PALAVROSSAVRVS REX: O FAZEDOR DA FILHA É O PROPRIETÁRIO

23-05-2009
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Se de facto há causa obliterada é a cansativa-para-nós novela Esmeralda,mas na verdade dramática para ela e para quem a tem efectivamente criado e amado.Suspeito que para o fornecedor dos genes, isto tem sido um espectáculoaltamente vantajoso do ponto de vista dos honorários com revistas e outros suportes mediáticos ávidos de oco:o outrora humilde loverboy, ocasionalista nas fodas a que tem todo o direitoque também percebeu quecasa magnificência artística e no seu caso imprevisível dos tecnicismos amatórios brasílicos,agora veste bem como o PM, compete com ele na passerelle nacional,deve ter uma legião de fãs fêmeas e, como tem uma cara de anjo de igreja,deve levar a água ao seu moinho de todas as formas porque a Justiça em Portugalmostra claros sinais de andar muito mal acompanhada, trôpega, contraditória e desorientada como uma barata encurralada. No meio de tudo isto, Esmeralda não existe.lkjAlertado por uma posta do Eduardo Pitta para a qual fui remetido por outra do JG,fui pressuroso gostar de ler o que a este respeito escreveu Luís Januário:lkj«Perguntem a EsmeraldalkjA pretexto do Natal e da festa que reúne as famílias, um tribunal ordenou que uma criança de seis anos fosse entregue a um desconhecido de quem, por azar, herdou metade dos genes.Não se estranha a ignorância do tribunal. Um juiz não tem de saber o que é uma criança - não se estuda nos Códigos. Mas os técnicos que têm acompanhado o processo? Não se entende o seu silêncio acomodado.Os jornalistas contam que a criança gritava quando se deu cumprimento à deliberação do tribunal e o pai dos genes realizou enfim a sua posse. Fez-se justiça. Mas ninguém interroga esta justiça que prescinde da opinião da criança?Tem seis anos. Os juízes de Tomar e de Coimbra têm dificuldades no pensamento abstracto. Mas vocês, leitores hipócritas, façam um esforço. Estão a ver uma rapariga de seis anos? Vinte quilos, um metro e quinze, calça vinte e sete, muitas sabem ler. Todas sabem onde e com quem gostavam de passar o Natal. Sabem reconhecer quem gosta delas e quem as ignora, quem as quer comprar com vestidos, luvas, um par de Levis. Basta perguntar-lhes. Alguém perguntou?».lkjLuís Januário, in Nartureza do Mal


Se de facto há causa obliterada é a cansativa-para-nós novela Esmeralda,mas na verdade dramática para ela e para quem a tem efectivamente criado e amado.Suspeito que para o fornecedor dos genes, isto tem sido um espectáculoaltamente vantajoso do ponto de vista dos honorários com revistas e outros suportes mediáticos ávidos de oco:o outrora humilde loverboy, ocasionalista nas fodas a que tem todo o direitoque também percebeu quecasa magnificência artística e no seu caso imprevisível dos tecnicismos amatórios brasílicos,agora veste bem como o PM, compete com ele na passerelle nacional,deve ter uma legião de fãs fêmeas e, como tem uma cara de anjo de igreja,deve levar a água ao seu moinho de todas as formas porque a Justiça em Portugalmostra claros sinais de andar muito mal acompanhada, trôpega, contraditória e desorientada como uma barata encurralada. No meio de tudo isto, Esmeralda não existe.lkjAlertado por uma posta do Eduardo Pitta para a qual fui remetido por outra do JG,fui pressuroso gostar de ler o que a este respeito escreveu Luís Januário:lkj«Perguntem a EsmeraldalkjA pretexto do Natal e da festa que reúne as famílias, um tribunal ordenou que uma criança de seis anos fosse entregue a um desconhecido de quem, por azar, herdou metade dos genes.Não se estranha a ignorância do tribunal. Um juiz não tem de saber o que é uma criança - não se estuda nos Códigos. Mas os técnicos que têm acompanhado o processo? Não se entende o seu silêncio acomodado.Os jornalistas contam que a criança gritava quando se deu cumprimento à deliberação do tribunal e o pai dos genes realizou enfim a sua posse. Fez-se justiça. Mas ninguém interroga esta justiça que prescinde da opinião da criança?Tem seis anos. Os juízes de Tomar e de Coimbra têm dificuldades no pensamento abstracto. Mas vocês, leitores hipócritas, façam um esforço. Estão a ver uma rapariga de seis anos? Vinte quilos, um metro e quinze, calça vinte e sete, muitas sabem ler. Todas sabem onde e com quem gostavam de passar o Natal. Sabem reconhecer quem gosta delas e quem as ignora, quem as quer comprar com vestidos, luvas, um par de Levis. Basta perguntar-lhes. Alguém perguntou?».lkjLuís Januário, in Nartureza do Mal

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