DuasCidades: Porquê Londres, Porquê Agora?

02-10-2009
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Dos mais de 40 mortos e 700 feridos em Londres no 7/7 não pode haver justificação moral. O acto deve ser condenado e os terroristas que o realizaram julgados em tribunal. Deve haver compaixão para com os que sofreram e esperança nos esforços das forças de segurança para o futuro. Mas é imperativo que a narrativa que vai emergir do massacre de Londres não pertença à al Qaeda nem aos neoconservadoresO sincronismo do ataque com a cimeira G8 é significativo. Parece que o G8 com Blair à frente queria secar o pântano da pobreza e “mexer na mudança de clima”. Isso golpeava o coração do extremismo islâmico. Melhorar a eficiência dos transportes e substituir os combustíveis fósseis como fonte da energia, retira importância ao Médio Oriente e aos extremistas islâmicos. A luta contra a pobreza global, também "drenava o pântano” dos terroristas.A Inglaterra foi atacada por ser aliada da política americana no Médio Oriente. O medo é o grande objectivo dos ataques terroristas. A violência é o meio eficaz. Não se pode responder com a cultura securitária e a paranóia do medo aos ataques do terror em democracia. Os jornais ingleses estiveram muito bem em perceber isto.Mas necessitamos de uma resposta.Há grandes probabilidades que os terroristas tenham querido mudar o sentido do progresso, que a cimeira G8 deveria produzir. Os terroristas querem deter a luta contra a pobreza e a mudança energética. Tinham prometido golpear a GB e fizeram-no no momento que mais lhe interessa. Atacam poucas vezes mas de modo certeiro.Infelizmente, vai ser difícil impedir que os neoconservadores americanos venham reclamar um “bom velho ataque” ao Irão e Síria. A al Qaeda tem os seus “melhores inimigos” na direita americana. A luta contra a pobreza e a mudança energética ficarão para depois.


Dos mais de 40 mortos e 700 feridos em Londres no 7/7 não pode haver justificação moral. O acto deve ser condenado e os terroristas que o realizaram julgados em tribunal. Deve haver compaixão para com os que sofreram e esperança nos esforços das forças de segurança para o futuro. Mas é imperativo que a narrativa que vai emergir do massacre de Londres não pertença à al Qaeda nem aos neoconservadoresO sincronismo do ataque com a cimeira G8 é significativo. Parece que o G8 com Blair à frente queria secar o pântano da pobreza e “mexer na mudança de clima”. Isso golpeava o coração do extremismo islâmico. Melhorar a eficiência dos transportes e substituir os combustíveis fósseis como fonte da energia, retira importância ao Médio Oriente e aos extremistas islâmicos. A luta contra a pobreza global, também "drenava o pântano” dos terroristas.A Inglaterra foi atacada por ser aliada da política americana no Médio Oriente. O medo é o grande objectivo dos ataques terroristas. A violência é o meio eficaz. Não se pode responder com a cultura securitária e a paranóia do medo aos ataques do terror em democracia. Os jornais ingleses estiveram muito bem em perceber isto.Mas necessitamos de uma resposta.Há grandes probabilidades que os terroristas tenham querido mudar o sentido do progresso, que a cimeira G8 deveria produzir. Os terroristas querem deter a luta contra a pobreza e a mudança energética. Tinham prometido golpear a GB e fizeram-no no momento que mais lhe interessa. Atacam poucas vezes mas de modo certeiro.Infelizmente, vai ser difícil impedir que os neoconservadores americanos venham reclamar um “bom velho ataque” ao Irão e Síria. A al Qaeda tem os seus “melhores inimigos” na direita americana. A luta contra a pobreza e a mudança energética ficarão para depois.

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