Jornal de Nisa: OPINIÃO: O CHÁ DAS QUINZE

06-10-2009
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INVESTIR NA VIA FERROVIÁRIA ( 2 )1. MAIS E MELHORES ESTRADAS NO DISTRITO . A propósito da inauguração do IC13 , este é o título principal da última edição de «O Distrito».Sintetiza o que temos escrito a propósito da evolução da rede de comunicações e transportes na nossa região e no país em geral.Sintetizando o que escrevemos em edição anterior: NAS OPÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS PARA O DISTRITO NOS ÚLTIMOS 20 ANOS HOUVE MELHORIA ASINALÁVEL DAS VIAS RODOVIÁRIAS. Assinalámos que, em contrapartida, o desinvestimento verificado no sector dos caminhos de ferro, em Portugal, no mesmo período de tempo, conduziu a significativa degradação deste meio de transporte e, consequentemente, a uma cada vez menor utilização pelas populações.2.O tratamento menor dado ao transporte ferroviário no país em geral, TEVE NO DISTRITO UMA SITUAÇÃO DE CLARA DISCRIMINAÇÃO (NEGATIVA ) COM INFIMO INVESTIMENTO NAS INFRAESTRUTURAS E DEGRADAÇÃO CRESCENTE DO SERVIÇO PRESTADO.Uma viagem de comboio entre Elvas e Lisboa demora mais de 5 horas. Entre as duas principais cidades do distrito viajar desta forma consome mais de uma hora.Contrariamente à grande parte do território nacional não há para o norte-alentejano qualquer ligação inter-cidades. Não há ligação ferroviária entre as cidades de Évora e Portalegre. As viagens não garantem um mínimo de comodidade aos passageiros, muitas vezes os horários não são cumpridos...Enquanto, apesar da clara opção nacional pelo transporte rodoviário, nas linhas férreas do Norte, Beira Baixa e Sul se realizou importante investimento para modernização das linhas férreas, no que respeita aos nossos troços (Leste e Ramal de Cáceres) praticamente nada se fez.3.As modernas estratégias para o desenvolvimento do transporte colectivo, nomeadamente, as linhas de política europeia, apontam claramente para o REFORÇO DO PAPEL DO COMBOIO. Nas redes transeuropeias e, nos países, ao nível inter-regional. Há essencialmente razões de custo e segurança, mas também importantes motivos ambientais para avançar no reforço do sector ferroviário. Para o transporte de passageiros, e, essencialmente, para a substituição do chamado longo curso internacional de mercadorias.4. Na nossa região, o sector do transporte ferroviário está hoje, em pleno século XXI, no mesmo estado relativo da rede rodoviária na década de oitenta. Nessa altura, tornaram-se importantes bandeiras regionais a criação e melhoria de uma série de estradas, em grande medida entretanto concretizadas.A nosso ver , no actual momento IMPÕE- SE NOVAMENTE UMA FORTE REIVINDICAÇÃO REGIONAL pela melhoria das acessibilidades, por uma boa rede de transportes, desta feita através do caminho de ferro.5.Nos anos oitenta para avançar em 10 (sim, dez!) anos sobre o calendário da Junta Autónoma de Estradas de então, a construção do troço Portalegre –Monforte «obrigou» à troca por um largo conjunto de obras municipais (muitas de «superfície»,diga-se ) que tiveram que ser adiadas no tempo. Foi uma das particularidades da então em curso «Operação Integrada de Desenvolvimento». Sem esse sentido de ESPÍRITO DISTRITAL POR CAUSAS COMUNS seria impensável um conjunto de Presidentes de Câmara dirigir -se a um membro do Governo apontando como fundamental o avanço urgente da via de comunicação inter-regional mais importante no acesso a Évora e Lisboa. Muito menos disporem-se colectivamente a prescindir de uma série de obras nos seus «quintais».6. O que foi possível antes deveria sê-lo hoje. Não somente para grandes obras na área do ferroviário, mas em muitas outras acções de grande alcance distrital.José Manuel Basso


INVESTIR NA VIA FERROVIÁRIA ( 2 )1. MAIS E MELHORES ESTRADAS NO DISTRITO . A propósito da inauguração do IC13 , este é o título principal da última edição de «O Distrito».Sintetiza o que temos escrito a propósito da evolução da rede de comunicações e transportes na nossa região e no país em geral.Sintetizando o que escrevemos em edição anterior: NAS OPÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS PARA O DISTRITO NOS ÚLTIMOS 20 ANOS HOUVE MELHORIA ASINALÁVEL DAS VIAS RODOVIÁRIAS. Assinalámos que, em contrapartida, o desinvestimento verificado no sector dos caminhos de ferro, em Portugal, no mesmo período de tempo, conduziu a significativa degradação deste meio de transporte e, consequentemente, a uma cada vez menor utilização pelas populações.2.O tratamento menor dado ao transporte ferroviário no país em geral, TEVE NO DISTRITO UMA SITUAÇÃO DE CLARA DISCRIMINAÇÃO (NEGATIVA ) COM INFIMO INVESTIMENTO NAS INFRAESTRUTURAS E DEGRADAÇÃO CRESCENTE DO SERVIÇO PRESTADO.Uma viagem de comboio entre Elvas e Lisboa demora mais de 5 horas. Entre as duas principais cidades do distrito viajar desta forma consome mais de uma hora.Contrariamente à grande parte do território nacional não há para o norte-alentejano qualquer ligação inter-cidades. Não há ligação ferroviária entre as cidades de Évora e Portalegre. As viagens não garantem um mínimo de comodidade aos passageiros, muitas vezes os horários não são cumpridos...Enquanto, apesar da clara opção nacional pelo transporte rodoviário, nas linhas férreas do Norte, Beira Baixa e Sul se realizou importante investimento para modernização das linhas férreas, no que respeita aos nossos troços (Leste e Ramal de Cáceres) praticamente nada se fez.3.As modernas estratégias para o desenvolvimento do transporte colectivo, nomeadamente, as linhas de política europeia, apontam claramente para o REFORÇO DO PAPEL DO COMBOIO. Nas redes transeuropeias e, nos países, ao nível inter-regional. Há essencialmente razões de custo e segurança, mas também importantes motivos ambientais para avançar no reforço do sector ferroviário. Para o transporte de passageiros, e, essencialmente, para a substituição do chamado longo curso internacional de mercadorias.4. Na nossa região, o sector do transporte ferroviário está hoje, em pleno século XXI, no mesmo estado relativo da rede rodoviária na década de oitenta. Nessa altura, tornaram-se importantes bandeiras regionais a criação e melhoria de uma série de estradas, em grande medida entretanto concretizadas.A nosso ver , no actual momento IMPÕE- SE NOVAMENTE UMA FORTE REIVINDICAÇÃO REGIONAL pela melhoria das acessibilidades, por uma boa rede de transportes, desta feita através do caminho de ferro.5.Nos anos oitenta para avançar em 10 (sim, dez!) anos sobre o calendário da Junta Autónoma de Estradas de então, a construção do troço Portalegre –Monforte «obrigou» à troca por um largo conjunto de obras municipais (muitas de «superfície»,diga-se ) que tiveram que ser adiadas no tempo. Foi uma das particularidades da então em curso «Operação Integrada de Desenvolvimento». Sem esse sentido de ESPÍRITO DISTRITAL POR CAUSAS COMUNS seria impensável um conjunto de Presidentes de Câmara dirigir -se a um membro do Governo apontando como fundamental o avanço urgente da via de comunicação inter-regional mais importante no acesso a Évora e Lisboa. Muito menos disporem-se colectivamente a prescindir de uma série de obras nos seus «quintais».6. O que foi possível antes deveria sê-lo hoje. Não somente para grandes obras na área do ferroviário, mas em muitas outras acções de grande alcance distrital.José Manuel Basso

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