposição critica política educativa Governo, PCP vai entregar diploma para "gestão democrática" escolas

Lisboa, 06 Fev (Lusa) - A oposição renovou hoje as críticas à política educativa do Governo, com o PCP a anunciar que irá apresentar esta semana um projecto de lei para a "gestão democrática" das escolas.

"O PCP apresentará ainda esta semana um projecto de lei para a gestão democrática dos estabelecimentos de ensino, que sirva o país e o povo, aprofundando o caminho apontado pela lei de bases do sistema educativo e da Constituição", afirmou o deputado comunista Miguel Tiago.

Numa declaração política no plenário da Assembleia da República, o deputado comunista reiterou as críticas às políticas educativas do executivo socialista, considerando que o ataque que o Governo tem dirigido à escola pública "não tem precedentes".

"É na estratégia de desmantelamento que se insere claramente a intenção do Governo de acabar com a gestão democrática das escolas, entregando as suas direcções a órgãos unipessoais, provocando uma regressão de mais de 30 anos (...). Está à vista a farsa política: diz o Governo que quer abrir a escola à comunidade, mas fecha-a a si própria", salientou.

Antes, igualmente numa declaração política, o CDS-PP já tinha levado o tema da Educação ao plenário da Assembleia da República, com o deputado José Paulo Carvalho a lançar duras críticas ao processo de avaliação de desempenho dos professores.

"É inadmissível a precipitação do Governo neste processo", disse, ressalvando, contudo, que o CDS-PP é "absolutamente favorável a uma cultura de avaliação de desempenho", desde que "rigorosa, justa e exequível".

Mas, continuou, o que o executivo quer instituir é um "sistema de avaliação de desempenho totalmente desadequado", que entre outros problemas, coloca como um dos parâmetros de avaliação dos professores a classificação que é dada aos alunos.

"Não aceitamos que a classificação que é dada aos alunos seja um critério para avaliar os professores", insistiu, considerando que, dessa forma, está a condicionar-se a actuação dos docentes.

Por isso, acrescentou, a ministra da Educação deverá vir ao Parlamento para, em sede de comissão parlamentar, explicar "toda a confusão" que existe em torno do sistema de avaliação do desempenho dos professores.

Pelo BE, a deputada Ana Drago condenou igualmente a "confusão" do sistema de avaliação do desempenho dos professores, questionado se "o processo de avaliação não será uma arma de arremesso política contra os professores" que está a ser utilizada pelo Governo.

"O sistema de avaliação revela um conjunto de trapalhadas que são sintomáticas da incompetência do Governo nesta matéria", corroborou o deputado do PSD Emídio Guerreiro.

Na defesa do Governo, a deputada socialista Paula Barros criticou os partidos que falam sempre contra a avaliação de desempenho dos professores, considerando que se trata de "um ataque à dignidade" dos docentes com o qual "o PS jamais pactuará".

"O CDS-PP não pretende a dignificação da classe dos professores pela avaliação", acusou, em resposta às críticas do deputado democrata-cristão José Paulo Carvalho.

Também numa declaração política no plenário da Assembleia da República, a deputada do BE Helena Pinto abordou ainda a questão do "Livro Branco das Relações Laborais", condenando a posição defendida pelas confederações patronais da industria e comércio "que as empresas possam despedir livremente sempre que pretendam renovar os seus quadros ou por suposta inadaptação dos seus quadros".

"Esta visão instrumental das pessoas, encaradas como um produto descartável que se utiliza até deixarem de ter valor comercial, nem chega bem a ser a defesa do despedimento livre. É selvagem e é a lei do mais forte, mostrando que uma parte muito significativa da classe empresarial nunca saiu do quadro mental do capitalismo do século XIX", lamentou.

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