PALAVROSSAVRVS REX: Reduto

23-05-2009
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Procuras-me. Eu sei.Sei que não posso desiludir-te quando vens aqui.Não é justo que dês com a cara na portafechada a qualquer nova postagem paisagem minhaonde te recreias e reencontrasno fogo da palavra que manuseio.Sei que tenho de te dar também a justa ração de entranhas, íntimo que te cative, que te prendam aqui, e ajudar-te no que te der a dizer de cada post que façopara que assim regresses a mais um copo de alga, marulhado em maré amiga,e rompas o silêncioentre um silêncio e outro.Entrar. Sair.Sendo sair o teres metido nariz onde melhor visses o que de melhor desejas e se apossa de ti.Pronto, eu paro com impessoalizações e duplicidades.Interrompo a política que, se é nacional, fede,mas o fedor reduplica se é internacionalpor emanar de sob os escombrosquando nos desenterramos inteiros, na indefesa criança esmagadae estamos ainda confortáveis e vivos, na inocente decapitada.Bem sei, blogar é sempre indecente e narcísico, mesmo na solidariedade. Mesmo na indignação. Bem sei que a guerra já é este desastre natural, tsunami furacão tufão, com que se limpa naturalmente o cu da terra deste dejecto da evolução chamado Homemprecisamente na sua mais abjecta actualização.Entra, entra sempre, tu que me procuras e que regressas e me exiges de novo.Seja ódio, seja merda, é o que sai que sempre suja o por onde sai.Joaquim Santos


Procuras-me. Eu sei.Sei que não posso desiludir-te quando vens aqui.Não é justo que dês com a cara na portafechada a qualquer nova postagem paisagem minhaonde te recreias e reencontrasno fogo da palavra que manuseio.Sei que tenho de te dar também a justa ração de entranhas, íntimo que te cative, que te prendam aqui, e ajudar-te no que te der a dizer de cada post que façopara que assim regresses a mais um copo de alga, marulhado em maré amiga,e rompas o silêncioentre um silêncio e outro.Entrar. Sair.Sendo sair o teres metido nariz onde melhor visses o que de melhor desejas e se apossa de ti.Pronto, eu paro com impessoalizações e duplicidades.Interrompo a política que, se é nacional, fede,mas o fedor reduplica se é internacionalpor emanar de sob os escombrosquando nos desenterramos inteiros, na indefesa criança esmagadae estamos ainda confortáveis e vivos, na inocente decapitada.Bem sei, blogar é sempre indecente e narcísico, mesmo na solidariedade. Mesmo na indignação. Bem sei que a guerra já é este desastre natural, tsunami furacão tufão, com que se limpa naturalmente o cu da terra deste dejecto da evolução chamado Homemprecisamente na sua mais abjecta actualização.Entra, entra sempre, tu que me procuras e que regressas e me exiges de novo.Seja ódio, seja merda, é o que sai que sempre suja o por onde sai.Joaquim Santos

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