PALAVROSSAVRVS REX: MEU COLO TEU NINHO

23-05-2009
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Muitas vezes, durante o dia, durante a noite, pela madrugada,dou por dois olhinhos perscrutadores, pupilas espertas,postos em mim, enquanto digito com uma das mãos banalidades brilhantese seriíssimas. É a minha bebé, escondida no amplexo perfeito de estes braços,no meu calor que a acalenta: palra já e fita-me como se me estudasse a atenta desatenção.Interrompo-me então pelo silêncio sereno da sua bebécidadeem esgares gorgolejantes de um sorriso luminoso e sem dentes.ljjQuando uma luz mais generosa nela incide, brilham melhor esses grandes piscas.Pupilinha dilatante, pupilinha contraente, pálpebra aberta, pálpebra fechada, há em tais olhos uma cor verde que aflora,talvez alga, talvez couve, e uma paz segura que me atinge, baque em assombro com que me digo: «Podia eu morrer já que me era doce por te ter visto!».Peço então que me dure este tempo, meu milagre absoluto e contemplado.Peço que este meu colo, quão bem a aquenta!, lhe não falte.Quaisquer glórias são imundas em face de ela, quase três meses.Quaisquer liberdades de Pássara e arroubos de Letras são inefável imbecilidade.lkjE, no entanto, estes dois corações colados num embalar sagrado, sublime ventura, já não figuram nas ementas modernas da arte de gozar.Parece um luxo supérfluo ou um empecilho que vos seja pura epifaniaum par de olhinhos como estes à espera de quem apaixonadamente lhes queira, entrega telúrica e intensade corações-fornalha.


Muitas vezes, durante o dia, durante a noite, pela madrugada,dou por dois olhinhos perscrutadores, pupilas espertas,postos em mim, enquanto digito com uma das mãos banalidades brilhantese seriíssimas. É a minha bebé, escondida no amplexo perfeito de estes braços,no meu calor que a acalenta: palra já e fita-me como se me estudasse a atenta desatenção.Interrompo-me então pelo silêncio sereno da sua bebécidadeem esgares gorgolejantes de um sorriso luminoso e sem dentes.ljjQuando uma luz mais generosa nela incide, brilham melhor esses grandes piscas.Pupilinha dilatante, pupilinha contraente, pálpebra aberta, pálpebra fechada, há em tais olhos uma cor verde que aflora,talvez alga, talvez couve, e uma paz segura que me atinge, baque em assombro com que me digo: «Podia eu morrer já que me era doce por te ter visto!».Peço então que me dure este tempo, meu milagre absoluto e contemplado.Peço que este meu colo, quão bem a aquenta!, lhe não falte.Quaisquer glórias são imundas em face de ela, quase três meses.Quaisquer liberdades de Pássara e arroubos de Letras são inefável imbecilidade.lkjE, no entanto, estes dois corações colados num embalar sagrado, sublime ventura, já não figuram nas ementas modernas da arte de gozar.Parece um luxo supérfluo ou um empecilho que vos seja pura epifaniaum par de olhinhos como estes à espera de quem apaixonadamente lhes queira, entrega telúrica e intensade corações-fornalha.

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