PALAVROSSAVRVS REX: TVI, PÚBLICO, THE DAILY TELEGRAPH

22-05-2009
marcar artigo


Por cá, mesquinhamente, Emídio Rangel e outros encastrados do Poder, castigam e causticam hipocritamente a TVI pelo excelente e desassombrado trabalho que vem fazendo ao serviço da lucidez portuguesa e escrutínio português da vida política do Poder, nos seus abusos, segredos e arbitrariedades, e não há papel cívico mais imperativo que esse nos media, venha quem vier e têm vindo muitos a terreiro enjoar e enojar-se com esta obrigação obrigatória, passe a redundância. O que dirão agora do excelente serviço cívico prestado aos ingleses pelo jornal britânico The Daily Telegraph?! Os factos relatados? Chamam-lhe por lá 'ordenha do sistema de despesas no Parlamento e fazê-lo até ao limite "milking the parliamentary MPs' expenses system and pushing their claims to the limit" e nós podemos captar o conceito. Este jornal fez uma investigação que revelou o escandaloso uso que parlamentares e ministros fazem das verbas que recebem para exercer o mandato: em gastos pessoais e supérfluos. Recentemente, vêm à memória as viagens secretas de Jardim e a novela negra da Cova da Beira. E outras coisas que a imprensa portuguesa por muito que penetre e saiba tem a manápula do Poder a filtrar. O que pensar disto? Verbas públicas para gastos pessoais e de amigos? E o pior é que, talvez invejando o exemplo de impunidade portuguesa e falta portuguesa de accountability, nem o primeiro-ministro Gordon Brown deixou de participar da farra. David Miliband, por exemplo, atirou para cima do contribuinte britânico a compra de um carrinho de bebê, por £145,46 libras, o que dá cerca de US$ 180. Já Andy Burnham, mais parcimonioso, comprou com dinheiro público uma saída de banho por £19,99 libras, algo em torno de US$ 27. Mais audacioso, Alistair Darling comprou um tapete magnólia por £ 2.339 libras. Jack Straw adquiriu uma TV por £ 399 libras; Geoff Hoon torrou £378,95 libras em uma máquina de lavar roupas, enquanto Paul Murphy teve o desplante de cobrar dos contribuintes míseras £6 libras gastas com um...abridor de latas. Há vários outros ministros e membros da Casa dos Comuns que despudoradamente cruzaram a fronteira entre o público e o privado. Parece que parte dos homens e mulheres alçados ao poder público perdem o senso de realidade: a ministra do Turismo britânica Barbara Follett gastou mais de £25.000 libras em serviços de segurança particular na sua residência: «Mais ministros do Governo trabalhista britânico são implicados no escândalo revelado na investigação do "The Daily Telegraph" sobre as despesas de deputados no Reino Unido pagas com dinheiros públicos, deixando o primeiro-ministro, Gordon Brown com ainda mais para se explicar.»


Por cá, mesquinhamente, Emídio Rangel e outros encastrados do Poder, castigam e causticam hipocritamente a TVI pelo excelente e desassombrado trabalho que vem fazendo ao serviço da lucidez portuguesa e escrutínio português da vida política do Poder, nos seus abusos, segredos e arbitrariedades, e não há papel cívico mais imperativo que esse nos media, venha quem vier e têm vindo muitos a terreiro enjoar e enojar-se com esta obrigação obrigatória, passe a redundância. O que dirão agora do excelente serviço cívico prestado aos ingleses pelo jornal britânico The Daily Telegraph?! Os factos relatados? Chamam-lhe por lá 'ordenha do sistema de despesas no Parlamento e fazê-lo até ao limite "milking the parliamentary MPs' expenses system and pushing their claims to the limit" e nós podemos captar o conceito. Este jornal fez uma investigação que revelou o escandaloso uso que parlamentares e ministros fazem das verbas que recebem para exercer o mandato: em gastos pessoais e supérfluos. Recentemente, vêm à memória as viagens secretas de Jardim e a novela negra da Cova da Beira. E outras coisas que a imprensa portuguesa por muito que penetre e saiba tem a manápula do Poder a filtrar. O que pensar disto? Verbas públicas para gastos pessoais e de amigos? E o pior é que, talvez invejando o exemplo de impunidade portuguesa e falta portuguesa de accountability, nem o primeiro-ministro Gordon Brown deixou de participar da farra. David Miliband, por exemplo, atirou para cima do contribuinte britânico a compra de um carrinho de bebê, por £145,46 libras, o que dá cerca de US$ 180. Já Andy Burnham, mais parcimonioso, comprou com dinheiro público uma saída de banho por £19,99 libras, algo em torno de US$ 27. Mais audacioso, Alistair Darling comprou um tapete magnólia por £ 2.339 libras. Jack Straw adquiriu uma TV por £ 399 libras; Geoff Hoon torrou £378,95 libras em uma máquina de lavar roupas, enquanto Paul Murphy teve o desplante de cobrar dos contribuintes míseras £6 libras gastas com um...abridor de latas. Há vários outros ministros e membros da Casa dos Comuns que despudoradamente cruzaram a fronteira entre o público e o privado. Parece que parte dos homens e mulheres alçados ao poder público perdem o senso de realidade: a ministra do Turismo britânica Barbara Follett gastou mais de £25.000 libras em serviços de segurança particular na sua residência: «Mais ministros do Governo trabalhista britânico são implicados no escândalo revelado na investigação do "The Daily Telegraph" sobre as despesas de deputados no Reino Unido pagas com dinheiros públicos, deixando o primeiro-ministro, Gordon Brown com ainda mais para se explicar.»

marcar artigo