Diotima: eu não percebo nada de política, mas estudei retórica

02-10-2009
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O blogue de apoio à candidatura de Pedro Passos Coelho, o futuro é agora, defende-se do "possível" argumento da idade. Manuela Ferreira Leite tem que idade, já agora?....Argumentos desprezíveis Se há coisa que se dispensa numa campanha, é a utilização de argumentários a partir do nível etário dos candidatos, da sua experiência ou falta dela. É tão criticável rejeitar PPC pela sua juventude, como MFL pela sua idade. Assim como não releva a falta de experiência de um ou o propalado grande traquejo de outros. Sobre este tema, PPC já se "socorreu" dos espanhóis Gonzalez e Aznar como exemplos de 2 figuras que se guindaram, ainda "jovens" e sem experiência, a chefes de governos, onde tiveram um percurso marcante. Mas bastaria olhar para dentro do PSD: Sá Carneiro conquistou a sua 1ª maioria absoluta em 1979. Tinha então exactamente a mesma idade - 45 anos - que terá PPC em 2009. Quanto a experiência, escassas semanas como assessor no governo Palma Carlos, algum traquejo parlamentar e gestão sempre turbulenta dos conflitos inter e intra partidários. Não teve tempo de deixar obra, mas o seu génio político e a morte com a carreira em ascensão criaram um mito. Cavaco Silva tinha 46 anos quando ganhou a sua 1ª eleição em 1985. Experiência partidária quase nula, cerca de um ano como ministro das finanças em que fez "pedagogia" na implementação de uma política eleitoralista. As poucas reformas relevantes da III República têm a marca dos seus governos. Durão Barroso tinha igualmente 46 anos quando venceu as legislativas de 2002. Trazia consigo 10 anos de experiência governativa. Abandonou o governo e não deixou saudades. Santana Lopes tinha 48 anos quando ocupou o lugar deixado vago pela "fuga" de Durão Barroso. Atrás de si, uma aura de invencibilidade e quase 30 anos de rica e diversificada experiência: parlamentar, governativa, autárquica, empresarial, até nos futebóis. Com a preciosa ajuda de Sampaio, conduziu o PSD à derrota mais vergonhosa de sempre. Emídio Guerreiro já tinha 75 anos quando em 1975, por doença de Sá Carneiro, lhe caiu nos braços um partido recém-criado. Hoje, há quem defenda que a sobrevivência do PSD ao período mais crítico do PREC deve-se em grande parte à sua fibra e coragem de combatente, a pedir meças a muitos jovens de então.


O blogue de apoio à candidatura de Pedro Passos Coelho, o futuro é agora, defende-se do "possível" argumento da idade. Manuela Ferreira Leite tem que idade, já agora?....Argumentos desprezíveis Se há coisa que se dispensa numa campanha, é a utilização de argumentários a partir do nível etário dos candidatos, da sua experiência ou falta dela. É tão criticável rejeitar PPC pela sua juventude, como MFL pela sua idade. Assim como não releva a falta de experiência de um ou o propalado grande traquejo de outros. Sobre este tema, PPC já se "socorreu" dos espanhóis Gonzalez e Aznar como exemplos de 2 figuras que se guindaram, ainda "jovens" e sem experiência, a chefes de governos, onde tiveram um percurso marcante. Mas bastaria olhar para dentro do PSD: Sá Carneiro conquistou a sua 1ª maioria absoluta em 1979. Tinha então exactamente a mesma idade - 45 anos - que terá PPC em 2009. Quanto a experiência, escassas semanas como assessor no governo Palma Carlos, algum traquejo parlamentar e gestão sempre turbulenta dos conflitos inter e intra partidários. Não teve tempo de deixar obra, mas o seu génio político e a morte com a carreira em ascensão criaram um mito. Cavaco Silva tinha 46 anos quando ganhou a sua 1ª eleição em 1985. Experiência partidária quase nula, cerca de um ano como ministro das finanças em que fez "pedagogia" na implementação de uma política eleitoralista. As poucas reformas relevantes da III República têm a marca dos seus governos. Durão Barroso tinha igualmente 46 anos quando venceu as legislativas de 2002. Trazia consigo 10 anos de experiência governativa. Abandonou o governo e não deixou saudades. Santana Lopes tinha 48 anos quando ocupou o lugar deixado vago pela "fuga" de Durão Barroso. Atrás de si, uma aura de invencibilidade e quase 30 anos de rica e diversificada experiência: parlamentar, governativa, autárquica, empresarial, até nos futebóis. Com a preciosa ajuda de Sampaio, conduziu o PSD à derrota mais vergonhosa de sempre. Emídio Guerreiro já tinha 75 anos quando em 1975, por doença de Sá Carneiro, lhe caiu nos braços um partido recém-criado. Hoje, há quem defenda que a sobrevivência do PSD ao período mais crítico do PREC deve-se em grande parte à sua fibra e coragem de combatente, a pedir meças a muitos jovens de então.

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