Tabanka do Huambo: ONDE EU MORRO

05-10-2009
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Claro que estou meio zonzo. Não das birras ou do tinto do jantar. Já agora, que sabor divino Baco terá dado a este Vale da Burra para imitar as ondas de um mar azul marinho. No meu passeio nocturno, entre as Sanzalas do meu bairro, tive que dar de caras com os cães esfomeados, que ladram até altas horas da madrugada. E não respeitam quem quer cumprir a terapêutica ensinada em papel falado. Deve andar, pelo menos, meia hora por dia.Mermão hoje também é dia de festa apesar de ser mais um dia triste. O Kota morreu de morte anunciada e de tanto lutar contra os lobos e as hienas. Viveu fora, mostrou o seu descontentamento, denunciou, fez-se solidário, e teve sempre esperança de soltar as palavras certas. Vi na televisão, as bandeiras da sua vida na sua morte. E como Aragon dizia, Onde eu morro nasce a Pátria.Emídio Guerreiro é agora terra, fogo e cinza mas continua vivo na memória histórica cavada ao longo dos muitos anos. Abril está sempre presente no coração dos homens.


Claro que estou meio zonzo. Não das birras ou do tinto do jantar. Já agora, que sabor divino Baco terá dado a este Vale da Burra para imitar as ondas de um mar azul marinho. No meu passeio nocturno, entre as Sanzalas do meu bairro, tive que dar de caras com os cães esfomeados, que ladram até altas horas da madrugada. E não respeitam quem quer cumprir a terapêutica ensinada em papel falado. Deve andar, pelo menos, meia hora por dia.Mermão hoje também é dia de festa apesar de ser mais um dia triste. O Kota morreu de morte anunciada e de tanto lutar contra os lobos e as hienas. Viveu fora, mostrou o seu descontentamento, denunciou, fez-se solidário, e teve sempre esperança de soltar as palavras certas. Vi na televisão, as bandeiras da sua vida na sua morte. E como Aragon dizia, Onde eu morro nasce a Pátria.Emídio Guerreiro é agora terra, fogo e cinza mas continua vivo na memória histórica cavada ao longo dos muitos anos. Abril está sempre presente no coração dos homens.

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