Data Venia: Cavaquismo sucede a santanismo

07-07-2009
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O país conheceu este fim-de-semana a mais um momento de redefinição política daquele que já foi o maior partido português. Os militantes do PSD elegeram para líder Luís Marques Mendes, um histórico do partido com grande experiência parlamentar, para conduzir a oposição ao recém-chegado Governo socialista. O cenário que se lhe opõe não se avizinha fácil, agora que o Executivo é apoiado por uma maioria na Assembleia da República, restando-lhe apenas uma palavra a dizer na Revisão Constitucional que permita a consulta popular (à Constituição Europeia e à descriminalização do aborto) em simultâneo com eleições, ou à aprovação das perguntas a levar em referendo, onde é necessária uma maioria de dois terços. O novo Presidente "laranja" garante no entanto que se a agenda política socialista se alterar (entenda-se referendo ao aborto antes do referendo europeu) não estará disponível para viabilizar as propostas, remetendo por isso a responsabilidade para o lado socialista se tal vier a acontecerQuanto ao XXVII Congresso Social-democrata, não resta muito a adiantar senão a confirmação da óbvia eleição de Marques Mendes como líder face ao seu opositor Luís Filipe Menezes, num ambiente chato, sem charme e frouxo, de onde claramente se observa que o PSD está perdido e sem rumo, fruto do barrosismo e do santanismo que tão mal fizeram ao partido de Emídio Guerreiro e de Sá Carneiro. Para não variar, o nome de Cavaco para suceder a Sampaio foi necessariamente citado. Um autêntico "salvador da pátria laranja".As feridas demorarão a sarar, por certo, mas o país não poderá esperar muito, pois precisa de um PSD forte enquanto força de oposição, para que a máquina democrática se revitalize e anime o debate em torno das questões primordiais e de fundo sobre o futuro do país. Mais do que nunca é imperioso um Parlamento heterogéneo e pluralista mas unido nas causas, para devolver a economia à prosperidade e ao crescimento e melhorar as condições de vida dos portugueses. Seguem-se cenas de próximos capítulos.

O país conheceu este fim-de-semana a mais um momento de redefinição política daquele que já foi o maior partido português. Os militantes do PSD elegeram para líder Luís Marques Mendes, um histórico do partido com grande experiência parlamentar, para conduzir a oposição ao recém-chegado Governo socialista. O cenário que se lhe opõe não se avizinha fácil, agora que o Executivo é apoiado por uma maioria na Assembleia da República, restando-lhe apenas uma palavra a dizer na Revisão Constitucional que permita a consulta popular (à Constituição Europeia e à descriminalização do aborto) em simultâneo com eleições, ou à aprovação das perguntas a levar em referendo, onde é necessária uma maioria de dois terços. O novo Presidente "laranja" garante no entanto que se a agenda política socialista se alterar (entenda-se referendo ao aborto antes do referendo europeu) não estará disponível para viabilizar as propostas, remetendo por isso a responsabilidade para o lado socialista se tal vier a acontecerQuanto ao XXVII Congresso Social-democrata, não resta muito a adiantar senão a confirmação da óbvia eleição de Marques Mendes como líder face ao seu opositor Luís Filipe Menezes, num ambiente chato, sem charme e frouxo, de onde claramente se observa que o PSD está perdido e sem rumo, fruto do barrosismo e do santanismo que tão mal fizeram ao partido de Emídio Guerreiro e de Sá Carneiro. Para não variar, o nome de Cavaco para suceder a Sampaio foi necessariamente citado. Um autêntico "salvador da pátria laranja".As feridas demorarão a sarar, por certo, mas o país não poderá esperar muito, pois precisa de um PSD forte enquanto força de oposição, para que a máquina democrática se revitalize e anime o debate em torno das questões primordiais e de fundo sobre o futuro do país. Mais do que nunca é imperioso um Parlamento heterogéneo e pluralista mas unido nas causas, para devolver a economia à prosperidade e ao crescimento e melhorar as condições de vida dos portugueses. Seguem-se cenas de próximos capítulos.

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