CASTELO DE VIDE: CONTRA A MISÉRIA, A FOME E A INDIFERENÇA

02-10-2009
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O Live 8 Aid que a televisão transmitiu em directo no passado sábado alertou-nos a todos para a situação de extrema pobreza que se vive em algumas regiões do Mundo, com maior incidência na África sub-sariana.

É insustentável e incompreensível que em pleno século XXI, em cada 3 segundos morra uma criança vítima da fome, da malária, da SIDA ou de qualquer outra causa que seria facilmente combatida se houvesse outra estrutura económica.

Ajudar estes povos não deverá ser, como disse Nelson Mandela, uma manifestação de caridade mas sim a garantia daquilo a que todo o ser vivo tem direito, a defesa dos Direitos Humanos.

Em suma, um acto de justiça!

Os 8 países mais ricos do Mundo, que se reúnem de 6 a 8 de Julho em Edimburgo, deveriam levar à prática as metas das Nações Unidas para o Milénio: o perdão da dívida, ajuda económica significativa e o comércio justo e não predador com esses países.

Muita da dívida externa foi contraída para alimentar conflitos fratricidas induzidos pelas potências que assim podiam ir buscar os recursos naturais desses países para seu próprio proveito, sem quaisquer benefícios para os seus possuidores.

São duplamente roubados, muitas vezes com a ajuda de classes dirigentes que enriquecem enquanto os seus povos morrem de fome.

O nepotismo e a corrupção são demasiado frequentes.

O perdão da dívida artificialmente criada é um acto mínimo de justiça, os credores já tiveram os benefícios ilegítimos desses empréstimos ao contribuírem para o espoliamento e depauperamento das economias.

Ainda que esta situação seja mais gritante em África estende-se a outras, mais de um terço da população sobrevive (?) com menos de um dólar de rendimento diário.

Em Portugal, dois milhões de pessoas estão no limiar de pobreza, mais de 30 por cento dos pobres são idosos pensionistas, 15 por cento da população está em risco de persistência de pobreza, 207 mil só comem alguma coisa graças ao apoio do Banco Alimentar, que apoia 1.100 instituições que só na região de Lisboa servem diariamente mais de 40 mil refeições, mais de 200 mil portugueses recebem o Rendimento Social de Inserção, e há 500 mil desempregados, a maioria de longa duração.

Face a este panorama tão negro, e se consegue dormir com isto, qual a importância que tem o problema de um hospital da província que assiste à desertificação dos seus quadros médicos, uns reformam-se outros mudam de hospital, e em que os concursos para preenchimento dos quadros ficam desertos.

Talvez por isso a opção para a Administração tomada pelos responsáveis regionais tenha sido menos considerada.

Se mais razões não houvesse, nomear um médico da carreira de medicina familiar, com uma cultura diferente da hospitalar, para director do hospital e depois de uma experiência anterior que nada de bom trouxe à instituição é no mínimo a persistência no erro e não augura dias melhores.

Será tão desastroso como nomear um médico hospitalar para dirigir um centro de saúde, por melhor que seja o relacionamento o choque de culturas vem sempre ao de cima!

O Live 8 Aid que a televisão transmitiu em directo no passado sábado alertou-nos a todos para a situação de extrema pobreza que se vive em algumas regiões do Mundo, com maior incidência na África sub-sariana.

É insustentável e incompreensível que em pleno século XXI, em cada 3 segundos morra uma criança vítima da fome, da malária, da SIDA ou de qualquer outra causa que seria facilmente combatida se houvesse outra estrutura económica.

Ajudar estes povos não deverá ser, como disse Nelson Mandela, uma manifestação de caridade mas sim a garantia daquilo a que todo o ser vivo tem direito, a defesa dos Direitos Humanos.

Em suma, um acto de justiça!

Os 8 países mais ricos do Mundo, que se reúnem de 6 a 8 de Julho em Edimburgo, deveriam levar à prática as metas das Nações Unidas para o Milénio: o perdão da dívida, ajuda económica significativa e o comércio justo e não predador com esses países.

Muita da dívida externa foi contraída para alimentar conflitos fratricidas induzidos pelas potências que assim podiam ir buscar os recursos naturais desses países para seu próprio proveito, sem quaisquer benefícios para os seus possuidores.

São duplamente roubados, muitas vezes com a ajuda de classes dirigentes que enriquecem enquanto os seus povos morrem de fome.

O nepotismo e a corrupção são demasiado frequentes.

O perdão da dívida artificialmente criada é um acto mínimo de justiça, os credores já tiveram os benefícios ilegítimos desses empréstimos ao contribuírem para o espoliamento e depauperamento das economias.

Ainda que esta situação seja mais gritante em África estende-se a outras, mais de um terço da população sobrevive (?) com menos de um dólar de rendimento diário.

Em Portugal, dois milhões de pessoas estão no limiar de pobreza, mais de 30 por cento dos pobres são idosos pensionistas, 15 por cento da população está em risco de persistência de pobreza, 207 mil só comem alguma coisa graças ao apoio do Banco Alimentar, que apoia 1.100 instituições que só na região de Lisboa servem diariamente mais de 40 mil refeições, mais de 200 mil portugueses recebem o Rendimento Social de Inserção, e há 500 mil desempregados, a maioria de longa duração.

Face a este panorama tão negro, e se consegue dormir com isto, qual a importância que tem o problema de um hospital da província que assiste à desertificação dos seus quadros médicos, uns reformam-se outros mudam de hospital, e em que os concursos para preenchimento dos quadros ficam desertos.

Talvez por isso a opção para a Administração tomada pelos responsáveis regionais tenha sido menos considerada.

Se mais razões não houvesse, nomear um médico da carreira de medicina familiar, com uma cultura diferente da hospitalar, para director do hospital e depois de uma experiência anterior que nada de bom trouxe à instituição é no mínimo a persistência no erro e não augura dias melhores.

Será tão desastroso como nomear um médico hospitalar para dirigir um centro de saúde, por melhor que seja o relacionamento o choque de culturas vem sempre ao de cima!

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